Eu punirei você, em nome da lua! Foi o que o meu coração gritou quando a Netflix anunciou que estaria disponibilizando em seu catálogo o filme Pretty Guardian Sailor Moon Eternal (nas suas partes 1 e 2).
O filme de Sailor Moon Eternal adapta uma das minhas partes prediletas do mangá, que é a fase Sailor Moon Super S e também é a continuação da animação Sailor Moon Cyrstal, reboot da série clássica de 1992, escrita originalmente no mangá homônimo de Naoko Takeuchi.
O filme estreou na Netflix em 3 de Junho deste ano e é uma história fechada dividida em 2 partes. A primeira parte é uma introdução que (de uma forma quase episódica) vai nos apresentando aos sonhos das principais sailors que terão destaque no filme. Cada uma delas é colocada em situações nos seus sonhos por um grupo de vilões apresentados como Death Moon Circus, que buscam fraquezas nas personagens. O roteiro corre de forma tranquila e o espectador não sente pressa. Já a segunda metade do longa não tem uma característica tão episódica e nos introduz às sailors Urano, Netuno e Saturno, e fazendo a ponte para a história principal do filme.
Como boa fã que sou, achei a história muito bem adaptada. Ver o crescimento da Chibi Usa enquanto guerreira aprendiz é muito divertido, eu tinha esquecido do quanto gostava das piadas até um pouco infantis, a implicância dela com a Usagi e a eterna competição pelo Mamoru, que, inclusive, tem um desenvolvimento grande nessa fase da obra, buscando sempre um lugar ao sol, Mamoru está em constante tentativa de ajudar, de ser útil e isso é um dos pilares principais para o crescimento do filme em seu enredo.
A animação tem uma qualidade surpreendente (sabendo que recebemos uma versão “atualizada” da que foi distribuída nos cinemas japoneses) que deixa todos os movimentos e, inclusive as transformações mais fluídas e com um toque de anime moderno. A paleta de cores em todo o longa é claramente baseada nas animações da obra clássica, com tons pastéis para momentos casuais do dia a dia dos personagens e tons mais sóbrios para os momentos de seriedade, que, inclusive, a segunda parte é cheia! As lutas e batalhas são de tirar o fôlego nesses momentos.
Meus únicos apesares para o filme vão para mim mesma enquanto espectadora. Talvez eu tenha ido um pouco despreparada já que fazia algum bom tempo que não tinha contato com a obra, tive dificuldade para recordar com clareza a trajetória das personagens e o porque de elas estarem onde estão no filme, nos seus respectivos momentos de vida. Para solucionar isso, bastou um click no vídeo da Letícia Cosmos para me relembrar tudo o que eu precisava saber.
Por fim, para o espectador como eu, com memória de peixe, recomendo assistir um review legal sobre Sailor Moon Crystal ou assistir à série mesmo se você não estiver tão curioso. Mas o filme disponível na Netflix vale cada minuto para aqueles que têm aquele coração saudoso e inflamado sedento por cada vez mais adaptações de Sailor Moon.