KARMA CITY POLICE; “Alô, polícia?”

INTRODUÇÃO

Antes de começar, eu gostaria de avisar que versão de Karma City Police que foi utilizada para essa matéria,  é um ACESSO ANTECIPADO, ou seja, uma DEMO, por isso, qualquer comentário, seja ele positivo ou negativo, está SUJEITO A MUDANÇAS, ok? Ok. Karma City Police é um jogo desenvolvido pela Meca Games, uma empresa Indie que, por mais que seja pouquíssimo conhecida e que está  tendo seu primeiro lançamento agora, apresentando um produto que, por mais que a primeira vista pareça simples e básico, o Karma City Police demonstra ser promissor, mas, do que se trata esse jogo?

NARRATIVA

Karma City Police conta a narrativa do “Newbie”, o novato protagonista da delegacia de Karma City, e o seu trabalho aqui é o de telefonista, mas não um telefonista qualquer, mas sim o telefonista responsável pela rádio patrulha da delegacia, ou seja, seu trabalho é atender as discagens de 911 (O equivalente ao 190 no Brasil) e resolver as diversas denúncias e pedidos de socorro que a delegacia recebe.

Além de atender chamadas, você irá passar tempo na delegacia em si, onde há diversos personagens, como o seu colega de trabalho, que te ajuda nas primeiras ligações, o seu chefe, que é carrancudo e sério, e alguns outros personagens menores, como a atendente que te indica onde é a sala de treino, e um moço que não vai muito com a cara do nosso personagem. 

A jogabilidade do jogo aqui é dividida em 3 partes, primeiramente, você começa explorando a sua sala de chamadas na delegacia, numa visão bem similar aos RPGs mais clássicos, principalmente aos da era Super Nintendo, Mega Drive e até mesmo do GBA, sendo que nesse modo você pode interagir com os personagens e o cenário, sendo que todos os objetos que são intangíveis podem ser identificados pelo botão E do teclado.

Ao começar o seu trabalho, você entrará em outra perspectiva, na qual você opera o computador das chamadas, e é aí que o jogo verdadeiramente começa.

Nesse modo, você passa a atender as chamadas e pedidos de socorro que são encaminhados para a delegacia, e nesse modo, a atenção, e principalmente a assertividade são fundamentais. Ao atender o pedido de socorro, você passa a ter informações gerais da idade da pessoa, do gênero dela, e da sua tensão no momento.

Ter isso é importante, mas também é essencial prestar atenção na conversa, pois qualquer indício de tensão, dúvida, ou até mesmo tranquilidade dão mais indícios de como você deve agir, porque vai ser necessário agir rápido, qualquer minuto vai contar para quem está do outro lado da linha, e dependendo da situação em que essa pessoa se encontra, você não vai conseguir salvá-la.

Ao entender bem a situação, você vai ter que mandar uma ou mais unidades da polícia para socorrer a pessoa que precisa de ajuda. Você pode mandar um policial, um policial armado e preparado para o combate, ou até mesmo uma viatura, porém administrar quem você manda para socorrer é essencial, porque, se você mandar muitos policiais para resolver muitos casos, você pode acabar sem unidades e com a delegacia vazia, ou seja, você não conseguirá chamar ninguém para a situação onde está acontecendo a urgência, e isso se torna também um desafio ao atender trotes, mandando uma unidade para uma situação inexistente, que irá atrapalhar ainda mais as suas operações.

Por fim, o último modo presente no jogo é o qual você enfrenta brigas, seja para treinar sua defesa pessoal, ou porque alguém quer mesmo brigar com você. Nessas situações, você entra em um modo de Pinball (Sim, aquele jogo da bolinha, canaletas e etc), sendo que ao invés de acertar vários obstáculos para acumular pontos, você deve acertar o alvo que equivale ao seu oponente, e ao acertá lo bastante, você vai ganhar a luta.

TRILHA SONORA 

A trilha sonora do jogo segue uma linha bem retrô, mas ainda assim eu as considero boas composições. A trilha sonora consegue passar bem um clima mais sério, que é o principal  na delegacia, que é um lugar onde não há brincadeiras, como se deve imaginar.

