Duna – Uma experiência épica

Duna (Dune) é um filme épico de ficção científica estadunidense dirigido por Denis Villeneuve e escrito por Jon Spaihts, Villeneuve e Eric Roth. Esta é a primeira parte de uma adaptação planejada em duas partes, baseadas no livro de Frank Herbert.

Duna é estrelado por Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Zendaya, David Dastmalchian, Stephen Henderson, Charlotte Rampling, Javier Bardem e Jason Momoa.

Paul Atreides (Timothée Chalamet) é um jovem brilhante, dono de um destino além de sua compreensão. Ele deve viajar para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo. Esse planeta é Arrakis, também conhecido como Duna. Nesse lugar, é aonde se encontra a fonte da substância mais valiosa do universo, o Melange. Mas o planeta possui inúmeros perigos, como vermes de areia gigantes.

O FENÔMENO ‘DUNA’

Sabe os grandes fenômenos da TV/Cinema como Star Wars e Star Trek? Ambos foram fortemente inspirados por Duna. Gene Rodenberry até mesmo teve conversas com Frank Herbert, e Star Wars é ainda mais diretamente inspirado por Duna. Tatooine, por exemplo, é muito parecido com Arrakis e outras similaridades são claras.

Duna é um livro que foi lançado em 1965 e tornou-se um fenômeno, tornando-se um dos livros mais influentes do gênero de ficção científica. Além do primeiro livro, Frank Herbert ainda escreveu mais cinco livros no mesmo universo de Duna. Depois de sua morte, seu filho, Frank Herbert, continuou explorando ainda mais histórias dentro do universo criado pelo pai.

Duna é uma história épica e já haviam sido feitas tentativas de adaptar o livro. Algumas delas foram o filme de 1984, dirigido por David Lynch e uma série produzida pelo canal SyFy. Quando a adaptação dirigido por Denis Villeneuve foi anunciada, os fãs já sabiam que não seria uma tarefa fácil. Mas, será que, dessa vez, Duna teve uma adaptação digna de sua grandiosidade?

©Legendary Entertainment

PRODUÇÃO GRANDIOSA

Tendo em vista que só o primeiro livro da saga de Duna tem 600 páginas, o diretor decidiu que o filme deveria ser dividido em duas partes. Sendo assim, essa primeira parte adapta até a metade do livro. Realmente, Duna é uma obra que somente em tempos atuais poderia ser adaptada com a complexidade técnica necessária.

Tudo nessa adaptação é extremamente grandiosa e a parte técnica é impecável. Denis Villeneuve já é um grande nome em filmes do gênero, tendo dirigido sucessos como A Chegada e Blade Runner 2049. Em Duna, toda a capacidade do diretor se reflete muito bem. Além disso, o diretor é muito fã do livro, e isso fica claro através de todo o cuidado que ele teve com o material original.

Além de uma direção de cuidado, a fotografia, efeitos especiais e trilha sonora (de Hans Zimmer) estão incríveis. Há cenas em que, por exemplo, uma nave enorme emerge de dentro da água e a fotografia nos mostra o quão grandiosa ela é. Outras cenas, que tem enquadramentos mais abertos, também ilustram quão vastos são os planetas e o quão magníficas são as naves espaciais usadas. Também é possível sentir o quão pequenos os seres humanos (e não humanos) são comparados a toda a tecnologia.

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HISTÓRIA COMPLEXA

Apesar de toda a capacidade técnica, ainda assim a história é muito complexa e cheia de nuances. Adaptar todo o conteúdo do livro em um filme de 2 horas e 30 minutos seria impossível. Então, a divisão da adaptação em dois filmes foi muito certeira. Mas, ao mesmo tempo, essa primeira parte parece muito uma introdução a várias coisas, mas que não conclui nada. Além de que, no momento que o filme acaba, a sensação é bem anti-climática.

Mesmo com toda essa dificuldade e algumas falhas, o filme ainda assim é incrível. Apesar de alguns personagens terem ficado menos explorados e alguns conceitos não tão explicados, os que são mais importantes como Paul e Lady Jessica (Rebecca Ferguson) tem o destaque merecido. Os dois têm, aliás, as atuações que mais se destacam na trama.

Tanto de Rebecca Ferguson e Timothée Chalamet. Chalamet tem explosões de emoções que o ator explora bem, e Ferguson consegue passar toda a carga dramática e emocional que sua personagem carrega. A importância da irmandade a qual ela pertence, as Bene Gesserit, é clara e a atenção dada a elas é muito importante para a história geral.

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