Soul e a vida que muitos esquecem

Foi lançado no final do ano passado, o novo filme na Disney+Soul demonstra como a vida é algo incrível e carrega um valor que muitos esquecem no seu dia a dia, virando algo banal, focando apenas nas coisas “importantes”. Vamos analisar um pouco a mensagem do filme e alguns personagens!

Joe Gardner

Um dos personagens principais, Joe Gardner foi apresentado para nós como alguém que busca seu sonho a todo custo, que é se apresentar como pianista no estilo musical jazz. No entanto, como a sociedade não é tão simples, assim como sonhos, ele é professor de música, na qual ensina aos alunos a tocar instrumentos e valorizá-los. Até que é chamado para a banda de Dorothea Williams, uma das renomadas do mundo do jazz, assim, ele vê uma luz no fim do túnel para a realização de seu sonho, até que no meio desse processo ele acaba “morrendo”, começando, assim, sua aventura para voltar à vida.

Um primeiro ponto interessante a se levantar é que Joe Gardner é qualquer um de nós que vive na Terra, um ser humano que tem sonhos, desejos, alegrias, tristezas, arrependimentos, trabalho, dentre outros. Vendo então que durante a história, após voltar à vida, como um gato, aparece um pouco de egoísmo, podendo analisar bem a parte em que a Connie, uma de suas alunas, vai em sua casa para buscar ajuda, mas ele totalmente a ignora, deixando para a 22 resolver. Também percebendo como as coisas simples na vida, como andar de bicicleta, companhias, amigos, família são momentos únicos e amorosos, começando a olhar para outros horizontes que sempre estiveram lá.

22

Outra personagem que deve ser citada é a 22, a que provavelmente pode ser visto como os “olhos” de algumas pessoas na vida real, tendo uma visão negativa da vida, mas que no filme demonstra algo fofo e até mesmo um choque, já que ela nunca foi à Terra, experiências como comer, conversar e se divertir eram novidades, claro, como a própria 22 diz em uma cena: “Eles já vão sofrer na Terra”, realmente, viver não é que vá dar tudo certo, mas assistir à 22 vendo como é aqui, até impressiona que são coisas comuns e ignoramos por ser banal.

Outro ponto também é que quando ela se isola, adotando a ideia de que não irá conseguir viver na Terra, pode ser algo relacionado aos que não buscam sentido em continuar com suas vidas, seja por conta da depressão, o trabalho lhe consome, que já foi mostrado que é comum, ou problemas diários.

Sua mensagem

O filme demonstra de uma forma importante e até mesmo chocante como o dia-a-dia vai deixando tudo cada vez mais banal, como o próprio exemplo de Garden, que após conseguir entrar na banda, se pergunta o que vem depois, Dorothea Williams responde que será a mesma coisa amanhã, deixando aquele ar de querer buscar o mais. Diferente de 22 que sentiu o que é viver, tudo sendo uma novidade de como nascer não é ter um objetivo, mas sim, para ser aproveitado da sua melhor forma. Não querendo dizer que tudo que se faz vira algo banal ou algo do gênero, mas que você busque experiências novas a cada passo que você dá na vida.