VISUAL

O visual do jogo é no estilo Pixel Art, e assim como a sua trilha sonora, é bem voltada ao estilo retrô. Os personagens tem um visual que eu considerei bem carismático e bonito, e ao entrar no modo de luta em Pinball, a bola é o nosso personagem, só que em formato de bola, e essa bola é sim bem animada.

Além do visual da delegacia, às vezes as conversas vão aparecer com o retrato em Pixel art do nosso personagem e com quem ele está falando, sendo possível ver mais alguns detalhes deles que não são tão fáceis de perceber na visão em que estamos mais distantes.

QUALIDADES VS DEFEITOS

Não vou mentir, eu me sinto um pouco apreensivo em apontar defeitos de uma versão demo, então quero deixar bem claro mais uma vez que o jogo está SUJEITO A MUDANÇAS, bom, dito isso, vamos lá.

Um problema que acabou infelizmente me incomodando muito do inicio ao fim da demo é a exploração que eu tive que fazer da delegacia, não devido ao fato dela ser enorme ou labiríntica, mas ao fato de que, como eu não conheço ela, ficava bem difícil achar o local do próximo objetivo, não existe um mapa ou uma seta, mas somente uma informação de onde você tem que ir, e onde fica esse objetivo foi um pequeno desafio que acabei enfrentando sem gostar muito.

Sobre o visual do jogo, eu não vou negar, eu acho sim ele bonito, mas eu achei um pouco estranho que aparentava que o visual dos personagens na delegacia, para as suas versões em retrato diferiam um pouco, para mim por exemplo, o cabelo e a roupa do personagem principal na delegacia não pareciam com a mesma do retrato, o que acabou me causando uma leve estranheza.

Sobre a trilha sonora, eu também não achei defeitos nela,o único problema em si é a pouca variedade das músicas, por mais que sim, a demo seja curta, é um detalhe a levar em conta, porque dá um sentimento enjoativo para trilha, algo que não deveria acontecer.

A escolha do modo de luta ser em um estilo Pinball é única e interessante, mas eu acho inevitável que não irá agradar todo mundo, devido ao fato de ser bem incomum, principalmente porque é difícil para alguém que está conhecendo o jogo pela primeira vez fazer a associação “Luta = Pinball.

Por fim, eu achei a demo muito curta, eu entendo que sim, ela é uma demo, mas é possível concluir ela em menos de 1 hora, e só é possível experimentar bem pouco dos seus modos mais divertidos, que são o de Pinball e principalmente o de atender as chamadas

OUTROS DESTAQUES

São uns destaques bem simples, mas que eu acredito que dão um charme a mais, mesmo que sejam pequenas referências.

Para começar, ao iniciar o jogo, a apresentação da logo da Meca Games faz uma pequena homenagem a apresentação da Sega em seus jogos da era do Mega Drive (Aquele famoso “Seeegaaaa”)

No computador que é operado pelo nosso personagem para atender as chamadas, é possível ver que há o ícone do jogo Doom em sua versão para os computadores da época.

Por mais que sejam pequenas referências, eu gostaria de destacar elas aqui pois, dá a entender que sim, os desenvolvedores são bem fãs dos jogos clássicos e que marcaram muitos, e isso é sempre um detalhe legal. 

CONCLUSÃO

Karma City Police cumpriu para mim o seu papel principal, que foi o de me manter interessado para conhecer a versão final e completa do jogo quando ela lançar, posso garantir aqui que sim, eu quero saber mais sobre, principalmente pela sua proposta única e bem feita de atender aos pedidos de ajuda.

Se você gosta de jogos com propostas mais diferentes, que podem te dar experiências únicas, se você gosta da temática policial do jogo, ou até mesmo se você gostar do seu estilo retrô e de Pixel Art, eu recomendo você dar uma checada, mas se você não tiver muito interesse, ou mesmo querer esperar a versão final para finalmente decidir se vale a pena conferir, é algo totalmente compreensível.

O jogo está atualmente disponível em Acesso Antecipado somente pela Steam, para PC.

Notas:
Gráficos: 3,5/5
Jogabilidade: 3/5
Diversão: 3/5
Som: 3/5
Narrativa: 3/5
Geral: 3,1/5