Os entusiastas de Metroidvania em breve poderão colocar as mãos em Vigil: The Longest Night, esse side scroling que mistura terror, RPG e muita ação, em um pesadelo deslumbrante.
Em Vigil: The Longest Night, o jogador encarnará Leila, uma vigilante treinada para o combate, e quando monstros da escuridão surgem, você deverá lutar contra eles enquanto vai ao resgate de Bruna e tenta descobrir o que causa estes estranhos eventos para, enfim, terminar esta noite que aparenta ser infinita. Desenvolvido pela Glass Heart Games e distribuído pela Another Indie, o jogo anunciado em 2019 chegará agora, dia 14 de Outubro para PC e Nintendo Switch com versão em Português-Br, apesar de já estar confirmado para Xbox e Playstation, ainda não há data definida
Este jogo é um Metroidvania, então boa parte da sua aventura consiste em explorar os ambientes, procurar por segredos, melhorias, e voltar a lugares pelos quais já passou, para pegar itens que estavam inacessíveis anteriormente por falta de algum item ou habilidade, e será recompensado por suas explorações, já que há diversos itens e melhorias escondidos em praticamente todos os cenários. Quando não estiver explorando ou batalhando, procure conversar com todos os NPCs que encontrar, eles lhe darão pistas para entender o que está acontecendo.
O combate é simples e fluído. Leila pode parecer um pouco lenta para se controlar a princípio, mas é apenas questão de costume. O combate é bem preciso, basta se adaptar. O jogador possuirá uma barra de stamina e outra de hp, ao batalhar e vencer você ganhará mais skills e poderá usa-las para evoluir suas skills trees. E falando sobre skills, o jogo fornece muitas formas de combate e, ao se especializar e upar aquelas que mais lhe agradam, sua experiência de jogo será única.
Além das skills aprimoradas, há uma grande variedade de armas ou armaduras para escolher. Você pode optar por focar em uso de magias, ou aprimorar sua espada ou machado para um combate mais corporal. Quer atacar à distância? Sem problemas, seu arco e flecha dará conta do recado.
Você poderá deixar 3 armas para fácil acesso, o que possibilita trocar suas formas de ataque sem precisar verificar seu inventário; 5 peças de armadura, e cada uma delas possui um benefício distinto; e 4 anéis que o jogador deverá escolher. E também é possível dar upgrades aos seus itens usando as Shimmer stones. O player consegue também deixar itens para acesso rápido. Este acesso rápido facilitará o uso de magias.
Há uma grande variedade de inimigos, mas obviamente as maiores batalhas são com os chefes, que combinam perfeitamente com o aspecto de terror do jogo. Os designs são fenomenais, belos e assustadores, bem renderizados, proporcionam excelentes desafios e batalhas muito interessantes.
Visualmente, o jogo é um deleite aos olhos, possui um estilo 2D, mas com personagens com um toque mais expressivo e realista. Com cenários bem caprichados, em certos ambientes os cenários parecem ser desenhados à mão, um visual bem único e que se diferencia bastante em cada ambiente.
As cores, os backgrounds com neblina, unidos à trilha sonora melodramática, dão o tom pesado necessário para acompanhar o enredo. Este não é um jogo de ação no qual se sai correndo para a próxima batalha imediatamente, mas toda a proposta e os visuais do jogo te incentivarão a levar um tempinho a mais em cada área, seja buscando segredos, ou aproveitando o cenário.
Vigil: The Longest Night entrega uma história cativante, uma gameplay interessante, lindíssimos visuais e trilha sonora encantadora. O jogo apresenta conteúdos que entreterão os amantes e cativarão novatos do subgênero Metroidvania. A única coisa da qual senti falta foi um modo multiplayer. As inspirações em Salt & Sanctuary e Castlevania são notáveis, o jogo bebe destas fontes, mas entrega um trabalho único, sem dúvida um jogo obrigatório para fãs do gênero.
Notas:
Gráficos: 5/5
Jogabilidade: 4,5/5
Diversão: 5/5
Som: 5/5
Narrativa: 4/5
Geral: 4,6/5