Dragon Ball: Sparking! Zero honra Budokai Tenkaichi

Dragon Ball

Após 17 anos do lançamento de Dragon Ball Z Budokai Tenkaichi 3 no PlayStation 2, temos a tão aguardada sequência, Dragon Ball Sparking Zero. Fãs da série têm implorado à Bandai Namco por um quarto jogo da série Budokai Tenkaichi por anos, e agora ele finalmente está aqui. Não se engane, o nome pode ser diferente, mas Dragon Ball: Sparking! Zero é, de fato, Budokai Tenkaichi 4.

Um game que tanto serve para os saudosistas quanto para aqueles que não conhecem a obra de Akira Toriyama, o jogo traz batalhas quase cinematográficas, que fazem o jogador entender por que essa série é tão aclamada.

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© Bandai Namco

É atraente como Dragon Ball Sparking Zero apresenta sua história, com o estilo cel-shaded que se aproxima muito do anime. Não quero fazer comparações com Dragon Ball FighterZ, pois aqui a proposta é outra. Os menus são fáceis de entender e trazem facilidades até mesmo para quem é marinheiro de primeira viagem. As dicas de treinamento são escassas e, às vezes, não muito úteis. No entanto, as lutas são bem intuitivas, o que dispensa aquelas horas maçantes de treinamento.

Não há como negar o quão incríveis os personagens e cenários de Sparking Zero são. Cada personagem, independentemente da saga em Dragon Ball, é muito bem trabalhado.

Outro ponto positivo foi o elenco verdadeiramente imenso: mais de 180 lutadores, retirados de toda a série principal, são jogáveis. Há 19 versões de Goku, por exemplo, mas eles não são apenas skins, pois alteram significativamente a gameplay. Cada um pode ter técnicas especiais e transformações próprias, o que significa que o Goku da era da invasão saiyajin tem um conjunto de movimentos diferente e um potencial muito menor do que o Goku da saga Buu ou Super, que pode se transformar em várias versões do Super Saiyajin. Essas habilidades, infelizmente, não podem ser alteradas; para quem está familiarizado com Dragon Ball Heroes, vai entender a sacada da alta quantidade de personagens.

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Os controles são os mesmos para todos os personagens. Sparking! Zero não é um jogo particularmente complexo de aprender. Um botão é soco, um botão é um ataque à distância, e esses dois botões, usados em conjunto com direcionais, podem ser combinados para criar alguns combos relativamente simples.

Há agarrões, ataques altos/baixos e investidas, nada muito complexo.

Combos, embora satisfatórios, não são onde a diversão ou o desafio podem ser encontrados em Sparking! Zero. A verdadeira essência do jogo está em seus movimentos fluidos. O movimento, encurtar a distância entre você e seu oponente, é fácil, mas fazer isso com segurança não é. Você pode se teletransportar para trás deles, pode correr ao redor deles e pode voar diretamente em direção a eles a uma velocidade extrema, mas fazer isso é quase sempre arriscado e requer gastar recursos.

Seu principal recurso, ki, é ganho ao carregar (o que requer que você fique parado e o deixa vulnerável defensivamente). Você o gasta usando seus ataques à distância ou seus movimentos especiais. No geral, significa que o carregamento é melhor feito quando você já derrubou seu oponente, criando uma forma de sub-batalha em torno dessas janelas de carregamento – e lhe dando uma recompensa por vencer uma briga além de conseguir atingir seus golpes.

Alguns personagens interagem de maneira um pouco diferente com o sistema padrão. Personagens androides, por exemplo, não podem regenerar ki ativamente para lançar ataques, enquanto personagens gigantes como Vegeta no modo Macaco Gigante não podem ser agarrados. Sparking Zero não faz nenhuma tentativa de equilibrar essas diferenças. Algumas lutas são realmente desequilibradas, mas isso não me incomodou; o jogo se torna quase um Dark Souls, o que obriga o jogador a ser mais estratégico em sua jogatina.

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Sparking Zero é um game extremamente rápido, onde os inimigos tentam impedir que você concentre o ki a todo momento, o que pode frustrar um pouco, mas quem acompanha o anime vai entender essa estratégia.

O sistema de progressão e menus de Sparking Zero é familiar dentro da saga. Você pode ganhar conquistas que lhe dão recompensas, como personagens, trajes e moeda do jogo. Existem microtransações, como um passe de temporada.

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O modo single player principal é chamado “Batalhas de Episódio”, que é uma recontagem abreviada das maiores histórias de Dragon Ball sob a perspectiva de vários personagens. Existe um bom trabalho em manter o tempo entre as batalhas curto e priorizar os momentos importantes, em vez de fazer você jogar todas as lutas.

Uma característica interessante é que certos eventos podem ser alterados de maneiras dramáticas, como fazer escolhas durante as cutscenes ou terminar uma batalha de uma maneira específica que muda o rumo da história. Alguns desses desvios são impressionantes, como tornar o Piccolo o protagonista principal derrotando o Cell ou Freeza, bem ao estilo “What If…?” da Marvel.

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As batalhas de episódio podem ser muito difíceis, já que personagens poderosos podem se tornar praticamente imunes aos seus ataques normais e sempre terão a defesa perfeita para combinar com seu ataque, tornando complexo cumprir essas condições especiais, que estão bem escondidas, quando a pressão aumenta. Você pode diminuir a dificuldade batalha por batalha, se realmente precisar progredir, mas essas tarefas especiais devem ser completadas, pelo menos, na dificuldade padrão, o que faz com que encontrá-las seja uma atividade de fim de jogo. Ainda assim, é emocionante encarar essas batalhas mais desafiadoras.

Além disso, existem batalhas personalizadas que dão um gostinho extra. Usando uma caixa de ferramentas cheia de modificadores especiais que limitam o que os personagens podem e não podem fazer em um determinado cenário, assim como alguns gatilhos que ajudam a programar resultados específicos após o cumprimento de certas condições. Há um sistema para montar diálogos e adicionar uma narrativa a elas, mas o melhor que ele consegue é criar uma configuração vaga e meio sem sentido.

Algumas apresentam cenários interessantes e parâmetros específicos para a vitória, como ver o Goku criança lutar contra o Mestre Kame, que só pode ser derrotado pelo Kamehameha.

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Sparking Zero é bem superior aos seus antecessores Tenkaichi em um modo multiplayer online, ao oferecer uma jogabilidade de rede. Encontrei pouca latência e poucos problemas de lag em servidores mais ativos. Existe uma opção de tela dividida local para quem quer lutar pessoalmente. Jogar este Dragon Ball com amigos é a melhor maneira de apreciar este jogo.

Dragon Ball Sparking Zero não é perfeito. Existem algumas coisas irritantes, como a I.A. às vezes parecer cega ou alguns pequenos bugs na câmera, que se perde do personagem, principalmente nas batalhas mais épicas. As batalhas de episódio têm um tipo de dificuldade baseada em reações rápidas, mais de uma vez cruzando a linha entre desafiador e frustrante. No entanto, me sinto com meus 15 anos jogando com os amigos, o que me traz lembranças incríveis, quando apenas jogar com amigos fazia toda a diferença.

Sparking Zero faz você reviver toda a história tão consagrada de Akira Toriyama de forma dinâmica e emocionante, fazendo o jogador participar da história e também matar a curiosidade alterando alguns eventos. Um game obrigatório para quem curte Dragon Ball.

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