P-Valley é um drama do canal Starz sobre strippers trabalhando em um clube do Mississippi. Histórias fortes e originais fazem esta série ser um dos dramas mais provocantes do ano.
Sinopse: Em P-Valley, cinco mulheres corajosas vivem numa cidadezinha do Mississippi e trabalham como dançarinas num clube de strip-tease. Pelo recinto, passam todos os tipos de pessoas: os esperançosos, os perdidos, os partidos, os jogadores, os belos e os condenados. A realidade do Sul dos EUA é bastante dura, mas o quinteto vai desafiar as regras para realizar seus desejos e seus sonhos.
P-Valley se passa dentro e ao redor de um clube de strip chamado The Pynk, localizado em uma cidade do Mississippi. A série, criada pela dramaturga Katori Hall, é um olhar envolvente sobre a vida das pessoas que orbitam esse local, que parece decrépito durante o dia, mas ganha vida, à noite.
É estridente, engraçado e cheio de intrigas e deve ser o seu novo programa obrigatório. E se isso não for o suficiente para convencê-lo, aqui estão alguns outros motivos pelos quais você deve começar a assistir P-Valley.
Não existem estrelas de grande nome no elenco de P-Valley, mas você deve saber o nome da mulher por trás disso. Katori Hall estreou na Broadway em 2011 com a peça The Mountaintop, estrelando Samuel L. Jackson e Angela Bassett. P-Valley é uma adaptação de uma de suas peças, embora tivesse um nome menos sutil: Pussy Valley.
P-Valley é totalmente cinematográfico, mas você consegue ver que as raízes do palco aparecem nas longas cenas de diálogo, especialmente nos bastidores do The Pynk.
A história começa com uma jovem que é levada a costa após um furacão. Ela está em uma viagem de ônibus para algum lugar quando vê as luzes rosa do The Pynk apagadas à distância. Ela muda seus planos e se reinventa com o apelido de Autumn Night.
O mistério abrangente de P-Valley é quem Autumn é e de que trauma ela escapou, mas ela é apenas uma de inúmeras histórias dessa série. O The Pynk é administrado pelo tio Clifford (Nico Annan), que é um não binário e usa perucas esvoaçantes e unhas compridas constantemente enquanto luta para manter o seu negócio funcionando.
Mercedes (Brandee Evans) é a atual rainha do lugar, e está de saída, mas resistente a abrir mão de seu status e fama. Ela também treina um time de dança adolescente local e sustenta sua mãe religiosa, com quem tem inúmeras brigas.
Um intruso chamado André (Parker Sawyers) chega à cidade com o plano de abrir um cassino nas terras do The Pynk, mas ele também é cativado pela nossa misteriosa Autumn Night. Ao longo do caminho, você vai conhecendo lentamente outras dançarinas como Keyshawn, também conhecida como Miss Mississippi (Shannon Thornton) e Gidget (Skyler Joy).
P-Valley trata o Pole Dance como um esforço artístico e atlético que é, regularmente apresentando feitos de força alucinantes, principalmente no terceiro episódio. Em uma entrevista, foi dito que o elenco passou por uma oficina “extrema” de pole dance, embora também haja duplas e trios se apresentando. As rotinas surpreendentes aumentam a noção de que The Pynk, com todo o seu drama e problemas, também é um lugar maravilhoso, onde as mulheres são as pessoas mais fortes do local.
Outro fato curioso é que todos os episódios P-Valley são dirigidos por mulheres, essa que foi uma exigência da criadora da série. Isso é um grande acerto da série, já que essas mulheres são capazes de capturar a sensualidade carnal do The Pynk sem objetificação. Mais uma razão pela qual o P-Valley é fascinante.
As linhas da trama nem sempre se cruzam sem esforço, mas a atuação é sempre impressionante. Evans transforma Mercedes em uma personagem totalmente desenvolvido instantaneamente, com uma linguagem corporal que grita a confiança de uma abelha-rainha.
Ela escolheu seu trabalho e o possui com orgulho, mesmo sendo mentora de garotas negras em um caminho mais tenuoso. Ela incorpora a visão alternada do show sobre despir-se como empoderamento e exploração. O tio Clifford de Annan é fascinante, engraçado, assustador, comovente e protetor de suas dançarinas, às vezes com a ajuda do segurança.
P-Valley é implacável em seu ritmo e exige a atenção do público por causa de sua especificidade local, especialmente na linguagem e na gíria, que falam para a busca da autenticidade do show. Alguns públicos podem ter dificuldade para entender o diálogo, mas outros vão adorar, assim como eu.
O roteiro não economiza nas duras realidades do que acontece no clube, nos bastidores ou nas salas VIP mais picantes, e esses são seus momentos mais emocionantes e reveladores.
No final das contas, a série sabe exatamente o que quer ser: um drama sexy e veloz que se propõe a desestigmatizar o mundo das strippers e destruir equívocos.
O bem-sucedido P-Valley é um passeio envolvente no pântano do Mississippi, e como nada que o público já viu na televisão.
A 1ª temporada de P-Valley está disponível no STARZ PLAY .
Nota Final: 5 / 5