BanG Dream!: a era das bandas de garotas

Meninas de BanG Dream

BanG Dream! é uma franquia multimídia da Bushiroad sobre bandas femininas. A primeira parte do projeto a ser lançada foi o mangá “BanG Dream!: Star Beat” em 2015, mas logo se expandiu para CDs, shows ao vivo, uma série de anime e um jogo para celulares.

Takaaki Kidani¸ presidente da Bushiroad, idealizou a franquia após ver o sucesso do jogo Love Live! School Idol Festival, o que lhe deu uma nova perspectiva de como fazer um projeto musical, ideia que já era de seu interesse.

Surgimento da Franquia

Terakawa Aimi

Em 2014, Terakawa Aimi participou de seu primeiro show ao vivo na franquia de IDOLM@STER, sendo a primeira dubladora a performar com um instrumento na franquia, o que teve um impacto muito grande nos fãs. Membros da Bushiroad que estavam no show reportaram, ao Kidani, o impacto gerado pela Aimi. Por conta disso surgiu a ideia de um projeto centrado não em idols, mas em bandas de garotas capazes de cantar e tocar seus instrumentos.

A primeira banda de BanG Dream! se chama Poppin’Party. A primeira temporada do anime, lançada em 2017 pelos estúdios Xebec e Issen, tem foco em como as personagens se conhecem e formam a banda.

A partir da segunda temporada, o anime de BanG Dream foi feito pelo estúdio especializado em CGI Sanzigen. Essa temporada traz destaque não apenas a Poppin’Party, mas também para as outras bandas da franquia: Roselia, Afterglow, Hello Happy World, Pastel Palets e o surgimento de Raise Suilen (RAS).

Na vida real, a RAS foi introduzida ao público como “THE THIRD”, pois seria a terceira banda a ter integrantes que de fato tocavam seus instrumentos, até então, apenas Poppin’Party e Roselia faziam isso. Ademais, as outras bandas performavam apenas vocalmente, o instrumental era feito por uma banda de suporte que veio a ser a RAS.

Uma sexta banda foi lançada em 2020, Morfonica, sendo a quarta banda de performance vocal e instrumental.

O anime

Poppin'Party

Eu fui atrás de ver o anime por indicação de um amigo que é muito fã, parte do aviso dele é que fica bom de verdade na segunda temporada porque foca também nas outras bandas além da Poppin’Party.

Eu demorei por volta de 2 meses para terminar os três primeiros episódios, eu achava a protagonista insuportável. Entretanto, a partir do episódio 4 eu comecei a não detestar ela.

A transição da animação 2D para CGI a partir da segunda temporada não apenas deixa o anime mais belo, como também torna as performances mais fluidas. Por outro lado, é curioso ver que algumas personagens ainda são desenhadas em 2D por não serem tão importantes para a história.

O aprofundamento em outras bandas e em suas problemáticas é um ponto que o anime soube desenvolver muito bem. Exceto por um dos grupos.

Eu não sou fã de Hello Happy World. O mundo de BanG Dream! é teoricamente normal, não há nada sobrenatural, exceto o que envolve essa banda, há cenas da líder, a Kokoron (Itou Miku), pulando do terceiro andar da escola, cai no chão dando estrelinha até chegar nas pessoas com quem ela quer falar.

Eu adoraria ver um anime apenas de Hello Happy World, mas essa banda estar inserida em um anime que seria tecnicamente normal, só me distanciou de qualquer problemática de outro grupo. Me dispersou de dramas que são interessantes.

Por fim, o que eu gostaria de dizer é que BanG Dream! é um anime muito divertido com músicas muito boas. Você consegue encontrar alguns concertos das dubladoras no youtube e é uma experiência incrível.

As duas primeiras temporadas estão disponíveis na Crunchyroll