Análise | | Metroid Dread – Sinta o terror

Box art de Metroid Dread

Introdução

Dread“, no português, “medo, terror, horror”. Este é o tema principal do novo título da saga 2D de Metroid que foi anunciado de surpresa na Nintendo Direct da E3 de Junho de 2021. Confira abaixo o trailer de anúncio de Metroid Dread, lançado exclusivamente no Nintendo Switch:

História

Metroid Dread acompanha Samus Aran em uma jornada ao planeta ZDR. Quem já acompanhava a franquia, sabe que os inimigos da franquia são os Chozo e os Parasitas X, que foram exterminados nos títulos anteriores.  Porém, em Metroid Dread, foi detectado um sinal de vida de Parasita X no planeta em questão.

Para investigar, a Federação Galática enviou sete EMMIs ao planeta para fins de pesquisa e extração de amostras. Porém, por algum motivo desconhecido, a Federação perde o contato e o sinal dos EMMIs e manda então nossa querida Samus para investigar, já que ela é a única imune aos parasitas.

Chegando lá, Samus é confrontada por um guerreiro Chozo remanescente, que a derrota e remove todos os poderes e melhorias do traje da protagonista. A partir disso, o jogo introduz o jogador aos aspectos metroidvania do título, como a aquisição de upgrades e desbloqueio de novas habilidades. Além disso, Metroid Dread também introduz o jogador aos elementos “dread” do jogo, os EMMIs.

Samus com seu traje enfraquecido

Dread

Como mencionei acima, o jogo gira em torno do clima de tensão, medo, apreensão. Além dos inimigos tradicionais, os inimigos principais de Metroid Dread são os EMMIs. Os EMMIs são robôs de exploração planetária que deveriam servir à federação à qual Samus é afiliada, porém, por algum motivo eles foram reprogramados e se tornaram hostis a ela.

Os EMMIs são inimigos ágeis, velozes, fortes e implacáveis. Eles habitam certas áreas do planeta ZDR que devem ser exploradas por Samus. Porém, são inimigos que devem ser evitados a todo custo. Ao dar de caras com um EMMI, Samus deve fugir o mais rápido possível, uma vez que ao ser capturada, a protagonista possui apenas duas janelas de contra-ataque para escapar das garras do EMMI. Parece simples, mas esta que vos fala foi vítima de EMMIs por incontáveis vezes ao longo do jogo.

Samus “driblando” um EMMI

São os EMMIs os responsáveis pelo clima “dread” do jogo. A perseguição associada a uma trilha sonora de tensão, transformam as zonas de EMMI em um verdadeiro filme de terror. Um passo em falso pode significar uma tela de fim de jogo.

Contudo, os EMMIs não são indestrutíveis. Parte da proposta de Metroid Dread, é que o jogador elimine cada um dos sete EMMIs espalhados pelo planeta para desbloquear novas habilidades e upgrades para Samus. Para destruí-los, é necessário adquirir uma carga de energia específica para potencializar o canhão de Samus, que então torna-se momentaneamente capaz de destruir a carcaça dos EMMIs.

Upgrade temporário do canhão que permite derrotar os EMMIs

Metroidvania em sua melhor forma

Assim como os títulos inspirados pelos Metroids originais, Metroid Dread é um excelente metroidvania. Todos os elementos estão presentes, desde o incentivo à exploração até os upgrades para Samus. O combate, diferente de alguns metroidvanias mais atuais, é focado em elementos de shooter 2D.

Metroid Dread também dispõe de elementos de combate corpo a corpo e de contra-ataques. Em partes, o combate baseado em tiros lembra um pouco do combate de Megaman. É possível carregar os tiros, atirar mísseis, atacar de paredes, etc. Apesar da vasta gama de ataques, o melhor de todos é os contra-ataque no estilo parry, que matam instantâneamente os inimigos.

Além dos elementos clássicos de um bom metroidvania, Metroid Dread aventura-se com a inclusão de elementos stealth em seu repertório. Para ajudar os jogadores a escapar dos EMMIs com um pouco mais de facilidade, os desenvolvedores incluiram um recurso que lembra uma capa de invisibilidade. Essa capa, impede que o EMMIs detectem a Samus dentro de suas zonas por tempo limitado.

Apesar disso, a “capa” não é onipotente. Caso Samus esbarre com um EMMI, ela deixa de ser invisível. Além disso, a capa reduz drasticamente a velocidade de movimento de Samus. Se mal calculado, pode acabar sendo um tiro no pé e causando a captura de Samus pelos EMMIs.

Metroid-souls?

Hehehe, brincadeiras à parte, Metroid Dread traz uma gama considerável de chefes para seu repertório. Conforme Samus explora o planeta ZDR, os chefes vão ficando mais difíceis. Este foi mais um dos elementos que me lembrou Megaman.

Um dos primeiros chefes encontrados por Samus em Metroid Dread

Cada chefe tem um padrão de ataques e até fases diferentes. Apesar de desafiadores, não são impossíveis de derrotar ou que causem algum tipo de “rage-quit” no jogador. Para quem gosta de enfrentar chefes e explorar, Metroid Dread é um prato cheio.

Trilha Sonora

A trilha sonora de Metroid Dread é outro ponto positivo do jogo. Cada faixa foi composta para transportar o jogador para outro planeta. As faixas musicais de tensão ambiente junto com os efeitos sonoros emitidos pelos EMMIs enquanto eles caçam a Samus passam uma sensação de pânico única ao jogador.

Conclusão

Metroid Dread faz juz ao nome Metroid e ao gênero que inspirou. O título traz tudo de melhor da franquia para a nova geração de consoles Nintendo.  Apesar de ser uma sequência direta dos jogos anteriores da franquia, não é necessário ter jogado eles para entender a história ou aproveitar o jogo. Metroid Dread é um jogo obrigatório para jogadores assíduos da franquia e também para qualquer amante do gênero Metroidvania.

Fiquem ligados na NSV para mais análises de games!

Notas

História – 5/5

Jogabilidade – 5/5

Música – 5/5

Arte – 5/5

Diversão – 5/5