Crítica: Como o cérebro cria

Como o cérebro cria

Ficha técnica

Nome: Como o Cérebro Cria

Data de Lançamento: 25 de abril de 2019

País de Origem: Estados Unidos

Direção: Jennifer Breamish e Toby Trackma

Classificação: +12 anos

Duração: 52 minutos

Sinopse: No documentário como o cérebro cria, o neurocientista David Eagleman leva o público a uma jornada para encontrar, desvendar e encorajar todos a serem mais criativos.

O Enredo

O foco do documentário são as suas entrevistas com pessoas de diversos ramos diferentes, como escritores, arquitetos, atores, cozinheiros, professores etc, explorando o processo criativo de cada um de maneira única. Pois, embora alguns temas sejam explorados repetitivamente, cada ponto de vista o faz ser visto de maneira única, criativa e individual.

Os principais entrevistados são:

D.B. Weissprodutor e roteirista de televisão estadunidense e co-criador da série Game of Thrones, da HBO.

Tim Robbinsator, diretor, roteirista, produtor e músico ganhador do Oscar como melhor diretor em 1996 e melhor coadjuvante em 2004.

Nick Cave – músico australiano, vocalista da banda de rock Nick Cave e Bad Seeds, compositor, autor, roteirista e ator de cinema.

Michael Chabon – escritor de contos americanos, ganhador do prêmio Pulitzer e showrunner da série Star Trek: Picard, um dos títulos de sua franquia de ficção científica.

Nathan Myhrvold – ex-diretor de tecnologia da Microsoft, co-fundador da Intellectual Ventures e principal autor de Modernist Cuisine.

Robert Glasper – pianista, compositor e produtor musical estadunidense quatro vezes ganhador do Grammy Award, seis vezes indicado ao prêmio Grammy e ganhador do Emmy Award de melhor canção original em 2017.

Bjarke Ingels – arquiteto dinamarquês, fundador e parceiro criativo do Bjarke Ingels Group, amplamente conhecido por edifícios que desafiam as convenções, incorporando princípios de desenvolvimento sustentável e conceitos sociológicos ousados.

Phil Tippett – diretor de cinema estadunidense, supervisor e produtor de efeitos visuais, ganhador do Oscar de melhores efeitos visuais com Star Wars: Retorno de Jedi e Jurassic Park.

David Eagleman segue perguntando para cada um sobre o processo criativo e como eles faziam para inovar as suas ideias. Em cada uma das repostas, ele questionava sobre como e o que fazer para descontruir todo esse processo, falando sobre workshops e ted’s talks e como é necessário deixar o pensamento de que a criatividade é algo como um dom e um privilégio de lado.

A Abordagem da Criatividade 

O neurocientista explica que na verdade a relação da pessoa com a criatividade se trata apenas de treino e, como tudo na vida, vai se aperfeiçoando com o tempo. Diante disso, o documentário explora a criatividade em nichos diferentes e mostra como cada área a tem como base, mas as pessoas acabam não fazendo essa associação.

Com isso, David mostra exemplos de como ela está presente na vida dos entrevistados e em suas empresas, assim, impulsionando ainda mais as pessoas a terem uma visão mais ampla no assunto tratado. Além disso, o questionamento sobre originalidade é abordado, já que ser criativo não é só criar algo novo, do zero, mas resinificar o que já existe.

Outro ponto tocado no documentário é a abordagem do fracasso, reforçando que os erros devem ser vistos como oportunidade de aprendizado e não como uma derrota.

Como o cérebro cria x O Dilema das Redes 

Diferente de outros documentários que falam da tecnologia como algo que atrapalha o ser humano a pensar ou até induz um pensamento errado e de forma coletiva, como é exposto no O Dilema das Redes (2020), como o cérebro cria da outra perspectiva da colaboração da tecnologia com o homem, nesse caso, com a criatividade de cada um.

Ao invés de incitar que o as redes sociais e meios de comunicação atrapalham essa busca por melhorar e aperfeiçoar a ideia, o longa mostra que, consumindo do jeito certo e tendo boas referencias, a pessoa consegue uma grande evolução pessoal e intelectual.

Conclusão

Como o cérebro cria não é um documentário que questiona ideias e o que é certo ou errado na hora de por em prática, ele apenas busca referencias em grandes artistas de empresários e os passa para o espectador de forma simples e encorajadora, sempre o incentivando a criar e pensar cada vez mais de forma inovadora.

Sendo assim, o documentário se torna obrigatório para quem deseja ou precisa de um incentivo intelectual e até pessoal – já que é algo prazeroso e motivador de se assistir – e ainda conta com um bônus de mostrar as diversas formas de ser ter um insight e como aprimora-lo através da auto-observação, prática e ótica sob o estudo do tema.