Dicefolk: Temos que pegar! As quimeras!

Imagine um jogo de dados, agora acrescente RPG, deckbuilding e roguelike a mistura, coloque toda a sua capacidade de pensamento estratégico e alguns monstros para capturar, um feiticeiro do mal pra dar liga na história, e é claro, uma heroína! Parece muita coisa? Pois Dicefolk é tudo isso e muito mais.

O que é

Dicefolk é um jogo roguelite tático, com elementos de deckbuilding e captura de monstros. Desenvolvido pela Leap Game Studios (a mesma desenvolvedora de Tunche) em parceria com a francesa Tiny Ghoul, o jogo foi lançado em 2024 para Pc e Nintendo switch. Apesar de ser um jogo peruano, Dicefolk tem como base para suas quimeras lendas de todo o mundo, então talvez você encontre alguma criatura conhecida.
3 séculos atrás um feiticeiro chamado Salem decidiu conquistar os monstros chamados de quimeras, com a intenção de usar essas criaturas para dizimar os humanos. Embora tenha conquistado as feras, uma pequena parte da humanidade sobreviveu, mas o feiticeiro se deu por satisfeito com o estrago causado, ele entrou em um sono profundo, mas deixou suas quimeras à solta, e mesmo adormecido, seu poder continua a comandá-las.
Já nos dias de hoje, existem guerreiros chamados ´´Dicefolks“, uma classe que consegue dominar as quimeras com o auxílio de dados mágicos, uma delas é Alea, nossa protagonista, para ela já passou da hora de alguém derrotar Salém, e ja que ninguém o fez até agora, ela toma para si essa missão.

Jogabilidade

Tudo começa com seus dados, seu jogo começa com 3 deles, e cada um deles tem um set único de movimentos com diversas funções para as batalhas. Seu dado ganha novas faces quando se avança no jogo, essas novas faces te proporcionam novas opções para os combates. As batalhas acontecem com seus monstros, você começará o jogo com 3 monstros bem básicos e não muito bons em um primeiro momento. Então precisamos pegar todos, e avançando no mapa encontramos novos monstros para catalogar. E aumentar sua quimeradex é fundamental (e uma das partes mais divertidas do jogo pra mim).
Então eu só coleciono monstrinhos e ataques? O que há de novo nisso? E é ai que está o pulo do gato de Dicefolk: você também controla seus inimigos, mas tudo de acordo com o que os dados ditarem, é aqui que suas habilidades estratégicas brilham!
Em um primeiro momento você não terá grandes dificuldades com suas escolhas, mas conforme o jogo avança a dificuldade vai progredindo gradualmente, e logo logo você precisa escolher quem sacrificar, quem priorizar, como agir quando os dados não parecem ajudar? Seu pensamento estratégico também vai ser colocado em jogo com as oportunidades de cura, melhorias, quais monstros ter em seu time? A cada nova área novos desafios e uma nova dificuldade é imposta, é fácil entender a jogabilidade, mas o jogo vai achar novas maneiras de continuar te desafiando, tornando tudo familiar, mas nunca repetitivo.

Nostalgia em 2024?

A arte é charmosa, mesmo sendo bem bonita e atual, me passou uma sensação meio nostálgica, parece algo que teria pertencido a minha infância, é colorido e divertido. Os ambientes podem parecer meio simples mas cumprem seu papel de nos apresentar a cada bioma, e as quimeras tem visuais bem bacanas, algumas passam um ar mais inofensivo já outras são mais monstro mesmo.

O veredito

Dicefolk não tem o enredo mais chamativo do mundo, mas brilha com seu estilo único de gameplay, somando elementos de vários gêneros e os transformando em algo próprio. Mesmo com tantas funcionalidades distintas, é fácil entender como jogar, e mais fácil ainda se viciar. Os dados acrescentam um charme e complexidade extra ao jogo e também tornam a possibilidade de um replay bem atrativa, afinal, todo jogo será diferente.

Notas

Gráficos: 5/5

Jogabilidade: 4,5/5

Diversão: 5/5

Som: 4/5

Narrativa: 2,5/5

Geral: 4,2/5