Review: Elden Path of The Forgotten

Elden path of the forgotten é um jogo indie de ação em terceira pessoa que parece seguir o gênero “souls-like” , é produzido pela Onerat Pty Ltd e distribuido pela ‘Another Indie‘ E tem lançamento planejado para  hoje para Nintendo Switch e amanhã na Steam  por R$ 30,99, e no serviço Utomik de assinatura de jogos para PC.

IMPRESSÕES INICIAIS

O jogo começa com uma boa premissa para os fãs de souls like e jogos do estilo mais dark. Uma pessoa observa um livro antes de ser absorvida por um portal das trevas. E logo em seguida alguém observa a cena do ocorrido. Iniciando o jogo.
Inicialmente a impressão do jogo foi um tanto quanto negativa. Se é jogado neste mundo sem compreender nada sobre personagens, pessoas, lugares ou personalidade. E logo se começa neste lugar estranho sem nenhuma explicação dos comandos a serem usados.

Logo em seguida se encontra o que pode ser descrito como checkpoints aonde o jogo é salvo. E se enfrenta um numero alto de inimigos. O jogo tentou uma aproximação minimalista, porém, não parece funcionar bem da maneira que foi construída. Sem contexto de comandos ou observações é fácil para o jogador se perder.
A falta de uma narrativa inicial também atrapalha qualquer investimento no mundo, cenário ou personagens inexistentes. A narrativa visual é simplista e sem muitas inovações.

JOGABILIDADE

A jogabilidade é simples e direta. Porém contém diversas falhas de design que, com o tempo, sugam a diversão que ela fornece. Aqui vão alguns detalhes da jogabilidade que causam problemas.

  • Não existe inventario para ver o que se tem, tudo é colocado sobre o menu no canto esquerdo inferior.
  • Não tem um mapa para se localizar, os mapas podem ser confusos e , sem um mapa, a navegação se torna difícil.
  • Não é possível reatribuir comandos. É uma funcionalidade básica e essencial para qualquer jogo do tipo. Cada jogador terá uma forma diferente no mapa do teclado ou controle.
  • Checkpoints não podem teletransportar de uma parte para a outra. Se você esqueceu algo em uma área após vencer o Boss, boa sorte.
  • O personagem não pode usar a barra de stamina para correr. Ou se pode não é fácil encontrar.
  • A esquiva tem de ser desbloqueada. O que seria okay se essa informação fosse telegrafada de alguma forma desde o começo.  Como um menu de habilidades.
  • É necessário refazer tudo que se fez após a morte (Inimigos em armadilhas, abrir portas em plataformas e até pegar chaves). Cada checkpoint reinicia o ponto.
  • Itens de cura são muito limitados e devem ser encontrados em inimigos ou no ambiente. O que não seria um problema, mas adicionado aos problemas anteriores se torna mais irritante que qualquer outra coisa.
  • Círculos de cura total (pontos no mapa que curam totalmente a vida, estamina e magia) não se regeneram após a morte ou no reinício do jogo. O que é um problema somado a mapas grandes e falta de mapa e o fato de ter que refazer tudo ao morrer. Criando ambientes que punem o jogador em vez de desafiá-lo.

PROBLEMAS ENCONTRADOS

O jogo tem vários problemas e bugs que causam frustração. Durante o jogo.

  • Itens de cenário continuam com colisão mesmo após serem quebrados, o que gera uma distinção visual clara e que confunde.
  • É possível ficar preso entre uma parede e um item de cenário e, portanto , tendo que reiniciar o save.
  • O jogo pode travar ao morrer tendo que reiniciar o jogo.
  • O menu acessado com “Esc” não sai do mesmo menu com “Esc” , logo, ao acessar o menu tem de se clicar em “retornar ao jogo”

Isso são bugs básicos que encontrei durante um jogo normal. E são frustrantes.

EFEITOS SONOROS E MÚSICA

São básicos. Nada grandioso ou sequer diferente. Parece ter vindo diretamente de uma biblioteca padrão.

ESTILO VISUAL

O jogo não tem um estilo visual inovador ou diferente, segue o estilo pixel art de diversos indies que permite pouca necessidade de hardware mas, ainda assim, os designs do jogador, do monstro e dos cenários são padrão fantasia sombria.

NARRATIVA

A narrativa é inexistente, os pedaços de papel que se encontram durante o jogo estão escritos em uma língua que não reconheço. Pode ser alguma língua cirílica ou alguma língua inventada, em ambos os casos. Não é possível se imergir no mundo do jogo.

A narrativa visual é ainda menos imaginativa. Soldado morto cercado de monstros mortos. Padre que dá uma chave antes de morrer. Coisas do tipo.

POTENCIAL

Com todos os problemas, a falta de imaginação, a jogabilidade falha, não vejo um potencial grande para o jogo a não ser que uma grande mudança seja feita. Problemas corrigidos e uma narrativa introduzida.

CONCLUSÃO

Eu realmente tentei gostar do jogo. Mas, quanto mais eu jogava mais eu percebia que o jogo não tem nada a oferecer. A jogabilidade é travada e falha. A narrativa é inexistente. Tem pouquíssima imaginação visual nos personagens e cenários. A falta de qualquer interação com NPCs, mesmo que por texto, faz o jogo ser apenas… Entediante.

Infelizmente não é um jogo que consigo recomendar no estado atual. Talvez, com algumas modificações se torne um jogo muito mais fluido e divertido.

NOTAS
Diversão: 1/5
Gráficos: 1/5
Narrativa: 0/5 (Narrativa é essencial para jogos do gênero, seja ela diegética ou direta)
Jogabilidade 2/5
Música/efeitos: 2/5
Média: 1,5/5