Nova série da Netflix mostra adolescentes que têm suas vidas reviradas quando um hacker anônimo começa a revelar seus segredos.
Sinopse: Control Z concentra-se em eventos em uma escola chamada El Colegio Nacional, depois que um hacker vaza segredos de estudantes para toda a escola, levando a uma mudança completa em suas vidas. Sem ninguém a salvo da suspeita, Sofía (Ana Valeria Becerril), marginalizada socialmente, decide descobrir a identidade do hacker misterioso antes que mais segredos sejam revelados.
A nova série Netflix vem do México, Control Z gira em torno da identidade de um hacker misterioso que faz com que todos os alunos do ensino médio de um colégio de elite se sintam com medo de ter seus segredos revelados.
A trama rápida e o suspense fazem com que o telespectador seja imediatamente fisgado, um hacker consegue descobrir os segredos mais obscuros de seus amigos e ameaça expor para todos, esse é o plot principal da série.
Logo quando os primeiros segredos são revelados, descobrimos que um aluno estava traindo sua parceira, outro pode ter matado alguém no passado, um valentão homofóbico poderia ser um homossexual e assim por diante.
A série parece beber de inspiração de diversos outros programas juvenis, seja Gossip Girl, Elite, 13 Reasons Why e Black Mirror.
Esta série tem três pontos que se destacam ao seu favor, o desenvolvimento decente dos personagens, as atuações e seu suspense / mistério. Embora não seja exatamente um novo marco em relação aos personagens, todos parecem e soam como pessoas com quem você já conheceu ou com quem se relaciona. E, quem sabe, você pode até encontrar alguém cuja personalidade corresponda à sua. Ou veja um pouco de você em todos os personagens.
Praticamente todos os personagens representam algum estereótipo, e para alguns deles parece haver alguma chance de redenção aos erros do passado. Sofía (Ana Valeria Becerril) nossa protagonista é uma gênia sherlockiana. Ela é uma observadora atenta aos detalhes e geralmente é encontrada sozinha. Mas ela tem seus problemas, assim como todos os outros personagens da série. As cicatrizes de lâmina no seu braço esquerdo indicam um passado sombrio, que é revelado nos episódios posteriores. Sofía é facilmente a minha personagem favorita em Control Z.
Enquanto os estudantes lutam para manter seus segredos escondidos, Sophia, Javier, Raúl tenta desvendar o mistério, a história mostra várias realidades sombrias e também os desafios enfrentados na vida desses adolescentes.
Ana Valeria Becerril como Sofía fez um trabalho muito bom em seu papel. Michael Ronda como Javier também é bom, mas é Yankel Stevan como Raúl que rouba os holofotes, fazendo um excelente trabalho em trazer vários tons ao seu personagem. Quanto mais você o observa, mais você se impressiona com a atuação deste ator.
A série também tem seus gracejos e críticas a pessoas submetidas à tempestade do ódio. Muito parecido com os protagonistas de outra série da Netflix: American Vandal.
Também na estética Control Z se mostra criteriosa. Há os efeitos sonoros incômodos de aplicativos e de redes sociais, indefinidos em seu design, sempre presentes em hologramas não sensoriais, apenas para destacar o quanto esses adolescentes são tão viciados em seus smartphones.
Uma das coisas mais originais da série é o seu próprio nome Control Z. Ctrl + Z é o atalho do computador para Desfazer alguma ação. E há algo que todo personagem da obra quer desfazer ao longo da série.
Com reviravoltas bem colocadas e um enredo interessante e misterioso, Control Z é uma série imperdível para os adolescentes ou para aqueles que adoram um mistério.
A primeira temporada de Control Z tem 8 episódios e está disponível na Netflix, que já renovou a série para uma segunda temporada.
Nota Final: 4.5 / 5