Chucky: a série de comédia com terror

No finalzinho da década de 80, estreou o primeiro filme de uma sequência que misturava terror com um dos símbolos da brincadeira infantil: um boneco.

Era de se esperar que usassem essa temática, já que muitas bonecas realmente ficam com aparência assustadora com a luz do luar (assim como um casaco em cabide também parece um bicho-papão quando estamos na cama).

Enfim, o nome do boneco assassino ficou conhecido e, inclusive, marcou a infância de muita gente (a minha foi uma delas). A risada maléfica e flashes da cara medonha do boneco possuído com muito sangue era a combinação perfeita para pesadelos. Agora, depois de 8 filmes, a série dá outro significado a isso.

Pôster da série
Pôster do primeiro filme

Chucky, cujo título original é Child’s Play (Brinquedo Assassino), é um dos grandes nomes do Terror Slash. O termo traz assassinos que matam aleatoriamente e podemos citar Pânico, A Hora do Pesadelo, Halloween e outros junto ao filme do boneco.

Aproveitando o tom tosco do original, a zoeira da série toma conta. Fato que já pode ser percebido antes mesmo de começar o primeiro episódio. Mal saiu em 2021 e as redes sociais lotaram com memes e artigos falando sobre quotes e conversas que o boneco teve na primeira temporada.

A série

Mostrando que realmente não é brincadeira de adulto, a série Chucky traz o foco no protagonista adolescente e no mundo dele. Aqui os personagens adultos parecem estar na história para uma coisa: serem vítimas de ataques sangrentos.

Jake, o protagonista, com o seu boneco Chucky

A base da série é uma matança em meio ao típico enredo adolescente de descobrir um grupinho e ter altas aventuras. Temos a escola, os amigos, os crushes e até a comparação com o primo bem sucedido (Essa aí foi de acertar em cheio todo mundo).

E, muito bem escolhido como protagonista está Jake (Zackary Arthur), um menino gay, artista e vítima de bullying.

Sabendo tirar o melhor do zoado

O divertido aqui é que somos apresentados a uma comédia ruim inserida dentro de um filme de terror (E isso é ótimo!). As atuações parecem propositalmente ordinárias e as nuances entre as mortes e a história ao redor são bruscas. Junto a isso adicionamos aquele belo grau de previsibilidade dos personagens para trazer aquele sentimento “eu sabia!”

Uma história de amor começa

E ainda temos o boneco atuando em meio às questões pessoais dos adolescentes principais. Venham ver Chucky em seu ápice da manipulação, senhoras e senhores. Há de se dizer que têm ótimas críticas a serem tiradas das conversas.

Em conclusão, programas superficiais são ótimos para relaxar depois de um dia cansativo, até mesmo que seja sobre adolescentes atormentados por um boneco ruivo. Só não chega a ser uma aventura do Scooby-doo porque não tem lá muita investigação e falta o cachorro.

Chucky ontem e hoje

Ainda vale dizer: tem easter eggs! Apesar de ser uma série que claramente aborda o público mais jovem, Chucky vem com tudo no quesito ‘relembrar os filmes anteriores’. Para isso, a série conta com a participação de vários elementos das histórias passadas a fim de juntar tudo no mesmo barco.

Chucky e Andy do primeiro filme

Mas a cereja no bolo mesmo é intercalar a história do Charles Lee Ray (o assassino) antes de ser boneco com o presente. Parecem duas séries diferentes, mas ambas com bastante exagero, piadas infames e seguindo um rastro de sangue pelos cantos.

Atores do Charles Lee Ray (Chucky) e da Tiffany nos bastidores da série

A série de Chucky está disponível no streaming Star+ . Assim como a primeira temporada, a segunda deve estrear no mês do Halloween. Pensam em tudo, não é?

Essa série é perfeita se você gosta de terror, séries adolescentes e trash. Veja outros artigos sobre terror aqui.