Sussurros do Coração, filme super sensível do Studio Ghibli, que foca na história de Shizuku traz muitas coisas em seu seu enredo. A dificuldade de crescer, os dilemas da adolêscencia, responsabilidades que precisam ser aceitas versus responsabilidades sobre o que queremos fazer.
A história é focada em Shizuku que não consegue saber o que fazer, onde direcionar seus estudos para seguir uma profissão. Ela tem sua preferência por histórias, gosta muito de livros de fantasia, escreve poemas muito bons. Mesmo assim ela fica pensando no que fazer, como é difícil escolher algo quando não se quer nada. Demora um tempo para que ela consiga perceber aonde ela quer se dedicar.
Enquanto ela passa por essa fase, está ocorrendo o período de provas, ela precisa estudar e terminar seus estudos, bem como ser aprovada para o ensino médio. Sem ter interesse, fica difícil. Quando o interesse não tem nada em comum com o que precisa ser estudado, ainda menos motivador. Entretanto é uma responsabilidade que ela precisa honrar ao mesmo tempo que precisa se dedicar ao que quer fazer.
Como ela nunca foi muito clara no que queria, quando a família vê ela se dedicando em algo diferente dos estudos, a reação não é de aceitação. Conversando e com certa resistência a família aceita colocando claramente as responsabilidades dela para ela. Se ela quer seguir o próprio caminho, ela precisa saber que isso requer esforço dela e ela não pode culpar outras pessoas por isso não dar certo.
Em outro ponto da história, apesar de não receber todo o foco, temos Seiji Amasawa, um garoto inteligente e dedicado que quer construir violinos. Ao inverso de Shizuku, ele sabe o que quer e está disposto a ir atrás do sonho. Isso torna as coisas mais fáceis? Não, a família dele também não aceita. E depois de conversar, também existe o aceite com certas condições e responsabilidades. Se ele deseja tanto seguir esse caminho, ele precisa trilhar com o próprio esforço e caso ele não consiga, foi por parte dele.
A história mostra dois cenários opostos, que convergem para a mesma questão. É necessário saber por si mesmo o que quer fazer e entender que isso traz responsabilidades, tanto para alcançar o que você quer quanto às outras coisas que precisam ser feitas que não estão relacionadas a isso. É preciso aprender a lidar com isso para trilhar seu próprio caminho. É o pedaço da vida adulta que começa a aparecer na adolescência para te levar aonde você quer, mas fará valer totalmente a pena.