Vale dos Deuses – Novo filme de John Malkovich

Vale dos Deuses

John escreve a biografia do homem mais rico do planeta, sujeito que deseja minerar terras sagradas para obter material atômico. Mas, essa ganância encontrará um oponente à altura nas forças despertadas dos ancestrais em Vale dos Deuses.

Dirigido por Lech Majewskii e estrelado por John Malkovich e Josh Hartnett. De 2019, o filme se enquadra nos gêneros de aventura, drama e ficção cientifica.

Vale dos Deuses

O tema do filme, apesar de, por vezes, parecer desconexo, é a ganância do homem e a exploração da terra dos povos nativos americanos, os Navajos. Levando a história para o lado mais místico, a trama se divide em vários momentos, separados de 1 a 10, com nomes em cada parte que ilustra o que está acontecendo.

Vale dos Deuses é um filme muito parado e que se desenvolve muito devagar. Além disso, o filme tem muitas coisas soltas, que não dá para entender o que o diretor quis dizer com aquilo. Não é questão de ser complexo, mas sim uma perda de direção de para onde a história deve ir. É fácil se entediar, além de nenhum dos personagens serem carismáticos. Até mesmo o personagem de John Malkovich. No primeiro momento ele parece interessante, mas no fim ele é simplesmente mais um homem ganancioso e louco, sem nenhuma profundidade.

O PODER MÍSTICO

Outro ponto que a história explora é o poder místico do Vale dos Deuses, principalmente sua paisagem e as montanhas. Dá para entender que a intenção era mostrar o poder desses lugares, sua cultura e lendas, mas até mesmo isso fica muito superficial. Talvez tivesse sido melhor explorar mais o roteiro para esse lado e focar menos nos outros personagens. É interessante, porém, no final do filme, quando mostra o poderoso bilionário sendo enterrado. Apesar de todas suas posses, o homem vai parar no mesmo lugar que todos nós um dia vamos parar. E, apesar de todo seu dinheiro, ele não pode salvar sua mulher e filha.

Dá pra entender também que, no final do filme, quando a criança gigante (que é feita de pedra, já que nasceu das montanhas) destrói o prédio do bilionário é uma forma de crítica e mostrar a força dos povos nativos. Mesmo assim, acaba se tornando apenas uma situação bem cômica e, junto com todo resto do filme, não dá para levar a sério.