Cosplayer da Semana: Keila Vasconcelos

Esta semana entrevistamos a cosplayer Keila Vasconcelos, uma bela e talentosa sergipana de 23 anos, que abrirá para nós os seus segredos e opiniões sobre o mundo do cosplay, além de mostrar toda a sua desenvoltura na voz e violão, interpretando a abertura do desenho Scooby Doo. Então preparem-se para um bate-papo muito divertido e cheio de moe!

Nome, Idade e personagens favoritos que você já fez cosplay:

Meu nome é Keila Vasconcelos Menezes, tenho 23 anos. Dos cosplays que fiz até hoje, o que mais gostei, sem dúvida, foi a penélope charmosa. Além da nostalgia, eu amei o resultado final. ❤

 

De onde veio o interesse em fazer parte do universo cosplayer?

A primeira vez que tive contato com cosplay foi em 2012, com uma amiga que tinha na época, e que era cosplayer. Quando fiquei sabendo, no colégio, de um evento de cultura pop que teria numa cidade vizinha, comprei uma peruca branca, e fui toda saltitante com meus amigos para esse evento, onde pude ver, de perto, o quão vasto e rico era esse universo! No ano seguinte eu já estava correndo atrás pra dar vida a meu primeiro personagem.

Arlequina – Esquadrão Suicida

Faz trabalhos profissionais como cosplayer ou é apenas um hobbie?

No momento é apenas um hobbie. Por um tempo recebi algumas propostas para trabalhar de forma fixa nesse ramo, e até pensei em ingressar na carreira. No entanto, como em meu estado não é possível ter uma renda estável trabalhando nessa área por conta da desvalorização, eu teria que estar sempre viajando com uma equipe para eventos em todo o país, o que não foi atraente para mim, que sou mais caseira e tenho vida acadêmica ativa; sem falar que prefiro manter essa prática no grupo dos hobbies, já que, se eu entrasse para o ramo profissional, a diversão viraria competição, e junto com ela, viriam todas as mazelas que assombram o submundo do cosplay.

Saber – Fate

Há quanto tempo você faz cosplay? Como foi a sua primeira vez?

Meu primeiro cosplay foi a Yuuki Kurosu, de Vampire Knight. Foi em 2013. Comprei uma peruca brilhosa de carnaval, usei botas de São João que tinha aqui, e fiz a arma com cano de pvc, e mandei fazer a roupa em uma costureira que não fazia ideia do que estava fazendo (risos). Não ficou um resultado bom, mas na época a sensação de me montar em meu quarto pela primeira vez e me ver como aquela personagem que eu tanto amava foi indescritível. Nenhum outro cosplay que fiz, por mais bem feito que estivesse, me trouxe essa mesma sensação novamente!

O que você mais leva em consideração na hora de fazer um cosplay: o valor ou a qualidade?

Depende do personagem que estou querendo representar. Quanto maior o valor sentimental que ele tiver, mais vou e empenhar em chegar o mais próximo possível do original, chegando a fazer e refazer partes dele até que chegue ao resultado que eu quero. Nesse caso, a qualidade vem em primeiro lugar. No entanto, também tem aqueles personagens que faço “de bobeira” no intervalo entre um cosplay e outro, como, por exemplo, a Arlequina de Suicide Squad. No caso dessa personagem, não fiz questão de gastar com altas quantias. Fiz com o que tinha em casa mesmo (risos).

Penélope Charmosa – Corrida Maluca

Qual o cosplay que nunca fez mas adoraria? Porque ainda não fez?

Na verdade tenho vontade de fazer vários personagens que seriam muito caros pra minhas condições (risos). Por um bom tempo quis fazer o Capitão Jack Sparrow, mas nem sei por onde começar! São muitos detalhes, sem falar que nunca parti para o lado do crossplay rsrs, então bate uma insegurança, sabe? Mas quem sabe algum dia! Também queria fazer a noiva cadáver, mas como sou um pouco perfeccionista, e não manjo de maquiagem corporal, efeitos, e essas coisas, ainda não quero me arriscar.

Qual cosplay você não faria nunca? Porque?

É difícil falar um só kk. Em geral, não faço cosplays muito sensuais, que mostre o corpo, pois não é a minha praia. A Mulher Maravilha, por exemplo, eu não faria nunca. Apesar de amar de paixão essa personagem, mas não é a linha que sigo dentro do cosplay.

Daphine – Scooby Doo

Na sua opinião, o cosplayer ainda é alvo de preconceito/assédio?

Sim com certeza. Apesar de eu nunca ter sofrido com isso (nem preconceito e nem assédio), infelizmente são incontáveis os casos que acontecem Brasil e mundo a fora. Sobre o assédio, fico decepcionada por saber que estamos em 2018 e muitas pessoas não perceberam ainda que por trás daquele personagem está um ser humano, de carne e osso, que tem sentimentos e merece tanto respeito quanto qualquer outra pessoa.

Dê um conselho para quem quer ser cosplayer:

Para quem está iniciando: Vocês são sortudos! (risos) Vão com tudo! Vocês estão em uma temporada onde há muitos cosmakers, onde até costureiras comuns tem uma certa ideia do que é cosplay, também tem muitos tutoriais na internet sobre maquiagem pra cosplay e afins… a importação tá muito mais fácil agora, então tem como conseguir perucas e acessórios em um preço mais baixo, enfim, as coisas estão muito mais acessíveis do que eram há 5 anos, por exemplo. Então vão lá, se joguem! Deem vida aos personagens que vocês tanto gostam e divirtam-se 😉