Sobre as histórias do Satoshi Mizukami

Mizukami

Com o lançamento do anime de Lúcifer e o Martelo na temporada de Verão de 2022, acho um ótimo momento para falar sobre meu mangaká favorito,  Satoshi Mizukami.

Não há muito conhecimento sobre a vida pessoal do Satoshi Mizukami, então vou focar em falar sobre as obras dele.

Eu já comentei sobre Planet With, um anime de 2018 em que o Mizukami esteve diretamente envolvido. O mangá estreou meses antes, mas apesar de, até o momento, seguir fielmente o anime, ainda não acabou.

Planet With foi meu único contato com as obras do Mizukami por muito tempo. Até porque, no presente momento, é a única obra dele em anime. Porém, ano passado eu li o Lúcifer e o Martelo (Hoshi no Samidare), que eu já ouvia falar há anos, mas nunca tinha ido atrás.

Eu me apaixonei pela obra. O humor, a história, os personagens, as lutas, tudo nele me prendeu bastante.

Mais recentemente eu tive a ideia de ler outras obras dele. Pensei em ler Spirit Circle, mas fui atraído por uma antologia de histórias do Mizukami, ao menos como estava disponível.

GekoGeko do Satoshi MizukamiEram 4 volumes sob o nome “antologia de histórias do Satoshi Mizukami”. Porém, esse é o subtítulo, pois cada um tem seu próprio nome.

Ler essas histórias colocou o Mizukami como meu mangaká favorito. Nenhuma delas é meu mangá favorito, ou algo assim, apesar de Lúcifer e o Martelo estar bem alto no meu top animes/mangás. Então por que ele se tornou meu favorito?

Pela criatividade. Diferentes histórias, que apesar de algumas serem similares, cada uma tem sua excentricidade, suas piadas, seu ambiente. E na maioria dos casos, eu só fiquei encantado.

Pegar uma ideia simples, mas a deixar da forma mais estranha possível. Como no caso do volume dois, em que pega a ideia de a criança levar um bichinho para casa dizendo que ele não vai crescer, mas ele cresce muito. O que o Mizukami fez com essa ideia, deixou um pintinho maior que uma geladeira.

Ou um Isekai em que o herói é chamado novamente para o mundo de fantasia. Mas ele já virou um adulto que trabalha em escritório e, extremamente irritado salva a princesa e dá uma bronca nela, pois ele vai se atrasar para o trabalho por causa da situação.

Apesar da maioria serem One-Shots, há alguns que formam um arco de história ao longo de vários desses volumes. Como no caso de acontecimentos de uma certa vila de monstros. Em outros casos constroem uma história dentro do volume.

Esse segundo caso funcionou muito bem no segundo volume com três capítulos sobre o bichinho que cresceu demais. Mas que foi bem chato no volume três.

Quase todos os capítulos estão ligados de alguma forma, e pra mim, eles separadamente funcionam bem, mas estarem conectados deixou bem desinteressante.

O volume 4 é o que tem menos capítulos e foi legal, mas não tanto quanto os dois primeiros.

Voltando a Lucifer e o Martelo, para dizer sobre algo que vai ter anime daqui há alguns dias e é uma obra longa. Um sentimento presente no começo da história: “nossa, parece meio rápido, como que ainda tem tantos capítulos faltando?”

Mas tem várias reviravoltas e a história se desenvolve muito bem. Mesmo na parte “mais enrolada”, ainda há muito desenvolvimento de personagem e construção dos mistérios e dicas de sua resolução.

Por fim, eu gosto muito das obras do Satoshi Mizukami e estou ansioso para ler o resto, mas principalmente para o anime de Lucifer e o Martelo.

Você pode conferir Planet With na Crunchyroll, assim como Lúcifer e o Martelo (quando sair).