Death Into Trouble: sabotaram a Dona Morte!

Na semana passada falei sobre a desenvolvedora brasileira Hanoi Studios e como a empresa em seu próprio significado é focada em desafios lógicos e quebra cabeça. Essa semana joguei mais um lançamento, desenvolvido pela 8 Million Bit e distribuído pela brasileira: The Death Into Trouble. Logicamente, um puzzle. Traduzindo o nome dá pra ter uma ideia do que esperar desse game casual. Vamos lá?

Death into trouble: sabotaram a Dona Morte!

Primeiramente, devo dizer que amo pixel art em todas as suas formas. Logo, The Death Into Trouble me cativou de cara – simplesmente impossível um jogo em pixel art ser ruim. Além disso, a trilha sonora tem um ar anos 90, um resgate de arcade animado que ambienta os mundos e o leve humor do jogo.

Nesse sentido cômico, Death into Trouble  é “Morte em apuros”. Exatamente a história do game. O player encarna a Dona Morte em sua tentativa de consertar um desastroso dia de trabalho: ela enviou diversas almas para destinos errados, embaralhados entre o Céu, Purgatório e Inferno. Claro, a morte está nesse ofício há muito tempo. Um erro desses não é algo comum e não aconteceu por descuido. Um mal intencionado demônio trocou suas listas, sabe-se lá por que (quem é capaz de dizer as intenções de um demônio?).

Portanto, nossa aventura consiste em passar por três mundos, coletando almas e devolvendo-as a seus respectivos locais: Céu, Purgatório e Inferno. Cada um com seus ambientes, desafios e habitantes. Mas não se deixe enganar – esse é um jogo de plataforma bem difícil.

Morte em ação

Afinal de contas, algumas almas não ficam felizes em saber que seu destino final é pior do que onde estão. Sendo assim, no Céu todas as almas fogem de você. No Purgatório é preciso ter cuidado, não é possível saber o destino da alma até encontrá-la. A única alternativa é o item óculos vermelho, que marca em azul quem vai para o paraíso e em vermelho os do inferno. É preciso explorar esconderijos, ser cuidadoso (a tecla Z é como um sneak) ou perseguir os fujões. Já no Inferno não é preciso se preocupar – assim, qualquer lugar é melhor do que ali.

Cada mundo tem 5 níveis onde precisamos enfrentar obstáculos e puzzles para resgatar as almas de cada um. Inicialmente temos 9 tentativas em cada etapa, mas colecionar doces espalhados pelo mapa garantem chances extras. Há doces azuis, amarelos e verdes; juntar 10 de uma cor concede uma nova chance. Além disso, um ponto importante é o uso de itens espalhados pelo mapa. Itens garantem vantagens como invencibilidade temporária, disfarces, indicação de passagens escondidas, dentre outros.

Ao fim dos 5 níveis é preciso enfrentar o chefão de cada mundo, o guardião responsável por aquele ambiente. E se o jogo já é difícil, imagina os chefões…

Chefões convocam habilidades e a ajuda do seu mundo para te interceptar, então preste atenção aos comandos. Os personagens do jogo se comunicam por uma linguagem diferente, não é nenhum idioma. Mas as habilidades usadas possuem nomes específicos, não são aleatórios. Tente memorizar os sons e se prepare para o obstáculo seguinte – costuma ser uma sequência repetitiva.

Vale a pena?

O jogo é bastante difícil, o que torna tudo um grande desafio. Especialmente ao tentar chegar nos sobreviventes, às vezes em locais aparentemente inacessíveis. Além da mecânica, é uma obra esteticamente muito bem trabalhada e seu ar divertido traz leveza ao quebra-cabeça.

Por fim, caso precise de dicas, basta ir ao menu pressionando Enter ou ESC – a cada entrada uma nova dica. Desafie-se e se divirta!