Com apenas 4 episódios, nova minissérie da Netflix é uma história de crime rápida para quem tá sem tempo.
Sinopse: Hélène Berg (Julie Gayet) e sua família vivem uma vida tranquila. Contudo, a normalidade é jogada pela janela quando, certo dia, eles recebem um telefonema. A notícia é que Anya (Eden Ducourant), filha de Hélène e estudante em Paris, está sendo acusada de assassinato. Convencida de que Anya é inocente, Hélène pega o primeiro voo para Paris e promete à família que irá retornar com a filha em segurança. Ela deixa para trás o marido e o filho, que está próximo de se formar na escola, acreditando que tudo não passa de um grande mal-entendido. Dessa forma, Hélène dá início a sua própria investigação, com ajuda de Vincent (Tomer Sisley), um advogado francês. No entanto, ela possui um passado com o companheiro no caso, que foi seu primeiro amor muitos anos antes. Conforme o mistério avança, Hélène e Vincent começam a duvidar se Anya é mesmo inocente.
A Netflix vem criando inúmeros thrillers para manter os espectadores investidos na frente da tela. Um desses títulos é o mistério francês Uma mãe perfeita ou no original Une mère parfaite, que parece ao olhar a sinopse, parece um drama investigativo promissor e definitivamente manterá seus olhos colados na tela até o fim.
Adaptado do romance de mesmo nome de Nina Darnton, essa minissérie é composta por 4 episódios repletos de ação e mistério. A série criada por Carol Noble e Thomas Boulle é dirigida por Frédéric Garson. Foi ao ar pela primeira vez na Bélgica em agosto de 2021 e depois na França em abril de 2022. O livro e, por extensão, a série, é uma recriação fictícia do caso real de Amanda Knox.
Este thriller francês mistura essencialmente aspectos de novela com um mistério de assassinato simples, mas eficaz. A história segue Helene, que descobre que sua filha Anya é a suspeita número 1 em um caso de assassinato de um homem da alta sociedade. Enquanto Anya afirma que ela não matou Damien, todas as evidências parecem apoiar que ela o fez. Pelo menos para começar.
À medida em que pequenas evidências chegam para corroborar ou contradizer o que sabemos, a obra realmente faz um trabalho muito sólido, mantendo você sem saber quem é o culpado até o episódio final. No entanto, a série não é isenta de falhas.
A atriz Julie Gayet no papel principal forma uma forte âncora emocional interpretando uma mãe bem-intencionada que sabe que cultivou uma ilusão. Há uma subtrama romântica entre ela e o advogado Vincent que parece um pouco cortada, e sua insistência em acreditar que Anya é inocente apesar da abundância de fatores contraditórios, parece um pouco ingênua.
Mas de uma vez que a história de fundo e as ansiedades de Helene são reveladas, sua atitude faz mais sentido, enquanto Eden Ducourant é muito convincente como a suposta vítima.
Hélene foi sem dúvida uma mãe dedicada, sua família significava muito para ela. Mas ela perdeu algumas coisas, como não perceber de perto o que seu marido, filho e, mais importante, sua filha estavam passando. Anya teve que enfrentar coisas horríveis enquanto estava em Berlim. Seu irmão sabia disso, mas seus pais desconheciam completamente.
Olhar para as coisas superficialmente e dizer que as coisas estão boas não é como a paternidade funciona. Hélene ser mãe e perder esses pequenos detalhes sobre seus filhos é difícil de digerir.
Não há nada particularmente notável com a estética da série. O trabalho de câmera é bastante padrão. Na verdade, a melhor parte do design visual vem dos créditos do título de abertura, que são absolutamente lindos, misturando rostos com o horizonte parisiense.
A série cria muito mistério. Até o último minuto, não saberemos se o que está sendo mostrado é verdade ou não. Este thriller francês mantém os espectadores no limite, e o mistério se desenrola lentamente. A história real do que aconteceu e por que aconteceu vale a pena assistir. É uma minissérie curta com apenas quatro episódios com duração média de 45 a 50 minutos cada, tornando-a adequada para a maratona.
Ela constrói as perguntas na mente dos espectadores e as responde sequencialmente. Muito foi escondido no primeiro episódio, e então as respostas nos levam a uma jornada própria. É óbvio que mentiras são contadas, mas o propósito disso é revelado à medida que a investigação avança.
No geral, Uma Mãe Perfeita é bastante imperfeita. Este drama criminal sinuoso precisa desesperadamente de reforço e gasta muito tempo em suas subtramas, tempo que poderia ter sido melhor servido na trama principal. Não é uma série ruim, mas também não é particularmente ótima. Em vez disso, é um esforço médio em geral.
Uma Mãe Perfeita está disponível na Netflix.
Nota: 3/5