Na temporada final de Killing Eve, a série tenta dar um final digno para as amadas personagens Eve e Villanelle.
Sinopse: Na temporada final, Eve (Sandra Oh) e Villanelle (Jodie Comer) irão ter suas vidas ainda mais interconectadas enquanto se envolvem no mundo sombrio dos doze.
Killing Eve desde o início foi uma série sobre uma assassina estilosa caçada por uma agente mal-humorada do serviço secreto, tornando fácil se apaixonar pelas personagens principais da obra desde o princípio. Com roupas vibrantes, uma trilha sonora estrondosa e um sorriso tímido, Villanelle se tornou uma das minhas vilãs favoritas da TV, enquanto ela matava e deixava rastros de sangue pela Europa, sendo cada vez mais criativa com suas mortes.
Por mais divertido que seja ver Villanelle, isso também se tornou um problema, pois na terceira temporada de Killing Eve, a série havia minimizado excessivamente o tempo da tela do personagem título para focar na sua cativante vilã. Agora, na 4ª temporada e a final, Eve, interpretada por Sandra Oh, é mais uma vez o foco da série.
A assassina psicopata que se volta para a religião é uma das melhores reviravoltas da TV, pena que não dura muito tempo. Os críticos criticaram bastante a série por não estar mais à altura de seu próprio hype, depois de uma 1ª Temporada impactante, original e surpreendente. Mas apesar das temporadas seguintes decair, Killing Eve nunca perde sua essência, continua icônica e merecedora de ser lembrada por muitos anos.
Uma série feminina, engraçada e original, com duas atrizes que mergulharam em seus personagens e brilharam, Sandra Oh e Jodie Comer, é tudo ao mesmo tempo uma comédia espirituosa, onde as mulheres permanecem no centro o tempo todo.
A quarta e última temporada desembarcou na GloboPlay. A fábula dita no episódio 3 de o escorpião e o sapo fazem o paralelo perfeito de o que é essa série. Villanelle pergunta se o escorpião e o sapo se unem, e então gentilmente sugere que Eva pode ser o escorpião na situação deles.
A sugestão de Villanelle de que Eve pode ser o escorpião é um pensamento interessante e que conduz a temporada. Enquanto Villanelle está tentando descobrir se ela pode ou mesmo quer mudar de profissão, Eve está se tornando cada vez mais liberada a matar e mais parecida com Villanelle.
Killing Eve abraça totalmente o aspecto de romance condenado, o maior trunfo da série. A temporada final é de natureza shakespeariana, mas não está claro se é uma comédia ou tragédia. Quando as duas se encontram novamente, elas se observam através de um tanque de peixes.
A principal falha da quarta temporada é a mesma das temporadas 2 e 3, o showrunner em constante mudança. A série muda de mãos a cada temporada e junto sua identidade, da genial Phoebe Waller-Bridge na primeira a Emerald Fennell a Suzanne Heathcote a Laura Neal. Ninguém foi capaz de replicar a perfeição que foi a primeira temporada de Waller-Bridge. Mas além disso, há uma falta de congruência em cada temporada subsequente. No momento em que cada novo showrunner entende a série a sua maneira.
É uma espécie de dois passos à frente, um passo atrás e assim por diante. O início da quarta temporada ignora parte do progresso emocional feito em sua anterior e não há indicação de porque Eve e Villanelle estão mais uma vez em desacordo uma com a outra, ou o que aconteceu com as duas.
Killing Eve foi inegavelmente uma série divertida de acompanhar e nenhum espectador se arrependerá de passar algumas horas assistindo. Mas é difícil não esperar e querer algo a mais de um projeto com este calibre de artistas, não deveria ser apenas bom e sim ótimo. Os fãs certamente ficarão tristes ao ver Killing Eve chegar ao fim, mas pode ser uma coisa boa para a série terminar boa em vez de se alongar e perder seu rumo.
Killing Eve está disponível no GloboPlay.