Susanoo – O Deus da Tempestade na mitologia japonesa

Olá leitores no NSV – Mundo Geek! Aqui é o Vulpixs para mais um texto sobre a mitologia japonesa, desta vez para falar sobre a divindade Susanoo. Tenho certeza que você já ouviu falar um pouco dele seja por anime ou mangá, mas será que você sabe da sobre o que conta sua mitologia? Venha descobrir um pouco mais!

Um apanhado geral sobre Susanoo: O Deus da Tormenta

Susanoo⚡️ | Susanoo naruto, Anime naruto e NarutoMuitos conhecem a divindade Susanoo, como um ser humanoide de chakra vindo do mangá Naruto do autor Masashi Kishimoto. Embora a divindade seja muito conhecida por este meio, também é válido explorarmos mais sobre o que conta a história de Susanoo, o Deus da Tormenta.

Sobre uma visão de geral, Susanoo-no-Mikoto é o deus japonês das tempestades e do mar. Um poderoso e turbulento deus guardião, com o seu humor que costuma ser tão temperamental pelas suas ações de revolta e destruição. Outro evento importante de seu conto é a sua luta com o Orochi, a serpente de 8 cabeças, que levou à criação da espada Kusanagi-no-Tsurugi, uma parte da relíquia sagrada do Japão.

Etimologia de Susanoo

Historicamente, o nome dele foi matéria de várias traduções para o inglês devido aos duos que aparecem no final de seu nome. esse grande número de traduções reflete na falta do uso das letras romanas no período após a Restauração Meiji de 1868. Além de Susanoo, a grafia mais comum é dado como Susan’o. As traduções mais antigas de seu nome incluem Susanoo, Susano-o, Susa-no-O, Susano’o e Susanowo.

De acordo com a grafia japonesa, as formas de se escrever o nome Susanoo são das mais variadas possíveis. Em japonês, seu Kanji pode aparecer de 4 formas: 素戔男尊, 素戔嗚尊等, 須佐乃袁尊, 須佐能乎命. Todas essas formas podem ser traduzidas para “O Grande Deus Susanoo”; Ou se quiser algo bem mais complexo, com o seu outro nome 建速須佐之男命 (Takehaya-Susanoo-no-Mikoto), além de 神須佐能袁命 (Kamususanoo). Só que não estamos aqui para discutir amplamente sobre a sua etimologia, então vamos para o que nos interessa.

Suas características e representação na mitologia

Susanoo é uma divindade xintoísta, e seu humor incompreensível e aparência desgrenhada são reflexos diretos de seu status como o deus das tempestades. Os mares ao redor do sul do Japão — onde estão localizados muitos de seus santuários — refletem essas qualidades da divindade no país.

Como muitos outros Deuses com características de vento e água que servem sob seu comando, Susanoo também pode mudar de um ser benévolo para malévolo em um estalo de dedo. Apesar de sua história, ele continua sendo um dos heróis mais célebres da mitologia japonesa.

Linhagem familiar de Susanoo

Geralmente, os deuses na mitologia do mundo são conhecidos como os governantes do tempo ou de certas condições climáticas, como o deus do trovão, o deus da chuva e entre outros. Com Susanoo não poderia ser diferente.

Susanoo é o filho de Izanagi, o ancestral de todos os Deuses no xintoísmo, e é irmão de Amaterasu, a deusa do sol, e Tsukuyomi, o deus da lua. Sua família varia muito, dependendo da história, e, como tal, ele tem muitas esposas e filhos — para os que quiserem saber mais sobre os seus 2 irmãos, Amaterasu e Tsukuyomi, eu fiz este texto aqui no NSV para vocês se situarem bem quanto a mitologia xintoísta: Amataresu – A Deusa do Sol e suas Lendas

Incluído em seu número está Kushinada-hime, sua primeira (e mais importante para a história) esposa que lhe deu cinco filhos: Kushiinada-hime, Inada-hime, Makami-furu-kushi’inada-hime, Yashimajinumi e Okuninushi. Fora de seu casamento, Susanoo teve incontáveis ​​companheiras e filhos de outras mulheres e deusas.

O banimento de Susanoo para a Terra

O deus nasceu quando seu pai Izanagi lavou o nariz no rio Woto enquanto realizava rituais de limpeza após sua expedição ao submundo. Inicialmente, Susanoo governou o Takamagahara (Alta Planície Celestial) com sua irmã Amaterasu, mas desde o início Susanoo causou problemas ao destruir florestas e montanhas, além de matar habitantes locais por todo local no planeta Terra. Por esse motivo, ele foi banido do céu para viver no mundo terrestre.

