Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é o último filme dessa trilogia que conta com Tom Holland como nosso amigão da vizinha e dirigido por Jon Watts. Uma trilogia que se deu início em 2017 com “De Volta ao Lar” e Longe de Casa de 2019.
Os eventos desse filme são sequência direta do último filme, onde após o ataque do Mysterio, ele arma para que o cabeça de teia tenha sua identidade revelada para o mundo inteiro. E é desse ponto de partida desse texto.
Antes de continuar desse ponto, esteja avisado (a) que terá muitos spoilers de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e de Gavião Arqueiro! EU AVISEI!
Roteiro
Com um problema nível mundial, afinal é de se imaginar que não seja muito legal ter sua identidade revelada para todos, enquanto você é um garoto no último ano do ensino médio, mesmo que não seja um garoto como outro qualquer.
E é aqui que Sem Volta para Casa particularmente me pega, não, melhor, o Homem-Aranha me pega. Pois, sendo um garoto que tem grandes poderes e que com eles vem grandes responsabilidades, ele é apenas um garoto, haverá o momento certo para esse Peter Parker amadurecer.
E amadurecer faz parte do processo da vida, você vai perder pessoas e vai ganhar muitas outras ao longo da sua vida. Apesar de ser um roteiro bem básico, sobre valores, deveres, ética e moralidade, um garoto em evolução precisa se questionar muitas coisas antes de simplesmente mandar alguém para a morte certa.
Essas responsabilidades não são apenas sobre, mas sim a quem está ao redor do mesmo. MJ (Zendaya), que aqui descobrimos seu último nome, que é Wattson (então sim, engulam essa haters), Ned (Jacob Batalon), Tia May (Marisa Tomei), além de mais afastado, Happy Hogan (Jon Favreau), são os pilares na vida de Peter e que ele vai defender a qualquer custo.
Custo esse que nos leva a primeira grande participação desse filme. Sim! Na mesma semana que tivemos a revelação que o Rei do Crime, interpretado por Vicent D’Onofrio está entre nós no MCU através da série do Disney+, Gavião Arqueiro, ele também voltou! Matt Murdock!!! O homem tá de volta, vivido por Charlie Cox e já deu um pequeno gosto do que vai aprontar num futuro próximo.
Inimigos “Multiversais”
E que tal falarmos de ética quando ela envolve vilões? Peter com um olhar de quem acredita que eles possam ser pessoas melhores, bem como ele mesmo, tenta impedir a morte dos vilões que esbarram sempre no Homem-Aranha. Sem contar a parceria com seu melhor amigo e sua namorada a terem a chance de terem essa segunda oportunidade de vencer na vida. Quer algo mais Homem-Aranha que isso? Ter uma segunda chance para tentar ser uma versão melhor de si mesmo?
Só que para isso, as coisas precisam dar errado em algum momento e os vilões precisam ser vilões, óbvio.
Doutor Octopus (Alfred Molina) descobre que o Peter não é o “seu” Peter e ficam todos confusos. O Duende Verde (Willem Dafoe) dá as caras e, mas logo se mostra o mesmo e problemático Norman Osborn com duas personalidades. O Lagarto (Rhys Ifans) já se encontra lá na prisão que fica abaixo do Santuário do Doutor Estranho e a missão é simples, capturar todos e manda-los de “Volta para Casa”.
Ai já sabe né? Electro (Jamie Foxx) e Homem-Areia (Thomas Haden Church) acabam sendo levados, sobrando apenas um, o Duende Verde.
Hora dos Spoilers
Novamente, se você chegou até aqui, saiba que você tem dois caminhos a trilhar a partir de agora. Ou você suma imediatamente daqui e volte APENAS quando assistir ao filme. Ou, você simplesmente pode seguir esse caminho sem volta (desculpa, não aguentei), e continuar com os spoilers, eles vão ser altamente pesados.
Não tem mais volta a partir desse ponto, é o último aviso!
É claro que o plano do Peter de tentar salvar os vilões e dar a eles uma segunda chance falha de forma miserável! E rola uma luta entre todos os vilões e Peter. Luta essa que culmina na morte da Tia May.
Mas claro, antes de nos deixar, ela é a responsável nesse filme, e talvez ninguém seria melhor, para dizer ao garoto que “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”. Um fim digno para a personagem, que por segundos, acreditei que eles não teriam tal audácia de matar, mas o fizeram, ponto para Jon Watts aqui.
Seus amigos que estavam esperando com a caixa que faria com que os vilões fossem mandados para casa, acabam procurando por Peter, com o objeto que o Doutor Estranho usa para abrir portais.
Sim, faça sua festa, torcida “Aranhaística” Eles estão sim nesse filme! Demorou, mas Andrew Garfield e Tobey Maguire foram mais do que confirmados, o que claro, para você que assistiu deve ter levantado o público e foi igualmente na minha sessão, além de deixar meu coração quentinho.
Sofrendo pela morte da Tia May e com vilões para capturar, Peter do Tom Holland é encontrado por seus amigos e os dois Homens-Aranhas, eles entendem o sentimento do garoto, mas não também contam como suas vidas foram afetas com as mortes do Tio Ben e Gwen Stacy, respectivamente.
