Nova série da Netflix Ragnarok, tenta mostrar a mitologia nórdica num mundo pós-moderno, em que Deuses são reais e vivem entre a humanidade.
Na crítica de hoje estarei escrevendo sobre Ragnarok e pode ler sem medo pois o texto é sem spoilers.
Sinopse: Quando a pequena cidade de Edda, na Noruega, passa a sofrer com invernos muito quentes e tempestades violentas, um grupo de amigos do ensino médio começa a achar que o Ragnarok, sequência de eventos que levariam ao apocalipse de acordo com a mitologia nórdica, está mais próximo do que eles imaginam.
A série se passa na cidade fictícia da noruega chamada Edda, a poluição vinda de uma fábrica está abalando as estruturas da cidade e suas geleiras derretendo estão por deixar alguns moradores em sinal de alerta.
A produção e roteiro ficou a cargo do Dinamarquês Adam Price, que apesar de não ser conhecido, já participou de algumas obras escandinavas.
O protagonista Magne é interpretado por David Stakston, um novato no mundo artístico que já conseguiu seu primeiro grande papel. Magne é um jovem com problemas psiquiátricos, ao se mudar com sua família para Edda, sua vida mudará completamente.
Ao chegar na cidade uma mulher estranha passa a mão no rosto de Magne, despertando algo adormecido dentro dele, seus poderes. Magne se sente estranho ao perceber que não precisa mais usar óculos, pois está enxergando normalmente, e durante a temporada inteira se pendura esse ar de mudanças.
O irmão mais novo de Magne se chama Laurits, sarcástico o jovem tenta se misturar com os jovens mais populares da cidade. Sua mãe volta para a cidade que nascera após conseguir um emprego nas indústrias Jutul, que praticamente controla essa pequena cidade.
Alternando entre um drama sombrio e momentos cômicos, a série não acha seu tom. Isso fica evidente no segundo episódio onde na pequena escola da cidade acontece uma série de fatos.
Após um crime ser cometido na cidade, Magne fica convencido de que a poderosa família Jutul está por trás disso. Então, entre navegar pelos desafios de uma nova cidade e escola, além de explorar suas inesperadas novas habilidades, o nosso protagonista loiro tenta desvendar o mistério por trás desse crime que acontece no final do primeiro episódio.
A família Jutul é composta por um par de pais controladores e gelados, seus filhos legais demais para a escola que também é controlada por essa família.
Enquanto o pai controla a indústria da família, fonte da maioria dos empregos da cidade, a mãe é diretora do colégio manipulando os pensamentos e desenvolvimentos dos jovens de Edda.
Embora explicado que Edda foi a última cidade da Noruega a se tornar cristã e desistir da fé dos Deuses antigos, logo é visto que nem todos abandonaram a antiga religião.
A sensação que tive após assistir Ragnarok, é que um filme de 2 horas foi expandido ao máximo para se tornar uma série de 6 horas. Pois, após os acontecimentos do primeiro episódio e série se tornar sem fatos relevantes, muito enrolação e diálogo, e pouca ação e fatos relevantes.
Se você assistir só o primeiro episódio e pular direto para o último, sinceramente não perderá muita coisa no caminho.
Envolta de clichês Ragnarok tenta emular obras de sucesso do mercado audiovisual, Vikings, Deuses Americanos, Percy Jackson, mas infelizmente sem encontrar seu tom e identidade própria, a nova série da Netflix se torna fraca e esquecível.
Nota Final: 2.0 / 5
A 1ª temporada de Ragnarok tem 6 episódios e está disponível na Netflix.