Dando uma última despedida a sua irmã Amaterasu, o deus da tempestade mais uma vez causou grande destruição à caminho do palácio do sol e até as próprias montanhas estremeceram com sua presença tomada pelo ódio. Desta forma, Amaterasu estava convencida de que seu irmão não era piedoso e misericordioso, mas quando desafiado, Susanoo alegou que apenas queria se despedir e provar suas boas intenções, disse que se pudesse milagrosamente trazer ao mundo cinco novas divindades, assim o faria para provar sua honestidade.

Susanoo então pegou o colar de 500 joias de sua irmã, comeu-os e cuspiu como uma névoa da qual nasceram cinco deidades masculinas. Esses novos deuses, juntamente com três deuses femininos produzidos quando Amaterasu ainda realizaria futuramente algo parecido ao comer a espada de Susanoo e cuspir três divindades; estes tornariam-se os ancestrais da nobreza japonesa.

Quando Susanoo ficava feliz, causava tumulto de devastação em larga escala como um furacão, passando por todo lugar e causando destruição, para suas comemorações.

Então, para acrescentar insulto à pirraça, numa piada de mau gosto, Susanoo matou um cavalo divino e jogou-o pelo telhado do palácio onde Amaterasu estava tecendo silenciosamente. Furiosa com o comportamento indecente de seu irmão, a deusa do sol se fechou em uma caverna e só voltou a aparecer depois de muito trabalho e tentativas dos outros deuses de Takamagahara.

A luta contra Orochi, o serpente de 8 cabeças

Descendo para a Terra, Susanoo caiu em na província de Izumo, e enquanto vagava perdidamente, o deus foi surpreendido por um som de choro. Seguindo o som cada vez mais alto, Susanoo encontrou três figuras lamentáveis ​​- um velho homem e uma mulher carregando a sua filha – todos soluçando desesperadamente e de feições aterrorizadas. Após uma conversa, eles disseram ao deus que seu sofrimento era causado por uma serpente gigantesca, conhecida como Yamato-no-Orochi que vinha aterrorizar a região todos os anos e cada visita comia uma das filhas do casal de idosos. Conhecido também como Orochi, a serpente de 8 cabeças, já tinha se alimentado de 7 filhos do casal, e muito provavelmente estava a caminho da sua última refeição.

Agora, aflitos, os pais estavam com sua última filha, Kushinada-hime. Susanoo fez uma proposta com eles: se ele matasse o monstro, poderia se casar com a linda garota. Concordando com a proposta, os pais seguiram as instruções do deus da tempestade e colocaram oito xícaras cheias de saquê forte em cada uma das portas de sua casa.

Depois de um tempo, a serpente chegou devidamente com o fogo em cada uma de suas oito cabeças. Quando a criatura temível cheirou o saquê, não resistiu por muito tempo ao cheiro forte e cada cabeça bebeu de um dos copos. Consequentemente, Orochi caiu no jutsu do álcool completamente bêbado, e Susanoo sem pestanejar saiu de seu esconderijo para cortar cada uma das cabeças da serpente com sua espada.

A Redenção de Susanoo

Ainda no final da luta contra Orochi, Susanoo encontrou dentro da barriga da serpente a espada Kusanagi-no-Tsurugi (A Espada de Kusanagi).

o casal feliz e aliviado com a morte de Orochi, cumpriu com a promessa de sua única filha restante Kushinada-hime casasse com Susanoo. Agora, tentando fazer as pazes com Amaterasu, o deus da tempestade apresentou a Kusanagi-no-Tsurugi como um sinal de seu arrependimento pelas ações cometidas no passado, mostrando ter aprendido com o tempo que permaneceu na Terra.

Depois que a tempestade passou e chegou a calmaria destes eventos todos, o pai de Susanoo, Izanagi, lhe deu uma última tarefa: ele deve tomar o lugar de Izanagi como guardião de Yomi (Mundo dos Mortos). Susanoo aceitou a posição e até hoje serve como guardião da porta de entrada para a Terra dos Mortos. É por esse motivo, além de sua natureza inerentemente violenta, que as tempestades são frequentemente associadas à morte na cultura japonesa.

Apesar de sua reputação como um deus malévolo entre os deuses xintoístas, Susanoo é conhecido por dar certos presentes culturais à humanidade, como por exemplo a agricultura.

Enfim pessoal, chegamos a mais um final de texto sobre contos da mitologia japonesa. Gostou, quer mais? Comente aqui em baixo!