Olá amigos, o assunto da vez é Kingdom Hearts RE: Chain of memories! A sequência direta do primeiro jogo, lançado originalmente em 2004 para o GameBoy Advanced e refeito em 2007 para o Playstation 2 com novos gráficos em 3D, com a volta de Tetsuya Nomura na direção e Shinji Hashimoto na produção.
“Achar é perder, e perder é achar. Assim são as coisas no Castle Oblivion”.
!!ATENÇÃO PARA SPOILERS!!
A nova estrada a seguir
Chain of Memories se passa imediatamente após o final do primeiro jogo (para conferir clique aqui). Após a derrota de Ansem, Mickey e Riku estão aparentemente fechados do outro lado da porta do Kingdom Hearts. Sora, Donald e Pateta acordam em uma estrada, cercados por um campo verde, e avistam Pluto segurando uma carta com o selo do Rei Mickey e decidem correr atrás dele. Durante o percurso, Sora encontra um Homem encapuzado que o revela que todas as respostas que procura estão a frente e desaparece. Seguindo pelo caminho, os heróis-juniores encontram um castelo enorme e decidem entrar. No interior do castelo eles reencontram o homem misterioso, que os informa sobre o local em que estão.
Castle Oblivion
O jogo se passa dentro do Castle Oblivion, um castelo onde as regras não se aplicam. O homem de capuz revela que a partir do momento em que entraram, aos poucos vão esquecer de tudo que já passaram. Fica evidenciado quando Donald tenta lançar uma magia, sem sucesso. Para recuperem as memórias devem avançar pelo castelo, utilizando-as em formas de carta, para abrir as portas e subir os andares.
Chain of memories
As memórias dos personagens são transformadas em cartas, e isso é integrado na jogabilidade e também na atmosfera do jogo. A jogabilidade foi drasticamente alterada em relação ao primeiro jogo, foi retirado o menu lateral que continha os comandos de ataque, magia, etc… e no lugar foi incorporado o sistema de ataques com cartas e os baralhos. Para fazer os movimentos de batalha, o jogador pode montar até 3 baralhos contendo cartas com atributos únicos e valores numéricos, que podem ser combinadas e ficarem mais fortes. Esse sistema de batalha é complicado e difícil de acostumar, apesar de fazer sentido narrativo e se dar provavelmente aos limites do hardware do GameBoy Advanced, esse método de batalha pode afastar os que já estão acostumados com a jogabilidade do jogo original.
Os Mundos
Os mundos presentes no jogo são basicamente uma versão reduzida dos mundos do primeiro jogo. Para acessa-los devemos conseguir a carta do mundo e libera-lo, lá dentro devemos abrir as áreas do mapa com as cartas de sala com o valor certo, que muda totalmente o conteúdo, podendo transformar em uma sala de salvar, com inimigos mais rápidos, mais inimigos e por aí vai. Mesmo tendo a abordagem para um lado mais emocional, e as histórias ligeiramente alteradas, a formula de liberar as salas até chegar nos chefes, acaba ficando maçante no decorrer do jogo.
A história de Chain of Memories
A melhor parte da experiencia, e que evita o jogo de ser descartável, é a história. Chain of memories tem duas histórias simultâneas acontecendo em paralelo: a história do ponto de vista de Sora nos andares superiores, e de Riku nos andares inferiores do castelo. Somos introduzidos a uma nova galeria de vilões, a organização XIII, que são os responsáveis por atrair Sora para o castelo e também por manipularem as memórias do grupo. Em contraste com os vilões do jogo anterior, a organização XIII possui personagens mais profundos e com uma interação melhor com os personagens do grupo, além de serem carismáticos e possuir visuais mais variados.
Também são introduzidas diversas perguntas, qual o verdadeiro plano da organização XIII? O que acontecerá com Sora? Qual papel Riku desemprenhará?
Visual e trilha Sonora
Para essa analise estamos levando em conta a versão remasterizada do jogo, presentes nas coletâneas 1.5 e All in One Collection.
Os gráficos durante a gameplay são bem polidos e não envelheceram mal, mas em algumas cutscenes fica nítida a queda na qualidade, provavelmente devido a reutilizarem as cutscenes originais.
Tetsuya Nomura (Final fantasy VII, Advent Children) volta como diretor e Character Design do jogo e entrega muito bem em qualidade e variedade no visual dos personagens novos.
Já a trilha sonora não contem grandes novidades, sendo quase toda reutilizada do jogo original
Jogabilidade
Como abordado anteriormente, a jogabilidade não é tão fluída como no antecessor e o sistema de cartas é demasiadamente complexo e cansativo, apesar do sentido narrativo.
Com o passar dos níveis temos 3 opções, quais são aprender uma nova combinação de carta, aumentar o HP ou aumentar a quantidade de cartas que podemos ter no baralho.
Não há party neste jogo, jogamos integralmente com Sora e Riku, cada um em seu respectivo modo de jogo, com ressalvas das cartas de aliado que aparecem na arena e as cartas de Summon que colocamos no baralho.
Após terminar o jogo com Sora e Riku, não vejo um grande sentido em post-game ou em fator de replay, a não ser que seja um jogador do tipo que gosta de fazer 100% como completar todas as cartas.
O Veredito de Chain of memories
Kingdom Hearts Re: Chain of memories conta uma ótima história e aprofunda mais as relações entre os personagens. Até levanta a questão, será que nossas memórias são realmente nossas? Relações podem ser forjadas com falsas memórias e promessas? São temas muito legais de serem abordados, porém a jogabilidade pode tornar árdua a tarefa de chegar ao final. Para quem aceitar a missão e chegar até o fim a recompensa é garantida.
O jogo encontra-se disponível em coletâneas em HD para Playstation 4, Xbox One e em março estará chegando para PC.
NOTAS
Gráficos: 3/5
História: 5/5
Jogabilidade: 3/5
Diversão: 3/5
Som: 4/5
Geral: 3,6/5