Rohan no Louvre: o impacto visual do mangá como uma obra de arte

Fruto de uma parceria entre a Shueisha e o Museu do Louvre, nasceu uma obra que é, no mínimo, interessante: Rohan no Louvre (Rohan Au Louvre). Publicada originalmente pelo projeto editorial Louvre Éditions, que trás uma série de publicações da mídia grafic novels, e que tem o foco em valorizar, através de trabalhos solicitados à grandes nomes das ilustrações e roteiros, as suas obras ou o próprio museu.  

O primeiro grande convidado para criar uma história do projeto foi, ninguém menos que Hirohiko Araki, autor de Jojo’s Bizarre Adventure, que tem um inegável diferencial com relação às suas ilustrações extravagantes e excêntricas (sim, as duas características juntas mesmo), além de suas histórias sempre recheadas de fantasia e diálogos extremamente inteligentes.

A história se baseia em um dos personagens mais populares do mangá Jojo’s Bizarre Adventure, da quarta parte “Diamond is Unbreakable”, o mangaká antipático Kishibe Rohan, que, na obra Rohan no Louvre, volta ao passado, antes de se tornar um famoso profissional em sua área, e conhece a graciosa Nanase que conta a história curiosa de uma obra que foi criada por um artista japonês pouco conhecido, mas que criou a cor preta mais escura do mundo.rohan mangá

Nanase está em um momento muito difícil de sua vida, e em um dado momento na primeira parte da história, ela vai embora, sem deixar rastros e sem deixar nenhuma pista para Rohan, além de sua história sobre a obra de arte misteriosa que está no Museu do Louvre. 

Rohan no Louvre é, acima de tudo, focada na arte. O lado mangaká do personagem é explorado como a verdadeira forma de arte que ele é, além de ter um grande incentivo às formas de arte no geral. 

Todos os traços do mangá são extremamente bem resolvidos, ao melhor estilo Hirohiko Araki, que fazem, em diversos momentos, referências a famosas obras de arte mundiais, misturadas com as famosas Jojo’s Poses que são a marca registrada do mangaká.

kishibe rohan

A obra foi publicada no Brasil pela editora Pipoca e Nanquim, com um formato diferenciado à altura da obra, com tamanho grande e papel especial couché fosco 150g e acompanha um marcador exclusivo da obra.