The King of Fighters: Destiny — Review

The King of Fighters

The King of Fighters: Destiny é uma animação em CGI com 24 episódios que variam entre 11 e 19 minutos de duração, produzido pela empresa chinesa Shangai Motion Magic Digital Entertainment no estúdio iDragons Creative Studio e dirigido por Leon Ha. É baseado na franquia de jogos The King of Fighters (KOF).

The King of Fighters Destiny
© SNK / iDragons Creative Studio

O jogo The King of Fighters foi criado pela SNK com o intuito de juntar as duas maiores franquias da empresa na época, Fatal Fury e The Art of Fighting e para atrair um público maior personagens de duas franquias mais antigas como Ikari Warriors e Psycho Soldier também foram adicionados. Entretanto devido à grande gama de personagens contidos na trama, foram acrescentados um trio que representasse seus jogos de esportes lançados anteriormente e o time de heróis que seriam os protagonistas dessa série. Devido ao sucesso de KOF a série virou a marca da companhia, a SNK passou a realizar lançamentos anuais do jogo, sendo o primeiro deles The King of Fighters’94 lançado em 1994.

The King of Fighters
© SNK

The King of Fighters: Destiny adapta os acontecimentos narrados no primeiro jogo da franquia lançado em 94. Um campeonato chamado The King of Fighters será televisionado a nível mundial oferecendo uma grande prêmio em dinheiro ao vencedor. Os competidores recebem convites para participar formando equipes de três para lutarem contra outras equipes. A trama toma início mostrando Kyo Kusanagi do Clã Kusanagi que chama seus amigos o judoca Goro Daimon e Benimaru Nikaido que luta com poderes de eletricidade para integrar seu time. Ao longo do desenvolvimento da narrativa mais times e personagens são revelados, dando uma amostra de seus poderes e de suas histórias, tendo como destaque personagens do time de Fatal Fury.

Originalmente KOF’ 94 segue a história apenas do Time de heróis composto personagens já citados anteriormente, mas com o seguimento da trama os acontecimentos narrados apenas no jogo de Fatal Fury se integram harmoniosamente a narrativa, enriquecendo o enredo e os próprios personagens. Vi essa mudança de forma positiva. Devido ao grande número de personagens presentes em um anime tão curto, não ter se focado em Kyo Kusanagi o tempo todo foi algo bom. Além de Terry Bogard do time de Fatal Fury, os outros personagens das outras franquias da SNK também tiveram seu destaque, infelizmente apenas a história de Art of Fighting acabou se perdendo. Isso não afeta o enredo, mas exige que algumas pessoas tenham que pesquisar sobre os acontecimentos desse jogo em questão.

Apesar das mudanças integradas, todos os acontecimentos do KOF’94 estão presentes na animação do Destiny. Acrescento que o final da animação foi verissímil ao do jogo e com um bônus pode-se dizer. Talvez o único ponto negativo tenha sido o abobalhamento de alguns personagens. Certas cenas tomaram um rumo que ficou um tanto quanto infantil. As pessoas mais saudosistas e que assistiram as animações antigas de Fatal Fury e Art of Fighting provavelmente vão estranhar, mas novamente, nada que comprometa o rumo da animação.

The King of Fighters Destiny
© SNK / iDragons Creative Studio

Outro ponto a ser analisado em Destiny é a animação. O design dos personagens está idêntico ao dos games, mas a animação em CGI não é exatamente a das melhores. A expressão fácil de alguns personagens é meio dura em certos momentos, mas a lutas acabam sendo justamente o contrário, fluídas até, em um nível bem mediano, mas não é ruim.

Outra coisa que me desagradou ao longo da animação foram os episódios de flashback. O problema não foi seu conteúdo, mas a forma que foi feito: ao estilo storyboard com apenas as vozes dos personagens acompanhando de fundo! Muitas vezes contando acontecimentos pouco pertinentes no momento em que ocorrem.

A trilha sonora é outra coisa que não se pode reclamar. As músicas de abertura e encerramento são ótimas, além de contar com a música tema do personagem Kyo Kusanagi. Entretanto elas tomam muito tempo de duração. Os episódios possuem tempos de duração muito variáveis, e a cada episódio temos uma introdução que é a mesma para todos os episódios, a abertura e o encerramento. Para um anime já bem curto, a trilha sonora “grande” acaba tomando muito espaço. Um compilado dos 24 episódios da série tocando a introdução, abertura e encerramento apenas uma vez cada conta com aproximadamente duas horas de duração. O que ao meu ver é bem pouco.

The King of Fighters: Destiny pode não ser a melhor das animações e sua trama hoje em dia pode ser considerada bem clichê para os mais críticos. Mas ela entrega o que promete, além de ser uma salvação para os fãs da série que tiveram a infelicidade de assistir a adaptação em Live-action, que é tão ruim, mas tão ruim que virou praticamente um tabu falar a respeito dele. Ademais a animação não é chata e muito menos cansativa, revela o necessário, mas isso não é algo ruim, quando tudo acaba o espectador acaba ficando com aquele gostinho de “quero mais”; com vontade de conhecer os outros inúmeros personagens da série e se haverá outra competição do The King of Fighters. Minha nota final: 3,5 / 5

The King of Fighters: Destiny está disponível para assistir gratuitamente pela Steam com áudio em japonês e legendas em inglês. E pode ser facilmente encontrado no Youtube com legendas em português feita por fãs.

The King of Fighters: Destiny já tem anunciada mais duas temporadas que irão adaptar a saga Orochi da franquia e um longa-metragem sem data prevista para serem lançados.