6 anos do Nintendo Switch: 6 jogos indies para conhecer

Na última sexta feira (03/03) o Nintendo Switch fez 6 aninhos no mercado. Nesses 6 anos o console recebeu vários jogos fantásticos, mas aposto que sempre te recomendam os mesmos first party para o console, mas nem só de first party vive o gamer, por isso, hoje lhes ofereço 6 jogos indies que podem ter passada despercebido por seu radas, mas valem cada centavo.

Dropsy

Dropsy é um jogo Click and point.  Lançado inicialmente em 2015, desenvolvido pelo desenvolvedor indie norte- americano Tendershoot (pseudônimo de Jay Tholen) e pelo estúdio de desenvolvimento indie A Jolly Corpse, e publicado pela Devolver Digital . O jogo foi lançado em 10 de setembro de 2015 para Microsoft Windows , OS X , Linux . Chegou para iOS em 17 de dezembro de 2015, e em 29 de setembro de 2019 o jogo chegou para Ninteno switch.

Aqui você ajuda Dropsy e sua trupe inusitada a tornar o mundo um lugar mais feliz (bom, pelo menos vocês tentam…),
Dropsy é um palhaço assustador na aparência mas com uma personalidade adorável, um coração de ouro, mas a única maneira de expressar seu amor e vontade de ajudar é abraçando tudo e todos. Um palhaço de bom coração mas sem muita noção de espaço pessoal.
Nunca pensei que um jogo de palhaço feio que tira coisas das calças e dá abraços poderia me emocionar tanto. Dropsy é um jogo simples, mas que consegue aquecer e quebrar seu coração.A gameplay Point and click é amigável e fácil de compreender, a narrativa começa discreta mas consegue te cativar. Você vai ficar de coração mole ao ver Dropsy tentando tornar um mundo um lugar melhor mesmo após tantas porradas da vida, se tiver paciência para ajudá-lo a tornar o mundo um lugar melhor. Incrível como um jogo tão  Wholesome pode ser tão brutal e cruel, e acho que todo mundo precisa de um mundo mais feliz agora, dê uma chance a Dropsy.

What comes after

Aquele que nunca cochilou no transporte público que atire a primeira pedra. Convenhamos, com a correria do dia a dia, quando se consegue um lugar pra sentar no metrô é fácil dar aquela dormida inofensiva que pode acabar gerando problemas. Como perder o seu ponto e acordar muito depois, quando o veículo no qual você está já deixou de ser transporte público e está levando as almas de pessoas que morreram para o pós vida. Espero que isso nunca tenha acontecido com você, mas é dessa premissa que partimos em “What Comes After”

What comes after é um jogo desenvolvido por Fahmitsu, Rolling Glory Jam, Rolling Glory Creative Digital Media Studio e distribuído por Estúdios: Rolling Glory Jam, Flynn’s Arcade. O jogo foi lançado em 2020, em plena pandemia, por isso os personagens usam máscaras, atualmente está disponível para nintendo switch e Steam. É um jogo mais casual que aborda temas como o cotidiano, seu senso de valor perante a sociedade, a maneira como lidamos com a vida.

a, e é claro, a morte. O jogo consegue trazer os temas de forma leve e divertida na maioria das vezes, mas é importante deixar um aviso de gatilho para morte e suicídio, se esses tópicos são gatilhos para você, não recomendo que jogue.
Apesar de deixar a desejar em duração, What Comes After é uma experiência que vale cada segundo de seu tempo. É impossível não se identificar com pelo menos um de seus finados, e ficar pensativo após a gameplay. Apesar de bem curto, é um jogo que te marcará para toda a vida.

Deaths door

Como você imagina o pós vida? Um julgamento? Uma nova chance? Nada? Bom, independente de sua resposta, aposto que não pensou em uma vida burocrática na qual você deve sair por ai buscando outras almas, e se essa premissa parece interessante, não é o bastante para descrever a experiência épica que Death´s Door proporciona.

Death’s Door é jogo indie de ação e aventura, com elementos de RPG, lançado em 2021, o jogo foi desenvolvido pela Acid Nerve e publicado pela Devolver Digital . Disponível para  Windows , Xbox One e Xbox Series X/S,  Nintendo Switch , PlayStation 4 e PlayStation 5 em 23 de novembro de 2021. O game é a sequência de Titan Souls. Aqui você encarnará um corvo que trabalha como ceifeiro de almas para a Sede da Comissão, ao tentar levar uma alma um outro corvo a rouba e lhe dá uma dica sobre o desaparecimento de outros corvos ceifeiros . Ele explica que o você deverá passar por três masmorras para coletar três “Almas Gigantes” para abrir a Porta da Morte, é apenas o começo para descobrir o que realmente se passa nesse universo, será que a morte é a real vilã?

