Cardfight!! Vanguard: um guia pelos animes

Com o lançamento da 15ª temporada de Cardfight!! Vanguard em outubro de 2021, faz-se necessário um guia para essa franquia que teve seu início em 2011.

Cardifght!! Vanguard é uma marca multimídia da Bushiroad que engloba animes, mangás, jogos digitais, live action e um jogo de cartas (como Yu-Gi-Oh! ou Magic: The Gathering).

Eu comecei a ver Vanguard em 2012, eu achava que estava no episódio 12, mas era o 12 da segunda temporada, eu percebi isso depois de 65 episódios e ver que a sequência tinha 14 episódios disponíveis. Desde então, eu acompanho o anime. Exceto as três, ou quatro, vezes que eu dei uma pausa por não estar tão empolgado.

A 15ª temporada está saindo agora, mas na verdade, são 18 animes. Existem 3 spinoffs, os quais eu descobri jogando Anime Music Quiz: Mini Van com duas temporadas, é um anime com episódios curtos, de comédia, com arte chibi e os personagens são caricaturas de si; o outro spin-off é Bermuda Triangle: Colorful Pastrale, um anime centrado em um grupo de cartas específicos, o clã Bermuda Triangle, que consiste em sereias idols.

No card game, cada baralho pertence a um clã, como se fossem cores no Magic, mas ao invés de 5 cores, são 24 e eles não podem se misturar.

Série Original

A seguir um breve resumo sobre a premissa das 4 primeiras temporadas de Vanguard.

Nesse universo, as cartas de vanguard existem realmente em um planeta distante chamado Cray. O jogo de cartas é o que conecta esse planeta com a Terra

Cardfight!! Vangurd: conta a história de Sendou Aichi (dublado por Tsubasa Yonaga), um garoto que quando pequeno recebeu uma carta rara, a qual virou seu tesouro que lhe dá esperança. Essa carta é roubada por um colega de classe, que aposta num jogo contra Kai Toshiki (Takuya Satou) e perde. Aichi desafia Kai para ter sua carta de volta, e assim sua jornada para o mundo do card game começa.

Essa temporada tem uma estrutura bem dividida em pequenos arcos: a formação da equipe, o torneio regional, o torneio nacional… entre outros. Nesses arcos se espalham as tramas de introdução do vilão, descoberta do poder sobrenatural, a relação dos personagens com as equipes rivais que surgem. Fora a parte do poder, é bem semelhante a um anime de esporte.

CV: Asia Circuit: a segunda temporada se passa pouco tempo depois da primeira. O protagonista encontra um novato na loja de costuma ir, temos a luta de introdução de regras para quem for novo no anime. Entretanto, após o novato esbanjar a mecânica nova do jogo, a realidade se altera. Os clãs de cartas que são usados pelo protagonista, pelo Kai e pelo vilão da primeira temporada, Suzugamori Ren (Atsushi Abe) desaparecem da existência e ninguém se lembra que eles um dia existiram. Segue para um orneio por toda a Ásia, Aichi e seu time entram para descobrir a verdade.

Inicialmente, a mudança de clã do protagonista me incomodou no começo. Porém, ele passa a usar o que veio a ser o meu clã favorito. A temporada é um grande torneio em 5 etapas, o que deixa bem enjoativo de acompanhar semanalmente. Por sinal, foi uma das vezes em que parei de acompanhar. Revendo-a, anos depois, foi uma temporada legal.

CV: Link Joker: Aichi entra no ensino médio e faz um clube de cartinhas para jogar em campeonatos escolares… na primeira metade. A segunda parte dessa temporada envolve raça alienígena fazendo uma dominação global através de cartas, é maravilhoso. Além disso, as aberturas desse arco são as minhas favoritas e a utilização dos personagens na trama é bem feita, com poucas excessões.

CV: Legion Mate: assim como na segunda temporada os clãs foram apagados da existência e ninguém se lembrava deles, na quarta temporada, o Aichi é apagado da existência e a única pessoa que se lembra é seu amigo e rival Kai.

Conceitualmente ela é legal, mas a execução dela nem tanto. Até então essa é a menor temporada, mas parece ser também a mais enrolada.

Era G

Novo protagonista, novos personagens, novo estado de mundo, pessoas possuídas por cartas, deus da destruição.

Cardfight!! Vanguard G: um anime bem mais episódico centrado em Shindou Chrono (Mark Ishii) conhecendo o cardagame usando um clã que ninguém ouviu falar antes.

A estrutura episódica da primeira parte é bem leve, fazendo um bom anime para passar o tempo. A mecânica nova dessa temporada deixa as partidas mais emocionantes.

Há personagens antigos alguns anos mais velhos. É legal ver o rumo que eles tomaram na vida, mas são poucos e o foco de verdade está no elenco novo.

CV G: GIRS Crisis: fanservice. Muitos personagens antigos retornando. Um grande arco de torneio sendo uma fachada para o plano do vilão.

