Você sabia que existe uma série que conta a origem da história de O Grito?
A série é de 2020 e tem 6 episódios disponíveis na Netflix. Então, se você também ficou com curiosidade sobre assistir ou não, esse artigo pode ajudar a decidir!
Pois bem, quando me deparei com essa série O Grito – Origens fui imediatamente reassistir tanto o filme O Grito de 2002 quanto o remake americano de 2004. Isso para poder comparar com o que foi passado na série da Netflix.
Eis que já no primeiro episódio há uma recriação de algo que aconteceu em um dos filmes, só que bem mais pesado. Ao longo dos episódios, é possível notar as referências aos filmes que vão além dos espíritos e personagens. Como o foco na pia e os gatos.
Para tornar a experiência melhor, considere já ter assistido pelo menos o primeiro filme da saga. Assim, você conseguirá ir juntando as peças e perceber o que pode vir a acontecer bem antes.
Rancor e mal-estar
Ju-On: Origins, o nome mais difundido da série, realmente demonstra um sentimento ruim desde o começo. O que faz bastante sentido já que o próprio título remete ao ressentimento.
Se você assistiu ao filme, deve lembrar que há uma explicação sobre assombrações que ficam no local por terem morrido de uma forma muito brutal ou algo ter acontecido na vida da pessoa a fim de prendê-la ao plano mortal. Na série resolveram trazer esse conceito com força.
Isso significa que antes de você morrer de medo com seres como fantasmas, você se lembra que o ser humano é horrível. Como diria Marina em “Savages”: Não tenho medo de Deus, tenho medo de homem. Ah, como Ju-On mostra isso.
Um último ponto e que acho importante destacar é que a série foi, para mim, bem mais brutal e atordoante do que o filme. Não no sentido de ter muito sangue e assassinato, mas na forma como as histórias aconteciam. Uma violência sem igual. Em especial, toda a sequência da estudante foi terrível. Muito tenso e perturbador.
Alerta de Gatilho: essa série traz cenas explícitas de morte, estupro e agressão. Além de incluir agressão contra crianças também. Não é só um terror de sustos.
Referências a crimes reais
Quem acompanha casos de true crime, tem que prestar atenção na tv! Isso porque alguns acontecimentos tem similaridades com histórias que realmente foram reais. Estamos falando de crimes chocantes que marcam as pessoas, então faz sentido estarem numa série que fala de espíritos que não foram embora “numa boa”.
Em todo o momento, tem uma passagem entre a história de O Grito e a nossa realidade por conta desses casos aparecendo. De certa forma, isso pode mostrar que há muito mais histórias ruins do que sabemos.
Mas explica mesmo a origem?
Explica de certa forma. A série nos faz entender o que estaria acontecendo com a casa e um pouco mais, porém muitos pontos não ficam claros. O que seria exatamente a origem é algo a ser pensado por quem assistiu. Assim, pode parecer muito confuso até o último episódio que junta tudo.
A série em si é bem curtinha e as histórias têm cortes bruscos. Cada episódio tem em média 30 minutos e não segue uma ordem propositalmente. Ainda assim, a explicação dada é realmente interessante. Não é dada de bandeja e nem descrita com todas as letras, por isso é necessário que se preste bastante atenção.
Ju-on: Origins tem muitas semelhanças com séries como A Maldição da Residência Hill e Dark, que também são ótimas recomendações para se assistir na Netflix. Além disso, tem um toque de Doctor Who na escolha da finalização. As histórias se conectam, mas há de se observar os detalhes, especialmente nas datas que são passadas em momentos dos episódios.
E quando você percebe as ligações vai girando uma chavinha: isso é uma das melhores sensações ao assistir séries desse estilo.
Com certeza Ju-on ( O Grito – Origens) é uma obra para quem gosta de criar teorias e revisitar cenas, tanto dos filmes quanto das séries. Se você quer terminar com mais perguntas e discutir com amigos, é a série perfeita. Porém, se quer uma história mastigadinha e fácil de entender não vai gostar de O Grito – Origens.