Fundação é baseado nos romances premiados de Isaac Asimov, um bando de exilados tenta salvar a humanidade e reconstruir a civilização em meio à queda do Império Galáctico.
Sinopse: A vida de Hari Seldon, matemático que dedicou seus estudos à psicohistória, uma ciência que usa as leis da matéria para fazer previsões sobre o futuro em escala mundial. Até que, um dia, ele prevê um acontecimento que pode mudar a vida da humanidade, e cria uma fundação para restaurar o Império Galáctico.
Todo mundo está procurando pelo próximo Game of Thrones, uma grande adaptação que se tornará um fenômeno global. A Netflix está apostando suas moedas na franquia The Witcher, a Amazon está apostando em sua adaptação de O Senhor dos Anéis, a HBO tem vários spin-offs de Game of Thrones em desenvolvimento. A Apple TV+ apostou suas fichas em Fundação, sua série mais ambiciosa até agora. Infelizmente, depois de assistir a sua primeira temporada de 10 episódios, eu não estou convencido de que esta será uma série muito assistida pelo público.
Baseado na série clássica de livros de Isaac Asimov, esses mesmo livros que serviram de inspiração para Star Wars de George Lucas. Fundação é uma épica ficção científica sobre como uma civilização reage em detrimento de um evento apocalíptico.
Situado em um futuro distante, onde os humanos viajaram para outros planetas além da Terra que todos esqueceram que é de onde vem a humanidade, a série começa com Gaal Dornick (Lou Llobell), uma prodígio da matemática viajando para Trantor, o coração do Império Galáctico, para trabalhar com o matemático Dr. Hari Seldon (Jared Harris).
Seldon se especializou no campo da psico-história, o que significa que ele pode usar a matemática para prever a queda do Império e da civilização, porque, uma vez que o primeiro aconteça, a humanidade mergulhará em uma nova idade das trevas. A primeira temporada de Fundação narra a primeira de várias crises que Seldon prevê em direção à auto destruição do Império.
O que o showrunner David S.Goyer que co-criou a série com Josh Friedman, criou nesta primeira temporada é muito impressionante, pelo menos superficialmente. Das lindas paisagens espaciais, às batalhas terrestres explosivas, a série deixa claro que a Apple abriu os cofres e não economizou no orçamento da produção.
A construção do mundo é densa e muitas vezes incompreensível, com personagens falando os nomes de planetas em guerra, muita história é jogada em tela sem parar para permitir que isso seja absorvido pelo telespectador. Perdi a conta de quantas vezes tive que retroceder uma cena para descobrir o que diabos estava acontecendo.
Fundação recusa-se a segurar a mão do público que não leu o livro e simplesmente o joga no espaço profundo sem uma corda, mas a série leva esse espaço longe demais e acaba parecendo um tanto frio. No final das contas, é muito difícil se preocupar com o que está acontecendo, o que, honestamente, não deveria ser o caso, porque o problema central do programa é como a humanidade tomará as medidas necessárias para evitar um apocalipse eminente.
Ao manter o público à distância, Fundação também torna muito mais difícil se conectar com qualquer um dos personagens, apesar de algumas atuações muito boas. A série tem muitos aspectos que funcionam muito bem, incluindo a tensão dos clones genéticos.
Fundação é uma série ambiciosa e declarativa, tanto quanto frustrante e desconcertante, espero que as próximas temporadas tragam explicações mais aprofundadas sobre esse universo mágico.
Fundação está disponível no ©Apple TV+.
Nota Final: 3 / 5