A mais nova aposta da Netflix vem da Alemanha e mostra como uma revolução jovem pode começar de uma faísca pequena.
Sinopse: A série segue um grupo de adolescentes que perseguem o sonho de um futuro melhor, liderados por um novo e misterioso colega de classe. Eles não querem mais esconder sua raiva sobre os males sociais. O que começa como uma revolta idealista e lúdica contra o establishment, mas logo ganha um impulso ameaçador. Mas o objetivo realmente justifica os meios?
A mais nova série da Netflix é baseada no filme “A Onda” de 2008, no filme um experimento criado por um professor de história acaba induzindo jovens a verem que sociedades democráticas não eram imunes ao fascismo.
A série é diferente do filme em vários aspectos, a começar pelo professor que é a faísca da revolução no filme e não existe na série. Na obra da Netflix um novo aluno acaba por ingressar no colégio e seu discurso acaba por influenciar seus colegas de turma a verem as mazelas da sociedade que os rodeiam.
A motivação dos jovens por um futuro melhor e a luta para derrubar o sistema logo faz com que uma pequena onda se torne uma tsuname. Mas conforme o grupo aumenta, aumentam-se também seus problemas.
O início da série é mais lento, tentando estabelecer bem seus personagens para que o público se apegue as suas lutas, seus desejos e suas perspectivas de vida diferentes.
Os Personagens
Tristan: O protagonista da história, com seu ideal revolucionário encoraja os seus colegas de turma a lutarem contra o sistema.
Lea: A patricinha do grupo, por ser da alta classe Lea não percebi as mazelas do mundo ao seu redor, mas a chegada de Tristan faz ela mudar sua mentalidade e tentar ser uma pessoa melhor.
Zazie: Uma jovem que sofre constantes bullying na escola, Tristan a ensina a se defender e ser forte.
Rahim: Um jovem que sofre constantes preconceitos por ser de outro país.
Hagen: Um jovem que teve a vida de sua família destruída pelo capitalismo, e busca uma forma de se vingar.
Vale a Pena ?
Se você gosta de dramas leves ou de séries adolescentes, sim, a série é instigante e oferece voz a personagens desajustados, incapazes de se encaixar nos padrões de perfeição que são adotados pela sociedade.
Nos primeiros dois episódios você pode até achar o drama adolescente padrão que é visto em milhares de série do gênero, mas a partir do episódio 3 a obra demonstra sua identidade própria. Sendo fiel à realidade, desde seus personagens ao uso da força que as mídias sociais têm num mundo cada vez mais globalizado.
Com críticas pesadas a desigualdade social, a sociedade capitalista, as mudanças climáticas e a corrupção do sistema político, fazem de Nós Somos a Onda uma série que tem muita a dizer sobre a atualidade.
Nota Final: 3.5/5
A primeira temporada de Nós Somos a Onda conta com seis episódios e todos estão disponíveis no Netflix.