Days Gone: Primeiras Impressões

Days Gone

Desenvolvido pela SIE Bend Studio e lançado inicialmente para Playstation 4, Days Gone se tornou um novo filho na família de exclusivos da Sony e trouxe uma abordagem mais ampla aos jogos de zumbis. E é sobre isso que vamos falar um pouquinho sobre esse jogo hoje. 

Sim, eu sei que se trata de um jogo já antigo, mas que eu tive a oportunidade recente de jogar graças aos jogos gratuitos do mês da Playstation. Estava curioso para poder Days Gone, que gerou uma certa divisão por parte de alguns na sua época de lançamento. 

Então comecei a jogar e entendi a dúvida que paira por alguns gamers sobre ele. Ainda tenho muita coisa para fazer dentro do jogo, mas, digo inicialmente que é um jogo que você deve dar uma atenção sim. Mas esteja avisado, ele não é para todos. 

Vamos as razões: 

Days Gone diferente de qualquer jogo do seu nicho é um jogo cadenciado. Você vai ter seus momentos de frenesi (e essa escolha de palavra não foi atoa), mas vai ter muito mais momentos táticos. Jogar uma pedra para despistar um inimigo humano ou um frenético para um determinado canto do cenário que você estiver, vai ser a sua maior arma. 

Além disso, o uso de armas brancas, também serão uma excelente opção para enfrentar um número reduzido de inimigos. Mas não se engane, o uso das armas de fogo também pode te auxiliar, já que irá atrair a atenção dos frenéticos para cima daqueles que estiverem tentando te acertar.  

Mas isso também é um problema. Uma das graças de jogos do gênero de sobrevivência é você… sobreviver mesmo, não tem muito o que falar em relação a isso. Mas, vou exemplificar o meu ponto, o que eu citei acima, até o momento em que joguei, é utilizado apenas no open map do rolê, ou seja, uma estratégia que você pode usar fora de missões. 

Map

Durante uma missão na qual estava jogando, onde havia frenéticos “crianças”, eles estavam por perto, mas ninguém reagia, a não ser que eles fossem previamente atacados. E no final dessa missão, onde inimigos humanos estavam me atacando, eles ficavam lá, apenas observando o pau torando.  

É preciso dizer que no final dessa fase, acabei encontrando um “boss”, onde alguns frenéticos que misteriosamente apareceram ali o atacaram, mas, é pouco por se tratar de um lugar onde havia muitos frenéticos e um só boss, eu e a pessoa que ajudei na missão. 

Outra razão para o jogo não ser para qualquer um é a síndrome de “Dovahkiin”. Sim, você não leu errado. Qual é a síndrome de Dovahkiin, Luiz? É aquela velha e não tão boa tática dos jogos te fazerem ir do ponto A ao ponto B, fazendo qualquer tipo de coisa.  

Em Days Gone isso se torna um problema muito maior, já que a sua moto, seu único veículo no jogo gasta combustível. Eu não sou especialista em carros, mas a moto consome muuuuito combustível durante o jogo, você encontra galões ao longo do mapa para encher o tanque, e você precisa planejar bem sua viagem até os pontos, se não, vai ter que caminhar no mapa, e eu não recomendo. 

O que me leva a mais um ponto, o mapa. Você precisa tomar cuidado com tudo ao seu redor nesse jogo. Uma coisa que me incomodava muito em Mad Max, que é um jogo que eu comparo mais ou menos com esse, é que você tem um mapa “semimorto”, em Mad Max era muito morto, aqui não.  

Days Gone

Aqui é mais ou menos por aí. Ao longo do mapa obviamente você vai encontrar muitos zumbis e literalmente uma passeada deles se você der azar, mas também, você vai encontrar lobos, veados e snipers, sim. Você pode e vai ser emboscado com a sua moto por um grupo “liderado” por um sniper que fica escondido pronto para te matar com os companheiros dele. E vou dizer, uma coisa, jogar com os dois fones de ouvido vai ser de grande ajuda em certos momentos no mapa. 

Por fim, a história. Por enquanto a história de Days Gone não me pegou muito emocionalmente, acho que não vai, mas tenho esperança de que isso mude. 

Com uma história simples até o momento, a desenvolvedora nitidamente bebeu de uma fontezinha de The Last of Us para se inspirar em St. Jones. Consigo ver muito uma versão um pouco mais violenta e igualmente humanizada com o Joe, por exemplo. 

Se você gosta de jogos que te fazem pensar em como sair de situações difíceis, errar, tentar de novo, errar, e uma hora conseguir, esse ó lugar certo para você. Se não, recomendo deixar para outro momento de arriscar com Days Gone. 

Zombie Time, Bitches!