Pocket Monsters – O anime de Pokémon como sempre deveria ter sido

Misturado com um gosto de nostalgia e um cheirinho de novidade, o novo anime de Pokémon agradou e muito aos fãs desta série que já segue por mais de 22 anos. Eu sou o Vulpixs e vamos para mais uma análise sobre animes no NSV – Mundo Geek, onde desta vez contarei um pouco sobre os impactos e as relevâncias em peso que este anime trará para as suas demais séries antecessoras.

Pocket Monster – Nostalgia ou impressão minha?

Mais um anime de Pokémon é iniciado e desta vez as coisas estão um tanto quanto diferente. Após o final do mais recente Pokémon Sun & Moon que durou por longos 3 anos de exibição, uma nova aventura estaria para começar… Ou nem tão nova assim, já que Pocket Monsters, assim intitulado a nova animação da série, percorreria por todas as regiões já apresentadas anteriormente. Sim, você não leu errado, Pocket Monsters mostrará os personagens Ash & Pikachu, Gou & Scorbunny e Koharu & Yamper percorrendo o mundo inteiro em grandes aventuras.

Apesar de ser um recomeço, ele não se trata de um reboot completo, pois apenas estará mostrando algumas das cenas já transmitidas, com uma nova animação e por uma outra perspectiva. Além de reprisar alguns acontecimentos marcantes, o anime da vez trará complemento para as suas histórias que anteriormente acabaram com um ponto de interrogação, ou seja, basicamente taparão alguns buracos ao nos explicar como de fato aconteceu alguns pontos que instigam os queridos fãs de Pokémon.

Então é uma nostalgia? De certa forma sim. Os fãs de 10, 15 ou até 20 anos atrás sentirá o peso da mudança que o Pocket Monsters trará e também se emocionará com alguns acontecimentos deixados pela trama no decorrer desta nova jornada. Mas, uma coisa nós temos que ter em mente: O anime de pokémon não se focará em mostrar os acontecimentos anteriores por uma nova perspectiva apenas para agrado destes mesmos que viam a franquia quando ainda estava no seu começo, afinal o público alvo não somos nós. O público alvo são as crianças que estão para conhecer este mundo incrível que é o Pokémon.

E então por que “Pocket Monsters”?

Finalmente Pokémon poderá ter a chance de ser o que ele sempre deveria ter sido. Será que sim? Mas o que eu quero dizer com esta afirmação? Simples. O foco dos jogos do mesmo sempre tem de deixar os próprios bichinhos de bolso em evidência, tirando um pouco do protagonismo em personagens e aprofundando mais no que é deve ser o conceito de Pokémon. E agora o anime tem a chance de mostrar tudo isso simplesmente por ter ampliado os seus horizontes. Para ser mais exato, Pocket Monsters se focará em apresentar isso que chamamos de “Universo Pokémon”, por isso o nome do novo do anime é um simples “Pocket Monsters” (Montros de Bolso), como sempre deveria ter sido, dando foco no que realmente tem que ser mostrado.

E claro que o primeiro episódio da nova série já amplia esse conceito de uma forma magnifica. Posso dizer que pela primeira vez realmente tivemos um roteiro que não precisasse de uma influência humana para o progresso de algum roteiro canônico no anime. Tivemos sim a participação do Ash, Gou e Koharu no episódio, porém este não foi o foco do episódio. Olha que incrível. Pokémon fazendo um roteiro onde não precise começar comum empurrão do garoto Ash.

O primeiro episódio apresentado ganhou o título de “Pocket Monsters Ep 01 – Surja, Pikachu”. Não poderíamos ter um episódio melhor que este para traçar uma nostalgia, uma nova perspectiva, apresentação dos novos e velhos personagens, e por fim um ampliamento do universo pokémon sem a influência de uma ação humana. A primeira metade do episódio consiste em apresentar um pouco do universo Pokémon e de como vivem os pokémons em seus habitats naturais, além de nos introduzir os novos parceiros de jornada do nosso protagonista Satoshi/Ash Ketchum. A segunda metade tivemos a revelação do surgimento do Pikachu do Ash, algo que era um mistério a ser descoberto que durou por longos 22 anos.

A aplicação dos seus conceitos apresentados anteriormente

Eu falei de uma forma resumida sobre como o universo foi bem apresentado no episódio inicial, mas ainda sim é importante que tratemos com detalhes esta parte. Partindo para a parte em foco do episódio, temos a manifestação de dois Pokémons importante para o desenvolvimento do que seria o Pikachu do Ash que conhecemos hoje em dia. Este conto começa com a aparição de um Pichu perdido na floresta e de Kangaskhan, por vezes apelidado de “mãe pokémon” pelo motivo de que carrega um filhote de Kangaskhan na bolsa de sua barriga, assim como um canguru.

O Pichu é um Pokémon inseguro e sem muitas experiências em sua vida, até porque ele ainda está na sua fase bebê. Com a ajuda de Kangaskhan, o bichinho amarelo passa os seus dias dentro da bolsa de sua mãe adotiva Kangaskhan, sendo alimentado e cuidado como se fosse um filho de verdade. Por vezes, eles passavam mais dificuldades que outros de sua mesma espécie em tempos ruins e quem sofria com isso era a mãe. Sua bolsa pesava mais que o normal e carregar dois filhotes em sua bolsa parecia sofrido demais para caminhar por longas horas na busca de um abrigo no meio da chuva.

Pichu percebe que estava sendo um peso para Kanghaskan e para o filho dela, então decide sair da bolsa, para andar por conta própria na fria chuva que os atingia, porém mãe é mãe. Kangaskhan o coloca de volta em sua bolsa para proteger da chuva e do frio, e assim continua a caminhar até arranjar um local coberto para descansarem. Até aí já foi uma aula de vivência mostrada pelos monstrinhos de bolso.

Durante o repouso, Pichu reflete sobre seus objetivos e sobre o que seria melhor para sua mãe adotiva e para ele mesmo. E assim, decide que o melhor para os dois é que cada um seguisse o seu caminho. Pichu nunca esqueceria do que aprendeu com Kangaskhan e também do amor de uma mãe e uma amizade como nunca tivera antes. E no mais surpreendente adeus silencioso, Pichu atinge os status de sua felicidade no máximo e evolui para um Pikachu. Neste momento, Pikachu estende os seus braços com um adeus para Kangaskhan e parte em uma jornada para conhecer o mundo. Mal saberia ele que em alguns anos, o seu destino estaria entrelaçado com Ash Ketchum.

O interessante disso tudo é que agora sabemos mais sobre o método de evolução baseado na vivência de uma amizade. Até então só tínhamos presenciado uma evolução assim por influência do elo de um Pokémon com um treinador. E talvez, este seja um dos maiores pontos positivos mostrados pelo primeiro episódio de Pocket Monsters, à descobrir mais sobre este rico universo do mundo Pokémon.

Enfim pessoal, este foi mais um texto no NSV – Mundo Geek. Gostou? Comente aqui em baixo e compartilhe com aqueles seus amigos que também gostam de Pokémon ou que um dia já assistiram os animes antecessores desta série que agrada tantos no mundo. Eu vou ficando por aqui e até o próximo texto!