• Fullmetal Alchemist é a história de dois garotos querendo voltar ao que eram depois de ter feito uma coisa muito errada. Quem nunca, não é? Várias vezes a gente pensa nisso. Mas como pessoas determinadas, eles definem que é isso que eles querem e é isso que eles vão fazer. Simples assim? Claro que não!

Vamos começar do começo na linha temporal. Eles estudaram para caramba por um objetivo: ver de novo o sorriso da mãe. As pessoas, os livros avisaram que isso não deveria ser feito, mas quem ouve conselho que fala para NÃO fazer aquilo que se quer MUITO fazer?

Existe um ponto aqui: “se você não acreditar que você pode, quem mais vai?”. Quer dizer que tudo vai dar certo sempre? Não. Quer dizer que os outros estavam certos? Não sabemos. Se nunca tentar, nunca vai saber. Assim veio o primeiro erro: transmutar a própria mãe. Resultado: falha na transmutação.

Em seguida, Al é levado pela transmutação e perde o corpo. O Ed só consegue recuperar sua alma em troca de seu braço e sua perna. O irmão mais novo fica com a alma presa numa armadura vazia e o irmão mais velho precisa amputar perna e braço.

 

O fracasso não faz eles pararem

Falha um: erro na transmutação. Falha dois: perdemos nossos corpos (ou partes dele).

Isso faz com que eles parem? Só se for para se recuperar, porque eles já estão pensando em como recuperar seus corpos. (Objetivo central do anime). Não é porque falhou em algo que não deveria fazer, com resultados realmente ruins que se desiste. Se eles perderam, foi porque eles tentaram algo de verdade e descobriram se valia a pena ou não. (Até entender porque se chama algo de tabu).

O que aconteceu com eles foi uma mudança de objetivo rápida. Eles entenderam de maneira traumática que não conseguiriam o que queriam e, com essa perda, eles ganharam um novo objetivo para seguir em frente. Foi no ato de ter dado errado que eles acharam como continuar.

A história dos passos deles em direção ao objetivo central mostra quando eles perdem cada vez que pensam que estão perto de descobrir como alcançar este objetivo. Alguns pragmáticos diriam, são sinais dizendo que não é para fazer / acontecer / dar certo. São derrotas dolorosas e lágrimas verdadeiras.

Quando eles descobrem que o que pode salvá-los, a pedra filosofal, é feita de humanos é a derrota final. A maior derrota não é contra alguém, mas contra a realidade. Compreenda que para que eles conseguissem o que desejam, eles precisavam ir contra todos os seus princípios!

Fim da linha, parceiro!

Mesmo assim eles decidiram antes e decidem de novo que vão encontrar um outro jeito, sem precisar perder mais nenhuma outra vida.

Alguém ouvir falar sobre isso? Não. Alguém pensou que eles são malucos? Sim. Eles resolveram? Sim!

Vitória!

Vencer sobre cada dificuldade. Foi de derrota em derrota que eles tiveram seus corpos de volta. Cada fracasso fez eles se tornarem ainda mais fortes. Não deixou de ser frustrante ou desesperador diversas vezes, mas fez parte de toda a história.

O Capitão Haddock, do Tintin, explica muito bem isso:

“O que não falta é gente para chamar você de fracassado, de tolo, perdedor, de bêbado inveterado, mas NUNCA diga isso de você mesmo! Você está sinalizando errado, é disso que as pessoas se aproveitam! Você entende? Se você liga para alguma coisa, lute por ela! Se bater numa parede, atravesse ela! Tem uma coisa que você precisa saber sobre fracasso, Tintin… nunca pode deixar ele te derrotar.“

Capitão Haddock