The Claypool Lennon Delirium: Um delírio para os fãs da era psicodélica dos Beatles

The Claypool Lennon Delirium

The Claypool Lennon Delirium é uma banda de rock psicodélico formada em 2015, pelo cantor Sean Lennon – filho de John Lennon e Yoko Ono – e pelo baixista Les Claypool. A banda ainda conta com um brasileiro, João Nogueira, como tecladista e o norte americano Paulo Baldi na bateria.

Em 2016 a banda estreou com o álbum “The Monolith of Phobos”, recebendo excelentes avaliações da crítica especializada e ganhando notoriedade entre muitos fãs de música indie. O álbum tem onze faixas, das quais se destacam “The Monolith of Phobos” – que leva o nome do álbum -, “Cricket and the Genie I & II,” “Mr. Wright,” “Boomerang Baby,” “Breath of a Salesman” e “Oxycontin Girl.”

ANÁLISE DAS FAIXAS 

The Monolith of Phobos poderia muito bem ser a trilha sonora de um filme de terror sci-fi que acontece no espaço. O som agudo do teclado em contraste com um solo de guitarra pesado faz parecer que algo muito grandioso está prestes a acontecer.

Cricket and the Genie I começa agitada como uma balada e a semelhança da voz de Sean com a do pai, John Lennon, nessa faixa é tanta, que chega a ser assustadora. O final da música é perfeitamente conectado com o início da próxima: “Cricket and the Genie II.” Essa tendência de músicas conectadas/divididas foi usada pelos Beatles em Abbey Road, mas, especialmente na carreira de Paul McCartney fora da banda.

Mr. Wright tem um pouco de inspiração no funk norte americano e fala sobre um homem velho e luxurioso com estranhas tendências ao voyeurismo.

Boomerang Baby é outra faixa em que os vocais de Sean se destacam pela incrível semelhança com Lennon. Um ouvinte desavisado poderia facilmente pensar que essa música se trata de uma faixa nunca lançada da era psicodélica dos Beatles.

Breath of a Salesman, nos seus primeiros segundos, parece que a qualquer momento George Harrison vai começar a cantar “For You Blue.”

Oxycontin Girl, assim como Cricket and the Genie I, é uma das faixas mais agitadas do álbum, e segue a estrutura de um conto, onde uma artista tem a sua vida arruinada pelo vício em drogas.

Menção honrosa: There’s no Underwear in Space, a faixa que encerra o álbum, é toda instrumental, como uma espécie de despedida, também muito semelhante a outro solo de guitarra dos Beatles: I Want You (She’s So Heavy), do Abbey Road e The Claypool Lennon Delirium consegue fazer isso de forma primoroza. 

Infelizmente, nem todas as pessoas são acostumadas a ouvir álbuns inteiros, por isso, essas músicas são como aperitivos para curiosos e apressados que estão em busca de uma sonoridade fresca e fora dos padrões do mainstream. Vale a pena conferir!