O destaque, para mim, se dá a Kiba Shion (Enoki Junya), na primeira temporada é o rival que vira amigo e colega de time do protagonista. Ele é de uma família rica e parte da trama é essa dicotomia entre os deveres familiares e o cargame que ele ama tanto. Em GIRS Crisis temos a quebra desse personagem, ele perde a empresa da família, perde no vanguard. Mas graças ao Kai Toshiki ele recupera a motivação para lutar para ter de volta o que é seu.

Ótima temporada, lutas maravilhosas, a volta dos personagens clássicos dá um toque muito bom, de pegar parte da atenção, mas os novos protagonistas não ficam para trás e impõem sua presença.

CV G: Stride Gate: protagonistas impedindo o plano do vilão de alterar a realidade.

É uma temporada um tanto quanto estranha. Ela parece ser séria demais, mas essa tentativa de seriedade não gerou consequências para as temporadas seguintes.

CV G: NEXT: assim como Link Joker, protagonistas vão para o ensino médio, dessa vez cada um para uma escola diferente. O torneio não envolve escolas, mas times de pessoas abaixo dos 20 anos.

Os campeões desse torneio são pessoas possuídas por habitantes do planeta Cray que tem como objetivo destruir o link entre a Terra e Cray.

O líder dessa equipe campeã é irmão de um dos novos protagonistas, Shouji Kazuma (Shougo Batori), que está no time de Chrono.

CV G: Z: um grupo de 6 habitantes do Planeta Cray, conhecidos como “Apostolos”, invadem a Terra, possuindo corpos de humanos, com o objetivo de reviver o Dragão Deus da Destruição, Gyze.

A temporada traz algumas coisas de toda a série que são legais de se ver, mas bem, fraca num geral.

Reboot

Em 2018 houve um reboot não apenas do anime, mas também do card game. Novas regras, novas cartas que funcionam diferentemente das antigas, para dar uma nova cara ao jogo.

Cardfight!! Vanguard (2018): o retorno da história de Aichi, mas seguindo o mangá. Não há mais a estrutura de torneios que existia no original. Por outro lado, há muitos conceitos parecidos.

A segunda metade dessa temporada é traz para o anime a ideia do filme de 2014 Cardfight!! Vanguard Movie: Neon Messiah. Em que a pessoa que fez o Kai começar a jogar vanguard, Ibuki Kouji (Mamoru Miyano), retorna como alguém que quer destruir o jogo de cartas. Essa premissa se encaixa como precursora para o que aconteceu em Link Joker, seres de outro planeta tentando dominar tanto a Terra quanto Cray.

É uma ótima temporada com um saldo positivo, todavia, eu sinto falta do foco em alguns personagens que eram muito importantes na série original.

CV High School Arc: é um epílogo do que aconteceu na temporada passada.

CV Shinemon: uma série que se passa no passado, em que o protagonista é o dono da loja de cartas que Aichi e seus amigos frequentam.

É uma temporada muito legal por se poder ver o passado de alguns personagens que nunca foi explorado. Entretanto, além das lutas, a temporada brilha com a preparação para os eventos da Era G, vemos como era o pai do Chrono e como e porque ele desapareceu, e não pela história do protagonista.

CV Extra Story -IF-: abandone o card game e aceite garotas mágicas.

É um anime com uma premissa legal, garotas mágicas consertando a linha do tempo que está bagunçada. Porém é péssimo, a primeira metade é inútil, porque as anomalias não foram causadas pelos vilões e sim por um dos aliados. Na segunda metade uma versão alternativa do Kai aparece e toma todo o protagonismo para si.

Alguns episódios são legais, mas não vale a pena.

Overdress

Um novo paradigma para o jogo de cartas, mas o invés de uma nova versão de cartas antigas, novas cartas como um todo.

Não são mais 24 clãs e sim 6 nações, o que ajuda a vender, pois não precisa esperar um ano para seu baralho ter um novo suporte.

Carfight!! Vanguard Overdress: novos protagonistas, nova trama, novo tudo.

Um detalhe legal dessa série é o design de personagens que é feito pela Clamp (Sakura Cardcaptors, Chobits).

Vanguard sempre teve uma trama média, não era de todo mal, mas em raros momentos podia se dizer que era bom. O interessante mesmo era o jogo de cartas e como isso reflete o crescimento dos personagens.

Em overdress o card game é um elemento importante para os personagens, mas o jogo em si quase nunca tem destaque. Não houve um episódio explicando as regras.

É um anime focado em seus personagens e no drama deles, mas não funciona muito bem. Dito isso, os últimos episódios dessa primeira temporada do Overdress tiveram mais do jogo e eu espero que a segunda tenha mais foco no jogo.

Conclusão

Se você quer entrar no mundo de vanguard, recomendo o anime de 2018 ou o Overdress, pois está saindo a segunda temporada. E caso se interesse nelas, voltar na série original.

Cardfight!! Vangurd Overdress está disponível na Crunchyroll.

As outras temporadas, por sua vez, você pode encontrar no canal oficial de vanguard no Youtube, dubladas em inglês ou japonês.