Na temporada final de Eu Nunca…, a série prova porque é uma das melhores comédias da Netflix, ao fornecer crescimento, conflitos interessantes e obstáculos para seus personagens.
Sinopse: Na 4ª (e última) temporada de Eu Nunca, Devi e Ben chegam aos “finalmentes” e conseguem o que tanto almejavam, fechando as portas de algumas perguntas da 3ª temporada. No entanto, a relação dos dois não prossegue como a protagonista esperava. Além disso, no último ano do ensino médio, Dave decide focar e planejar seu futuro para a universidade, mas isso não significa que novos e antigos amores não batam à porta. Com o encerramento de um ciclo, Devi descobre que amadurecer não é nada fácil.
Quando Devi entra em seu último ano no ensino médio, ela tem uma coisa em mente: entrar em Princeton. Mas, no verdadeiro estilo Devi, ela auto-sabota muitas coisas diferentes, fazendo com que tudo o que ela esperava e sonhava pendesse na balança.
Ao longo desta série, os roteiristas fizeram um ótimo trabalho retratando a vida de um adolescente no mundo moderno, desde os usos das tecnologias até a pressão causada pelas escolas com seu futuro e as lutas familiares. Se há uma coisa que Eu Nunca… da Netflix sempre fez bem, é equilibrar o dramático com o realista. Embora Devi e seus amigos possam se meter em situações ridículas, o mundo ao seu redor ainda funciona de maneira muito realista, principalmente em termos de escola.
Isso pode parecer estranho, mas ao aderir à maneira como o mundo real funciona, a série se torna mais identificável ao público, que pode realmente se aprofundar no drama que poucas obras e filmes de ensino médio conseguem. E isso é mais verdadeiro quando é contado no arco de admissão na faculdade desta temporada, um ponto da trama que tantas histórias de ensino médio falharam em executar.
Nossa protagonista Devi, rouba a cena desde os primeiros episódios e segue sendo um charme acompanhá-la até o final. Ela tem um temperamento forte e ataca, mesmo quando ela não tem razão. Devi muita das vezes está se auto-sabotando, sua boca fala coisas sem perceber que ela feriu os sentimentos de alguém. Ela também pode ser calorosa e amorosa, feroz e protetora. E não importa o que ela faça, há um senso infalível de confiança em seu espírito brilhante que brilha em todas as suas cenas.
O ponto mais forte desta série consiste na dinâmica de seus personagens, ansiosos para colocá-los no meio de situações que os envergonhariam e lhes dariam algumas lições. O resultado é uma temporada final cheia de emoção, profundidade emocional, risadas, e principalmente, conclusões satisfatórias.
Eu nunca, criado por Mindy Kaling e Lang Fisher, sempre foi elevado pelos pontos fortes de seus relacionamentos interpessoais dos personagens, sejam eles românticos, familiares ou amizades. A química que Devi tem com Ben e Paxton é compreensivelmente difícil e racional. O relacionamento igualmente tenso de Devi com sua mãe viúva e sua irmã mais velha é uma dinâmica facilmente relacionável, mesmo se você não souber nada da cultura indiana.
Eu Nunca… se consolida como outro exemplo da genialidade de Mindy Kaling, os roteiristas e diretores do programa transformaram o cenário das histórias de amadurecimento. A série continuará sendo lembrada como uma das melhores representações de jovens no ensino médio, namorados, problemas familiares e ser diferente dos demais.
Podemos ter dito adeus a Devi e os Vishwakumars, mas estou animado para assistir as próximas histórias desses roteiristas e atores.
Eu Nunca… está disponível na Netflix.
Nota: 5/5