Death’s Door entrega uma gameplay eletrizante e doce ao mesmo tempo. Se combates desafiadores, um visual belíssimo, trilha sonora fascinante e diálogos bem humorados não fossem o suficiente, a narrativa do jogo é tão bem elaborada e completa que ao fim, quando tudo se conecta a satisfação é quase tão grande quanto a vontade de jogar novamente (e desbloquear um final secreto) , cada minuto no jogo vale a pena. Mesmo com o level design pouco criativo em alguns trechos, é difícil se preocupar com isso quando todas as outras características do jogo são excepcionais. Sem dúvida um dos melhores jogos que tive o prazer de descobrir.

Tunche

Tunche é um jogo da LEAP Game Studios e distribuído pela HypeTrain Digital, que mistura Beat’em up com hack’n slash, rogue like e até elementos de RPG. O jogo estará disponível a partir de 2 de novembro para Nintendo Switch, Pc e Xbox. E como o jogo ainda não foi lançado (e para não estragar sua experiência) vamos para essa review sem spoilers da história.

Nessa aventura vamos desbravar a floresta amazônica, com um dos 5 personagens jogáveis disponíveis, cada com com suas características distintas, história e motivação para encontrar Tunche. Você pode jogar só ou em co-op local.

Trunche demorou um pouco a ser lançado, mas a espera valeu muito a pena. Com narrativas envolventes para cada personagem, gameplay muito bem elaborada, e que une com maestria todos os elementos aos quais se propõe e com um toque viciante. É impossível tirar os olhos da tela ou jogar apenas uma vez.

Vigil the longest night

Os entusiastas de Metroidvania em breve poderão colocar as mãos em Vigil: The Longest Night, esse side scroling que mistura terror, RPG e muita ação, em um pesadelo deslumbrante.

Em Vigil: The Longest Night, o jogador encarnará Leila, uma vigilante treinada para o combate, e quando monstros da escuridão surgem, você deverá lutar contra eles enquanto vai ao resgate de Bruna e tenta descobrir o que causa estes estranhos eventos para, enfim, terminar esta noite que aparenta ser infinita. Desenvolvido pela Glass Heart Games e distribuído pela Another Indie, o jogo anunciado em 2019 chegará agora, dia 14 de Outubro para PC e Nintendo Switchcom versão em Português-Br, apesar de já estar confirmado para Xbox e Playstation, ainda não há data definida.

Vigil: The Longest Night entrega uma história cativante, uma gameplay interessante, lindíssimos visuais e trilha sonora encantadora. O jogo apresenta conteúdos que entreterão os amantes e cativarão novatos do subgênero Metroidvania. A única coisa da qual senti falta foi um modo multiplayer. As inspirações em Salt & Sanctuary e Castlevania são notáveis, o jogo bebe destas fontes, mas entrega um trabalho único, sem dúvida um jogo obrigatório para fãs do gênero.

Eternal Castle Remaster Edition

Quando penso em Jogos remasterizados, já penso na obra original e imagino o que possa ser melhorado nela, mas The Eternal Castle Remaster colocou minha cabeça em parafuso, não só por seu estilo gráfico magnífico, mas também pela história que cerca a produção deste jogo, como um remaster de algo que não exatamente “existiu” possa ser tão bom?Eternal Castle remaster é um jogo de ação e aventura, com uma narrativa bem cyberpunk, desenvolvido pela TFL Studio, e sua distribuição ficou por conta daPlaysaurus, e está disponível para Pc (Microsoft Windows, Mac IOS e Linux) e para Nintendo Switch.
Fui procurar o original para ter um parâmetro do que mudou, e não encontrei nada, nadica de nada, nenhuma informação sobre este “Eternal Castle de 1987”, mas como um jogo poderia passar despercebido assim? Bom, na verdade o jogo original nunca chegou a existir propriamente, ele é um clássico perdido, que estava em desenvolvimento durante os anos 80, e chegaria para MS-DOS, mas nunca chegou. Então, como se faz um remaster de um jogo que nunca chegou? Bom, os criadores deste remaster se inspiraram no protótipo com o qual tiveram contato, e somando suas memórias as próprias ideias e referências de outros jogos, os desenvolvedores afirmam que Eternal Castle Remastered é bem diferente do material original, desenvolvido para ser o “jogo dos sonhos” como eles afirmam em entrevistas, e o próprio jogo trás essa ideia de estar em um sonho, quando você entende a proposta por trás, dá pra notar uma tentativa sútil de quebrar a quarta parede.

Eternal Castle remastered te proporciona uma viagem no tempo, é impossível não ser engolido por essa atmosfera retro e a narrativa vai agradar muito aos fans de histórias cyberpunk. A cinemática é deslumbrante, mas como muitos jogos dos anos 80, a falta de precisão acaba gerando problemas contra os inimigos mais comuns. Apesar de ser uma aventura curta, ela definitivamente vale a pena, mas pra finalizar sem spoilers, digamos que o final do jogo é um grande incentivo para um replay.