Lançado no dia 7 de janeiro de 2016 no Brasil, Spotlight é dirigido por Tom McCarthy e estrelado por Mark Rufallo, Rachel McAdams, Michael Keaton, Stanley Tucci, Liev Schreiber e John Slattery.
O filme, baseado em fatos reais, se passa em 2001 e conta a história de um grupo de jornalistas em Boston, EUA, do jornal ‘The Boston Globe‘. Eles investigaram denúncias de abusos sexuais de menores cometidos por padres da região. Além de os casos nunca serem revelados, os abusadores eram acobertados pela própria igreja. Eles não eram punidos por isso, o que fez com que os jornalistas investigassem também a própria instituição religiosa. Isso para, digamos assim, conseguir cortar o mal pela raiz, já que os escândalos não eram simplesmente casos isolados.
O roteiro fica por conta do próprio diretor Tom McCarthy e de Josh Singer que conseguiram construir muito bem o clima do filme, de maneira linear e simples. Mostrando que, em tempos de alta tecnologia no cinema, ainda assim é possível fazer um filme que prende o espectador até seu último minuto, fazendo-nos sentir a atmosfera do ano de 2001. O clima é pesado e tenso, mas os assuntos foram lidados com bastante sensibilidade e de forma direta. O filme deixa quem assiste cada vez mais angustiado com o decorrer da história e torcendo para que no final tudo se resolva e os acusados sejam finalmente punidos por seus atos.
A trilha sonora também merece uma menção. Apesar de simples, ela funciona muito bem durante o filme e em suas cenas. Os atores são competentes e extremamente convincentes. Eles trazem a seus personagens a natureza mais humana possível, deixando com que o espectador simpatize com eles e sinta o mesmo que eles sentem.
O filme, além de ser um belo exemplo de um cinema simples mas muito bem realizado, é também uma forma de celebrar o jornalismo investigativo. Tanto que essa investigação rendeu aos jornalistas o prêmio Pulitzer pelos seus artigos publicados na época. É importante também destacar, assim como os próprios atores fizeram, de que o filme não tem como intenção condenar o catolicismo, mas sim as pessoas que vão contra os princípios básicos da sua religião ao cometer atos desumanos e absurdos como os retratados no longa.