Goliath é um seriado onde acompanhamos os casos de Billie McBride, um advogado renomado que perdeu todo o seu prestígio por um erro, porém continua sendo um profissional brilhante. As pessoas o procuram esperando que ele resolva seus problemas, mas Billie precisa de motivação para aceitar o caso. Após cumprir este requisito, ele vai atrás da verdade a todo custo, doa a quem doer.
Seu envolvimento com os casos que aceita é tão grande que ele vai em busca da verdade. Sem tentar convencer os outros sem provas, ele busca descobrir o que realmente houve e apresentar isso a todos (é isso que Billie ama e gosta na carreira dele). Mesmo com os fatos estabelecidos, não significa que ele não possa contra-argumentar e provar que está certo, pois a advocacia tem suas regras e muitas vezes isso impede que o advogado possa se pronunciar completamente.
Não é fácil e vemos isso em cada episódio. É necessário construir uma argumentação em cima do que se quer mostrar e mesmo assim isso pode falhar, pois muitas vezes é “como” se conta os fatos que faz a diferença para conquistar o júri, mostrar a verdade ao juiz e prosseguir na frente do seu oponente.
Tomando um breve desvio do tema, farei um paralelo com o comediante Ronald Golias (mesmo nome do seriado, curiosamente) que foi um dos primeiros na TV brasileira. Seu quadro de humor era sempre focado na forma como ele contava as histórias e piadas, sua interpretação de uma história triste ou viajada é que fazia a história ser engraçada.
É o jeito de contar a história que faz a diferença, seja para fazer o público rir ou conquistar juiz e júri. A verdade tem muitas faces e a interpretação delas pode gerar uma reviravolta no caso. A forma que você contar aquilo que sabe é o essencial para seguir em frente (e ganhar a causa, conquistar o público, mudar sua vida…), inclusive aquilo que você conta para si mesmo.