Crítica – Death Note: Justice of Evil | Bem, era o previsto…

Eu não pretendia voltar nesse assunto, porém, estou voltando. “Death Note 2”, ou, agora, também conhecido como Death Note: Justice or Evil, a já comentada continuação de Caderno de la Muerte. Só que, dessa vez, não uma “reflexão” quanto a existência deste e a essência de continuações, mas sim uma crítica específica do mesmo. Pois, eu fiquei curioso quanto o que seria a minha opinião pós-leitura, então, li, e estou aqui para comentar com vocês!

Assim, confesso que me sinto culpado por alguns percalços do texto anterior, por isso, decidi abordar o tema uma segunda, porém ultima, vez. Visto que, como dito anteriormente, criticar a sequência mas posteriormente não lê-la, seria um tanto quanto errado. Logo, aqui estou.

Em suma, esse One-shot carrega parte do que é a obra original, sua essência. Os diálogos expositivos, as mentes um tanto quanto geniais no jogo, os planos grandiloquentes, as alfinetadas morais, os personagens e, claro, a ótima quadrinização e estética. Contudo, retirando os últimos dois fatores da jogada, talvez sejam exatamente essas características, que fornecem o cerne da obra, que, ao mesmo tempo, arrancam esse mesmo.

Uma vez que, como eu pensava, acabou sendo uma reprodução do que foi o anterior, de maneira curta e com algumas mudanças, todavia, uma repetição. O protagonista, mesmo possuindo um objetivo diferente do anterior, continua com os mesmos trejeitos e personalidade do antigo, ressaltando a mente genial, fria e calculista, além de sua conclusão. Mesmo que, no início, algo diferente parece-se ser construído.

Bem como, personagens do passados são trazidos aqui de forma gratuita, sem função, só para motivos de exposição ou de nos mostrar seu presente. Mesmo que haja sim uma crítica nova e alguns flertes com outros temas interessantes, no entanto, não o bastante. Assim, essas mais ou menos 80 páginas, se pautam mais em simular e relembrar, do que renovar.

A narrativa original era sobre o Light, o Kira, esse personagem. Essa nova, bom, eu não sei dizer, é sobre alguém, ou nem isso. A obsessão pelo objetivo de tornar esse um verdadeiro Death Note, o afastou, terminantemente, de se tornar algo novo, algo próprio, se concentrando somente em ser sombra de águas passadas. Assim, este sendo tão Death Note original, não consegue ser o novo. 

No final, não sei se realmente foi consequência de falta do que contar, ou de não conseguir se desvencilhar da força do nome original, ou até mesmo falta de tempo, talvez nada disso, talvez tudo isso, talvez isso nem importe.

Entretanto, eu não estou dizendo que é ruim, pois, não é. É uma amostra competente do que é o original, uma direcionamento para ele, uma referência, mesmo que não seja recomendável ler este antes do anterior. Já que, em resumo, é mais um “Você se lembra de Death Note?”, do que um, “Cara, toma aqui uma pequena continuação daquela obra”.

No entanto, o que eu estava aguardando de um One-shot? Nada mais que isso, eu espero… Apesar de que, no final, sinto um gosto amargo de que poderia ter sido diferente. Contudo, eu obviamente estou errado, era isso o que se tinha a apresentar, nem mais, nem menos… É a linha traçada e prevista, então, não tem porque se sentir de maneira diferente, somente indiferente … Bem, no momento, tento me convencer disso, com certa porcentagem de falha. 

Ainda assim, em resumo, relembrou uma produção que eu gosto, mesmo que a conclusão tenha sido a total apatia quanto a narrativa e a obra em geral. Como dito antes, One-shot, 80 páginas. Entretanto, espero que não estejam apáticos com esse texto da mesma forma que eu estou com Justice or Evil, ademais, leiam este, claro, se vocês quiserem, é algo para se relembrar de Death Note. Portanto, espero que curtam o texto, passem a página, até o próximo caderno da morte e, até o próximo texto!