A maior parte das pessoas gosta de se sentir valorizado e quer uma opinião positiva sobre si. Muitas vezes temos expectativas altas sobre nós mesmos e sobre o que podemos fazer e quando enxergamos alguém que faz o que tanto sonhamos melhor que a gente, não conseguimos aceitar de boa. Alguns até conseguem, para outros vira uma dor.
Os elogios não são sobre você, a qualidade do que você está fazendo é comparativamente inferior ao colega do lado, seu ego fica machucado. É difícil reconhecer a habilidade de outros que parecem… “roubar” nossa posição, porque eles tem algo que os colocam ou os aproximam mais do lugar que queremos estar.
Se você conseguir controlar esse ego que te dá confiança com base na opinião dos outros, você consegue ver as diferenças entre você e o outro e entender o que faz você se sentir ameaçado. Em Daiya no Ace isso é notável na postura do protagonista, Sawamura, que deseja a posição de arremessador.
Ele veio de um lugar em que era considerado o melhor e busca chegar num grande time na mesma posição com reconhecimento. Com o ego em busca de elogios, ele é relaxado com os treinos. Entretanto ele encontra um rival, Furuya, que está com a técnica mais treinada e aparentemente mais psicologicamente preparado para estar no jogo.
Não quer dizer que ele é melhor, mas é por esse “perigo” que aparece a insegurança do Sawamura, que demora para aceitar as correções, demora para começar a treinar e levar a sério. Não é de palavras e opiniões que se mostra jogo, mas com ações que se vive o jogo. Enxergar o que precisa ser feito e reconhecer que a ameaça / “ o roubo” que ele estava sentindo, na verdade, era o que ele não estava fazendo (que o outro estava) para conquistar a posição de destaque que ele quer.
Não é só falar que quer e esperar que os outros te valorizem, é se tornar tão importante quanto se sonha ser (treinando, treinando, treinando), e quando você entender que isso não tem nada a ver com querer ser valorizado, você vê que o outro também é importante, como você.