Locke & Key a princípio parece um cruzamento entre As Cronicas de Narnia, Riverdale e A maldição da Residência Hill. E isso não é necessariamente uma coisa ruim, já que você obtém o melhor de cada em uma fantasia envolvente.
Na coluna de hoje, estarei escrevendo sobre a mais nova série da Netflix: Locke & Key.
Sinopse: Quando o patriarca da família Locke é assassinado, Nina (Darby Stanchfield) e seus três filhos, Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emilia Jones) e Bode (Jackson Robert Scott), decidem recomeçar a vida em uma mansão na Nova Inglaterra. No entanto, o que era para ser o início de uma fase mais tranquila logo se revela um lugar repleto de segredos e magia.
Locke & Key é a adaptação da Netflix dos quadrinhos de Joe Hill e Gabriel Rodríguez de mesmo nome, apesar de não ser tão rica quanto o seu material de origem, a série consegue desenvolver bem a fantasia proveniente da Hq.
Um acontecimento terrível leva a família Locke a ir morar na Key House, mas o que eles não esperavam era a mágica e os perigos que a nova moradia trariam.
A Key House é tida como o prédio mais assombrado da cidade de Matheson, uma estrutura saída diretamente dos livros de histórias. Enquanto Tyler, Kinsey e Nina lutam com a dor avassaladora causada pela morte do patriarca da família Rendell, Bode o filho mais novo vai explorar a casa, e o que ele encontra é uma voz sussurrando para ele do fundo de um poço fechado.
Ela sabe o nome dele, conhece a história dele e pode ajudá-lo a falar com o pai uma última vez, se ele fizer algumas coisinhas. No topo da lista: a descoberta de chaves. A propriedade da família Locke está cheia de chaves mágicas, que sussurram nos esconderijos esperando serem encontradas. A princípio, apenas Bode as ouve e ninguém mais na família acredita. Mas à medida que a contagem de chaves cresce seus irmãos passam a acreditar que as chaves mágicas são reais.
Essa adaptação da Netflix se apóia um pouco mais na fantasia e magia, do que nos elementos sombrios e de terror do material original, o que mantém o público livre de medos indesejados.
Ao longo de 10 episódios, “Locke & Key” pula de gênero em gênero, às vezes um pouco mais do que o esperado.
Às vezes “Locke & Key” é um mistério de um assassinato. Outras vezes, é um drama sobre uma família traumatizada. Existem elementos de séries de terror e sobrenatural, mas também de fantasia e magia.
Os roteiristas fazem um trabalho admirável de misturar e conectar as múltiplas histórias da trama, mas nem todas são envolventes o suficiente ou empolgantes.
Os atores mais jovens apresentam performances empáticas e animadas. Emilia Jones (Piratas do Caribe) faz uma interpretação notável como Kinsey, que cresce de adolescente mal-humorada, assustada e fechada para alguém que encontra forças para literalmente matar seus medos. Jackson Robert (It – A Coisa) que interpreta Bode apesar de ser o mais jovem, é a atuação mais incisiva e carismática do trio de irmãos.
Outro porém os atores mais velhos do elenco não convencem, desde a mãe da família traumatizada que parece sempre ter a mesma reação a todas as situações, há vilã da história que não passa todo o terror e sensação de perigo necessário em momentos chaves da trama.
Se Locke & Key tivesse sido lançado alguns anos atrás, com certeza seus elementos seriam vistos como originais e fantásticos, mas em meio a tantas obras e tantos gêneros sendo lançados todos os anos a história acaba no final parecendo a junção de outras obras de sucesso do gigante do streaming.
Nota Final: 3 / 5
A 1ª temporada de Locke & Key está disponível na Netflix.