Introdução
Com o grande sucesso de Nioh em 2017, em 2020 a base de fãs e jogadores do título original foi agraciado com um novo jogo da série intitulado de Nioh 2. A sequência também teve produção e publicação pela Team Ninja e Koei Tecmo respectivamente. Apesar de ser recente, Nioh 2 recebeu uma versão remasterizada para a nova geração de consoles em conjunto com o primeiro jogo. Nioh 2 está disponível para PS4, PS5 e Windows. Confira abaixo o trailer de lançamento e o trailer da Nioh Collection:
Trailer de Lançamento
Nioh Collection
Continuação?
Apesar de ter “2” no título, o Nioh 2 trata-se de uma prequel à história de seu antecessor. A história de Nioh 2 se passa durante o início da Era Sengoku, enquanto seu antecessor acontece no final.
Diferente do título anterior, em que o jogador controlava obrigatoriamente William, em Nioh 2 o jogo permite a criação de um personagem (homem ou mulher).
Além disso, é possível nomear o protagonista de acordo com as preferências do jogador. Apesar disso, ao longo da histŕoria, os demais personagens tratam o protagonista como Hide.
Era Sengoku – O Início
Assim como no título anterior, Nioh 2 também é influenciado fortemente por acontecimentos da história japonesa mesclado a elementos místicos e sobrenaturais. Ao longo da jornada é possível encontrar diversos elementos do folclore japonês, assim como figuras históricas reais.
Como mencionado anteriormente, em Nioh 2 controlamos nosso próprio protagonista, conhecido no universo do game como Hide. O protagonista começa sua jornada em um vilarejo infestado de yokai e bandidos. Após o confronto com o primeiro chefe do jogo, uma característica única de Hide vem à tona: nosso protagonista é meio-humano, meio-yokai.
Ao perder o controle de seus poderes yokai após o conflito com o primeiro chefe, o protagonista é resgatado por Tokichiro, um mercador de “pedras espirituais”.
Um Viajante, Um Observador
Como você pode imaginar, caro leitor, as “pedras espirituais” tratam-se da Amrita, a moeda de troca do jogo anterior e motor da história. Assim como na história de William, a exploração e comércio da Amrita foram os grandes responsáveis por moldar o período histórico da Era Sengoku. Quem ascendia ao poder, morria, vivia ou virava Yokai; tudo era controlado pelas pedras.
Neste contexto, a aliança entre Hide e Tokichiro em sua busca por amrita leva os personagens a interagirem com diversas figuras históricas e a participar de momentos decisivos da história japonesa.
Diferente de William, Hide atua como um personagem que é “levado pela corrente”. William tinha um objetivo claro e um inimigo que precisava derrotar. Enquanto isso, Hide embarca em uma jornada de auto-descobrimento e companheirismo; participando quando requisitado e em prol dos interesses de outrem.
Apesar da aparente falta de objetivo do protagonista, logo a história apresenta alguém para perseguir. O principal antagonista da trama é uma entidade misteriosa entitulada de Kashin Koji. Kashin Koji é então o responsável por todos os empecilhos encontrados por Hide ao longo da história, incluindo traições, corrupção e ataques de yokai.
Transforme-se num Yokai
A grande novidade de Nioh 2 é a capacidade de explorar as habilidades yokai do protagonista. Apesar da história se passar antes dos acontecimentos do primeiro jogo, as mecânicas de gameplay são verdadeiras sucessoras do primeiro título.
Alguns elementos permanecem, como a troca de posturas (alta, média e baixa) para se adaptar ao combate, o uso de amuletos para buffs e debuffs e o uso de consumíveis. As principais armas do jogo anterior também retornam.
Para complementar o combate, Nioh 2 recebeu a adição fixa de três novas variações de arma (tonfas, odachi e foice-borboleta) além dos sistemas de counter, despertar e invocação baseados nos poderes yokai do protagonista.
O sistema de counter permite encontrar aberturas contra inimigos humanos e yokai em combate, geralmente causando danos críticos ao inimigo. O sistema de despertar transforma o protagonista completamente em um yokai, causando danos críticos aos inimigos por um curto período de tempo. Além desses dois, Nioh 2 conta também com um sistema de invocação. Esses sistema permite que o jogador equipe os espíritos de yokai derrotados, podendo chamá-los ao combate para causar danos devastadores.
Além disso, adionado às barras de ki (energia) e vida, temos a barra de energia yokai, que permite que o jogador invoque os espíritos caídos. Além disso, essa barra é o que garante a sobrevivência dentro dos reinos yokai encontrados ao longo dos mapas. Estes pequenos reinos drenam o ki do jogador, fazendo com que muitas vezes ele dependa da energia yokai para sobreviver.
Co-op
Sim! O co-op faz seu retorno triunfal em Nioh 2. Devido aos pedidos dos jogadores e boa aceitação da comunidade, desta vez os desenvolvedores resolveram caprichar no modo multiplayer. Na essência, Nioh 2 tem o multiplayer quase idêntico ao seu antecessor. Porém, agora os copos ochoko (item necessário para chamar outros jogadores) são mais abundantes. Além disso, o jogador também pode invocar IAs por meio de tumbas benevolentes.
Desempenho
Assim como seu antecessor, Nioh 2 pode ser adaptado para priorizar frames ou qualidade gráfica (modo filme ou ação). Para esta análise, considerei a versão de lançamento que joguei em 2020 em um PS4 Slim. Até terminar as mais de 20 horas de jogo, não me deparei com nenhum crash ou bug significante. Além disso, o jogo rodava perfeitamente no console.
Conclusão
Nioh 2 é um excelente jogo souls-like. Além de complementar e estabelecer uma ligação com o primeiro título da franquia, Nioh 2 consegue aperfeiçoar a técnica anterior e inovar adicionando elementos novos à jogabilidade. Apesar de apresentar um protagonista um pouco perdido no começo da história, o jogo rapidamente consegue motivar o jogador a continuar para descobrir mais sobre Hide e também para impedir o novo antagonista da série. Assim como em seu antecessor, Nioh 2 conta com um bela direção de arte, com cenários de tirar o fôlego. Nioh 2 é mais um jogo com o selo NSV de qualidade.