Quem acompanha os jogos gratuitos semanais da Epic Games provavelmente ficou atraído por Pine, o título da segunda semana de maio.
Logo nas artes do game dá pra perceber a grande aposta no visual. E, de fato, é bem cativante. As cores são vivas, vibrantes e mesmo com gráficos baixos apresenta bonitas paisagens. Outro atrativo de Pine é sua trilha sonora dinâmica, que se adapta conforme cada ambiente. Perfeito para uma dose de imersão, não é?
Confira as minhas primeiras impressões (sem spoilers!) dessa distopia da humanidade.
O mundo de Albamare
Primeiramente, permita-me lhe ambientar na narrativa:
Pine se propõe como um universo em que a humanidade não atingiu o topo da cadeia alimentar. No mundo vibrante Albamare, os humanos não são a única espécie a se desenvolver tecnologicamente e construir cidades – a princípio, na verdade, são a comunidade mais precária.
Nesse contexto, nós assumimos o papel de Tuhy, um jovem aldeão. A pequena vila humana é bem estabelecida sobre um penhasco, mas começa a apresentar problemas de recursos, especialmente quando os anciãos se recusam a ir além do assentamento. Os aldeões vivem isolados, sem contato e pouquíssimo conhecimento sobre o mundo.
Porém, tudo muda quando acidentes naturais colocam em risco a segurança do povoado. O principal objetivo do nosso herói é encontrar um local mais adequado e seguro para seu povo morar, mas ele não conhece NADA do mundo além de sua vila. O cenário perfeito para o player explorar tudo o que há junto de Tuhy.
What a beautiful world
Partiu explorar! Antes de tudo, há 6 diferentes biomas e a coleta é fundamental para o progresso do game. Como eu gosto de um bom loot, não posso ver algo destacado no ambiente que quero coletar. Então, acabei me dando bem no começo do jogo.
Sendo assim, os coletáveis são importantes para a construção e aprimoramento de novos itens, armas, armaduras, projetos e muito mais. Também exercem papel indispensável para o relacionamento com as espécies e tudo tem o seu valor.
Ah, Tuhy também precisa se alimentar. Colete itens alimentícios, pois a alimentação influencia na estamina, que afeta a performance da corrida, das atividades e na batalha.
Em ação!
A princípio, todas as espécies serão hostis. Afinal, ninguém te conhece e muitos nunca nem viram um humano. Além das raças desenvolvidas, o mundo também é recheado de seres agressivos e você pode se engajar em combate com qualquer um deles (há também seres pacíficos que apenas tentarão fugir).
A mecânica de batalha pode parecer difícil no começo, mas é bem fiel à história: afinal, todos os outros povos e espécies são muito mais desenvolvidos do que a pequena tribo de humanos. Muitos usam escudos, armaduras, poções e habilidades especiais.
Há puzzles espalhados pelo mundo e através deles é possível encontrar novos itens e projetos. Esses desafios também podem aparecer como obstáculos no meio de missões principais e secundárias.
Mais diplomata que eu?
Em sua busca pela terra perfeita, Tuhy deve visitar várias cidades em busca de conhecimento sobre o mundo e o funcionamento dos assentamentos. Mas como contornar a hostilidade? Para isso, é preciso conquistar ao menos um pouco da boa vontade das espécies. Caso contrário, todo mundo vai te atacar ao tentar entrar em uma vila – o que pode ser um problema para um humano mirrado, de vestimentas leves e que nunca precisou lutar.
É preciso fazer doações para ganhar o favor das civilizações, usando os coletáveis e itens criados. Cada assentamento de cada civilização possui baús alocados ao redor de seu perímetro, a alguns metros de distância. É usando o baú que deve-se fazer as oferendas para uma raça.
No momento da interação, é possível alocar um certo número de itens da mochila de uma vez. Também podemos ver a influência que cada item trará para o medidor de relacionamento. Cada baú de uma raça trará uma lista de itens que mais agradam e os que não terão tanta influência para aquele grupo.
Porém, as relações entre as raças também influenciam na jogada. Se você fizer muitas doações para uma vila inimiga de uma espécie neutra a você, ela pode se tornar sua inimiga. Ou se você doar para um aliado de uma raça hostil, ela pode se tornar mais amigável também. As consequências de cada doação são estimadas no painel do baú, antes de concluir a ação.
Trato feito!
Cada vila possui um comerciante. E, é claro, cada item tem um peso diferente para cada um. Através desses comerciantes é possível adquirir novos projetos de criação, materiais e comida, mas há um pré-requisito importante: você deve ser aliado da espécie para poder negociar. Não basta ser neutro.
Além disso, as vilas costumam ter diferentes postos de trabalho: coletor, comerciante e guarda. Obviamente, os coletores e comerciantes saem das vilas para seus negócios. Uma das formas de obter itens diferentes é derrotando ou armando armadilhas para eles.
Lembrando que as espécies se relacionam entre si, então você pode fazer igual a mim: assista brigas, deixe a natureza agir e depois apenas colete o resultado! 🙂
Saber quem sou
Por fim, Pine é um RPG com um visual e trilha sonora imersivos, história instigante e amplamente dinâmico. Essas são apenas algumas impressões de uma iniciante – e sem grandes spoilers. A cada momento jogado surgem novas possibilidades, então, ainda há muito a descobrir.
Mas não se preocupe, não é difícil pegar o jeito do game. Difícil mesmo é parar.
Pine está disponível para PC, Switch, PlayStation 4, Xbox One.