Uma ruptura interdimensional bagunça a realidade e uma inesperada heroína precisa usar seus novos poderes para lutar contra os perigos bizarros do multiverso.
Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é um filme da A24 e será lançado em 23 de junho de 2022 no Brasil. Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheiner e estrelado por Michelle Yeoh.
TUDO
Desde o primeiro trailer, eu já havia ficado empolgado para esse filme. Tanto pela protagonista, Michelle Yeoh, que é maravilhosa quanto pela premissa do filme: a exploração de universos paralelos. E aqui a história entrega literalmente de tudo e é exatamente como a sinopse e trailers se propõem. Evelyn transita entre os mais “normais” e mais bizarros universos, e a criatividade dos diretores não se contém em nenhum momento.
Evelyn é uma pessoa extremamente comum. Ela possui uma lavanderia, que ela administra com seu marido. Ela vive uma vida normal, e ao ir resolver questões de imposto de renda, acaba entrando em uma absoluta loucura. Uma versão alternativa de seu marido entra em contado com ela para que ela o ajude a deter sua filha, que acabou virando uma entidade maligna que transita entre os multiversos.
- ©A24
EM TODO LUGAR
Passamos a acompanhar Evelyn enquanto ela explora diversas versões dela mesma. É interessante, porque, por Evelyn ser uma pessoa comum, as possibilidades de outras vidas para ela se tornam ainda mais empolgantes e é algo chocante até para ela. É uma situação que nos faz refletir sobre todas as possibilidades em nossas vidas. E se tivéssemos escolhido outro emprego? E se tivéssemos viaja para tal país? E se tivéssemos ficado com essa ou aquela pessoa? As possibilidades são infinitas e instigantes.
Mas, apesar de o filme mostrar toda essa loucura, em seu centro, Tudo em todo lugar ao mesmo tempo é uma história familiar, sobre cura e aceitação. É sobre a importância das pessoas que nos cercam, independente do destino que elas tiveram em nossas vidas. Evelyn, além de se sentir frustrada com sua vida, também passa por uma situação familiar delicada, quando sua filha quer apresentar a namorada para o avô. A protagonista acaba percebendo, ao ver inúmeras possibilidades de si mesmo, que o que realmente importa é as pessoas que ela tem ao seu lado em seu próprio universo. Evelyn, abrindo sua mente para diferentes possibilidades, acaba aceitando sua filha e dando valor a bondade de seu marido e suas vidas juntos.
- ©A24
AO MESMO TEMPO
Apesar de eu ter gostado muito dessa exploração de multiversos, das cenas de ação e interpretações, eu acredito que a comédia do filme não me agradou. Mas acredito que isso seja mais um gosto pessoal mesmo. A comédia do filme parece bastante “pastelão” e algumas situações foram bem vergonha alheia. Ainda assim, Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, é um filme como nenhum outro que eu tenha assistido.
Toda a ideia do filme é ótima e a execução foi muito boa também. Outra coisa que gostei muito foi a edição, que é impecável, fazendo com que todo o enredo seja eficaz. Isso aliado a cenas de ação muito bem coreografadas, e o fato da atriz Michelle Yeoh já ter experiência com cenas do tipo só ajudam. A trilha sonora e edição de som é outro ponto forte, pois promove a mistura de universos junto com a imagem.
Esse é um filme que vale muito a pena ver nas telonas, para uma experiência ainda mais única, quanto estrear nos cinemas por aqui.