A QUEDA DA CASA DE USHER: Um Conto de Imoralidade Corporativa Misturada com Terror

Nova série de Mike Flanagan para a Netflix é uma história de terror que mistura ganância, vício e vingança. A Queda da Casa de Usher é um conto de imoralidade corporativa, meio Dopesick, meio Succession, que apresenta os Ushers como uma dinastia farmacêutica que recebeu uma mão sangrenta da justiça e do karma. A série dividida em oito episódios de 50 minutos mais ou menos se torna um conto mortal assustador, embora às vezes previsível, à medida que um por um, episódio por episódio, os herdeiros legítimos e bastardos de Roderick Usher são mortos. 

Sinopse: Baseada na obra de Edgar Allan Poe com o mesmo nome e criada por Mike Flanagan, a minissérie A Queda da Casa de Usher acompanha a história dos irmãos Roderick (Bruce Greenwood) e Madeline Usher (Mary McDonnell), os herdeiros da dinastia Usher. Conhecidos por transformar a Farmacêutica Fortunato em um império de privilégios, luxo e poder, os irmãos agora se encontram isolados e extremamente doentes. Em uma casa que um dia já habitou o sucesso, agora apenas resta um ar de podridão e abandono. Presos nas mãos de uma misteriosa mulher de seu passado, a dinastia  Usher terá que enfrentar os segredos que vêm à tona quando uma morte marca o início de uma grande tragédia.

Mike Flanagan (a maldição da residência hill) é um dos grandes destaques recentes do terror, suas séries recentes aclamadas pela crítica e público sabem tecer horrores contemporâneos a partir de obras literárias icônicas. E em A Queda da Casa de Usher, da  Netflix, baseada em um conto de terror de Edgar Allan Poe, segue a mesma lógica de referenciar a obra literária e torná-la algo novo.

Cada Usher é vividamente interpretado, especialmente Kate Siegel como a implacável Camille, gênia das relações públicas, Henry Thomas como o irresponsável e inseguro irmão mais velho e, mais notavelmente, Mary McDonnell como a irmã gelada de Roderick, Madeline. Mas esses cruéis e gananciosos não morrem rápido o suficiente. 

A série funciona com base na narração, no presente onde o detetive Auguste Dupin escuta as histórias que estão sendo contadas por Roderick Usher, sua longa e torturada confissão, quando ele reclama: “Estou me perguntando por que você está arrastando isso”.

Não posso deixar de citar uma onda grandiosa de terror, circulando uma onipotente agente da morte, a misteriosa Verna (Carla Gugino) que é basicamente a representação da morte na obra. A série é muito divertida, embora um pouco previsível, e também causa uns bons sustos, coisa que não é fácil de eu sentir. Ela prova que excesso de ganância e poder pode ser devastador, exemplificado quando dos céus caem incontáveis ​​​​mortos dos quais Roderick Usher deixou pelo caminho.

A Queda da Casa de Usher está disponível na Netflix.

Nota: 4.5/5