Retro Review: Crash Bandicoot

Crash Bandicoot

Crescer sem videogame era saber o nome dos jogos porque seus amiguinhos tem, e morrer de vontade de jogá-los! Um dos jogos super comentados na minha época era Crash Bandicoot. E as únicas coisas que sabia sobre ele eram : a) “é tipo Mario” (termo utilizado pra todo santo jogo de plataforma na época) e b) “tudo parece de verdade!” (É um jogo 3d). E como esse marsupial acaba de completar 25 anos, acho que chegou a hora de conhecer esse jogo!

O que é?

Crash Bandicoot é uma série de jogos, seu primeiro jogo foi lançado em 1996 para Playstation 1, com mais de 56 milhões de cópias vendidas, é uma das franquias mais vendidas de todos os tempos. Criada por Andy Gavin e Jason Rubin, os fundadores da querida Naughty Dog. A série aborda as aventuras de Crash Bandicoot, uma espécie de Peralemorfo, geneticamente modificado que busca proteger as Ilhas Wumpa dos terríveis Neo Córtex e Dr. N. Bio.
Crash Bandicoot
Já começamos essa aventura em perigo, nas mãos dos vilões, que estão fazendo experiências nos animais locais. Crash consegue fugir, mas sua namorada não tem a mesma sorte e ainda é refém. Com nossa motivação definida, temos que atravessar todo o arquipélago de Wumpa para resgatá-la.

Pular e Girar?

A jogabilidade é bem semelhante a outros jogos como Mario e Sonic: pule, corra, desvie de inimigos, ache itens, etc. Por mais que as mecânicas não sejam a reinvenção da roda, elas são fáceis de se pegar, e por mais que eu, com 23 gostaria de ver um pouco mais do que pulos e giros, compreendo que uma mecânica simples seria adequada para minha eu de 4-5 anos. Acho que a diferença que me pegou de surpresa foi o ângulo da câmera, que aqui acompanha o por trás. Não foi difícil de me acostumar, mas entendo porque essa diferença causava um alvoroço na escola, aos 5 anos também acharia essa mudança de perspectiva muito louca.
Crash
Um dos aspectos que meus coleguinhas sempre comentavam era “A Máscara”, e usavam papel para imitá-las durante as brincadeiras. Agora finalmente entendo a referência a mascara Aku Aku, que protege Crash de seus inimigos e foi uma mão na roda em vários momentos. Ao se aventurar entre caixas de explosivos, caixas nitro, frutas wumpa e máscaras Aku Aku, é possível desbloquear fases bônus, agora em um ângulo 2.5D.

Suave como um passeio na praia?

Não dá pra dizer que os gráficos envelheceram como vinho, mas o estilo cartunesco, sonoplastia divertida e expressões exageradas tornam tudo tão cativante que é difícil se incomodar com alguns ângulos pontudos. Uma surpresa muito agradável foi a precisão dos controles, como o jogo é mais velho do que eu, esperava uma jogabilidade mais travada e com uma certa falta de precisão que renderia alguns momentos de ódio, mas o jogo flui surpreendentemente bem.
Crash Bandicoot
Minhas maiores queixas seriam o Save, que acontece a cada fim de nível, passa longe de ser prático. E alguns níveis não aproveitam tão bem o ambiente e o 3D, entre indústrias, florestas densas, castelo de cientistas malucos e muito mais, algumas fases não tiram proveito desses ambiente que poderiam tornar os níveis muito mais interessantes.

O Veredito?

Crash Bandicoot envelheceu muito bem, e se tivesse jogado ainda na infância, certamente seria um dos meus jogos favoritos. Se você também não teve oportunidade de jogá-lo durante a infância, sugiro que vá conhecer o arquipélago de Wumpa agora mesmo. O impacto de Crash é inegável, e não apenas no mundo dos jogos; Em 2014 fósseis de uma espécie extinta de Bandicoot foram descobertas no noroeste australiano, essa nova espécie foi carinhosamente batizada de Crash Bandicoot.

Notas

Gráficos: 4,5/5

Jogabilidade: 5/5

Diversão: 5/5

Som: 5/5

Geral: 4,75/5