Da mesma autora de Fullmetal Alchemist, Hiromu Arakawa, Gin no Saji conta a história de Hachiken que quer muita ditância de sua família. Esse pensamento relacionado a querer distância é muito comum atualmente, mas distância de quê de verdade?
Da pressão dos estudos, de ter que “fazer algo que presta”, da cobrança de ser um exemplo… todas essas coisas diminuem a vontade de Hachiken (e de qualquer pessoa) de querer alguma coisa. Ele só quer estar bem e para isso nem precisa fazer o que ele quer, só estar distante da agonia já o ajuda.
Quantas vezes a gente não se vê nessa mesma situação? Não é querer fazer algo e os outros não deixarem, não é não ter o que fazer, é se livrar daquilo que te faz mal. E no caso dele, ele aceita a coisa mais incomum: sair da cidade, ir para o interior e pegar na rotina pesada de quem trabalha na área rural.
Mesmo que isso cause trabalho e cansaço, para ele está tudo bem. Ajudar com tarefas que não são nada da rotina dele, saída total da zona de conforto, sem objetivo nenhum. Ele não pretende trabalhar ou se envolver no futuro com isso, mesmo assim ele prefere estar ali, acordando muito cedo, responsável e cuidando de todo o trabalho.
Qual o problema? Ele diz que nenhum. – Mas nota-se que ele não tem o amor envolvido pela coisa. Não relacionado a fazer as coisas a crescerem e andarem, pois mesmo que não tenha intenção de se envolver, ele cuida para que tudo saia bem! Só que … falta aquele sorriso no rosto, entende?
Ele vê as coisas, ele até quer fazer, mas ele vai se negando. Pensando que não é com ele, que não está ligado com o futuro dele, logo que não é para ele. Ele até quer, mas evita curtir, sempre se ocupando com outras atividades que precisam ser feitas, sem aproveitar o caminho. Ele fugiu com tanta vontade que segue fugindo até dele mesmo.
Fugir não é um problema. Pode vir a ser uma mudança depois (era fuga, virou opção de mudança). Tão importante quanto se livrar do que te faz mal, é se sentir bem de novo. Não adianta só fugir se você não aprender / aproveitar nada com isso. Faça o que tiver que fazer e enquanto foge, aproveite o caminho.
Se você não tentar o diferente, aquilo que tem vontade ou que nunca pensou, nunca vai saber o que pode acontecer. Não quer dizer que tem que fazer isso para sempre. O que importa é o que você aprende no seu caminho, e vai ser muito melhor se for aquilo que você quer fazer (mesmo que não seja o seu objetivo principal).
Não só aprenda, se divirta! E deixe a sua vontade te fazer feliz. Aproveite o caminho!