Os dois Peter’s já aparentam ser maduros e entendidos de que sua vida e a do Homem-Aranha é essa, não importa o que você sofra, siga a sua vida, pois ela é longa e uma hora as coisas vão dar certo, quem ou o que você perde, pode deixar um legado de uma forma.
Bora para o ato final de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa?
O que acontece aqui é magia! Se você conhece alguém que não ficou encantado com toda a preparação para a luta final, finalmente o lado cientistas dos Peter’s e os diálogos é brincadeira.
Mas o ponto mais alto mesmo é a ação. Literalmente um Team-Up de três Homens-Aranhas contra a rapa, tentando um único objetivo: Curar todos eles! E ver eles trabalhando como uma equipe (Peter 1, Peter 2 e Peter 3) é espetacular, e claro, levou a sala de cinema mais uma vez a um misto de choro, lágrimas e gritos.
Com encontros interessantes e depois de muita briga bem coreografada, mas que em alguns momentos me deu uma sensação de “meu deus, o que está acontecendo aqui”, pelo simples fato de você não saber bem exatamente o que está rolando, já que a luta se passa durante a madrugada, ou seja, no escuro.
Eles finalmente conseguem seu objetivo, exceto o Duende Verde que fica para o Peter 1 (Tom Holland) resolver no mano-a-mano com ele, mas que com a ajuda dos dois outros, eles conseguem derrotar e curar Norman Osborn.
Doutor Estranho que voltou ao cenário a essa altura, teve que resolver algo maior. O tecido da realidade foi quebrado, e muitos outros estavam entrando naquela realidade para enfrentar o Peter Parker. Mas, tudo foi resolvido num ato genuinamente heroico do Peter de Tom Holland, fazendo com que todos, literalmente todos se esquecessem de que ele era o Homem-Aranha.
O filme termina com o Peter tendo a vida que um Peter Parker deve ter e a esperança de que vamos ver ele em breve novamente.
Fotografia e Som
Existem momentos em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, incríveis! Mas eu confesso que muitas coisas de efeitos especiais me incomodaram bastante. O fato de uma boa parte do filme se passar de noite, parece maquiar algumas coisas muito importantes, tipo o traje integrado do Peter, em momentos ele parece muito um robozinho e você quase não consegue ver ele direito, o que acaba sendo bem ruim.
Durante a batalha final, você também fica sem saber o que rola por muitas vezes, mas o que dá para ver bem legal, é impressionante. Pecou um pouco nesse ponto, mas dá para entender.
Nenhum filme é um bom filme sem uma trilha sonora né? Afinal é a mesma trilha sonora que fará o filme de The Batman ano que vem, ou seja, não tem como ser ruim.
Chegamos naquele momento crítico do texto, mas e ai Luiz:
Vale a pena ver Homem-Aranha: Sem Volta para Casa?
Por ética eu não falarei o que eu realmente queria dizer, mas sim, você deve ir o quanto antes ver esse filme.
Sendo bem sincero, não creio que seja um Vingadores Ultimato de Homem-Aranha, não mesmo. Apesar da minha preferência ser maior pelo seu antecessor, Guerra Infinita, o diretor Jon Watts tentou vender seu peixe alto na expectativa do fã e realmente conseguiu. Esse filme fará uma bilheteria absurda, mas pelo seu roteiro bem básico, ainda que divertido, bem escrito e com amarras fechadas ao passado, ele talvez pudesse ser mais bem trabalhado.
Isso claro não tira o brilho do filme, que não me entendam mal, mas usa muito a hype do “quando vamos ver os três homens-aranhas juntos?” para potencialmente tirar o seu foco de uma história básica, o que funciona, mas pra mim é algo que ainda me tira um do gosto de um filme. Mas concordamos que nem tudo é perfeito nessa vida.
Vamos as notas? Ah, mas antes, preciso dizer para você ficar até o final, literalmente quando as luzes se ascendem no final da sessão, já que o filme conta com duas cenas pós-crédito!
NOTAS:
Diversão: 5/5
Fotografia: 4/5
Som: 5/5
Roteiro: 4.5/5
Nota Geral: 4.6/5
E antes de ir embora, não será meu último texto esse ano com vocês, ainda teremos mais um em breve. Mas até lá, eu queria agradecer a cada um de vocês que passaram um tempo lendo essa coluna. Que abriram sei lá quantas vezes meus textos, saibam que é muito importante para mim, bem como para o NSV que você continue nos dando força, para que em 2022 sejamos cada vez maiores e melhores naquilo que nós fazemos.
Ao time NSV como um todo, meu muito obrigado por mais um ano juntos um ano cheio de emoções e novas experiências aqui com vocês, me sinto muito honrado de fazer parte desse time, e vamos com tudo para cima de 2022!
Lembrem-se de se cuidar, cuidar do próximo e que você tenha um Feliz Natal, aproveite com a sua família, composta do jeito que for, com saúde! Quanto ao ano novo, espero ter você aqui novamente ano que vem, a única certeza que eu tenho é que estaremos junto nessa. Portanto, que a sua passagem de 2021 para 2022 seja incrível e sempre tente buscar a sua melhor versão e no final, tudo sempre vai dar certo!
Até ano que vem!