Sim meus amigos, meu momento chegou! Eu sei que você está se perguntando, mas Luiz e o texto sobre o Assassin’s Creed Syndicate e tudo mais? Calma, eu sei, ele está em produção para que eu possa trazer um texto bem completo para você, portanto, sim, temos um compromisso com os irmãos Frye, mas por hora, vamos conversar sobre FIFA 21.
“O FIFINHA é mais do mesmo”
E antes de qualquer coisa, eu peço para que você não tenha preconceito com jogo de futebol, afinal, ainda assim ele foi programado para ser um jogo, e muita gente se diverte, trabalha e ama falar sobre isso, eu sou um deles inclusive. Portanto, se você falar “é um jogo que todo ano é a mesma coisa”, eu possivelmente vou discordar de você, mas entendo suas razões, afinal, você não joga, então pode falar o que bem entender.
Por outro lado, eu, Luiz Guilherme, de 27 anos, sou apreciador de futebol desde pequeno e com jogos de esportes, especialmente futebol também. Meu primeiro jogo de futebol foi um que tinha dentro do Mega Drive III, era ruim, e eu também era uma negação, detestava aquele jogo e pensava que nunca mais iria encostar o dedo em um jogo de futebol na vida. Anos mais tarde, com meu vizinho, nós dividíamos o controle jogando o Internacional Superstar Soccer, antes de eu ter meu Playstation 1 e ver aqueles jogadores dos vários “Winning Eleven” com a cabeça quadrada saírem correndo atrás da bola.
Mas sem esquecer daquele FIFA, nostálgico com a sua opening da banda Chumbawamba com seu som inesquecível chamado Tubthumping e seus trompetes inconfundíveis, lendários, eu diria. Ali, naquele CD que foi gravado para mim por um filho de uma colega de trabalho, eu começava de fato a minha caminhada até o texto de hoje. Bom ressaltar que junto com esse CD de FIFA 98’ havia Gran Turismo 2, que foi quando ouvi pela primeira vez Panamá de Eddie Van Halen, falecido na última semana, fica aqui meu até breve.
Pois bem, desde então, o meu mundo nunca mais foi o mesmo (Charles), e jogos de Futebol me fazem sorrir, chorar, ficar puto da vida e alegre ao mesmo tempo. Se eu fosse parar e contar todas as diversas histórias que eu passei com várias pessoas jogando esses jogos de futebol, provavelmente esse texto ficaria ainda mais longo que qualquer um da Cronologia AC.
Ao longo dos últimos anos, desde a aquisição do Playstation 4, eu não deixei de jogar nenhum título da série FIFA desde o 98, exceção feita apenas ao 2005 que não rodava no meu Play2 e eu não tinha um PC para jogar. Sim, desde o 2002 e não perco um FIFA então talvez, mas só talvez eu tenha um pouquinho de experiência com essa franquia.
A nova década do FIFA foi cercada por muita desconfiança por mim e pelos mais próximos a mim, que nos decepcionamos demais com o FIFA 19, tivemos a esperança de um FIFA 20 agradável e foi sim, até o jogo começar a receber atualizações que passaram de 20. E então o FIFA 21 começou a surgir como uma luz no fim do túnel, de que algo realmente possa mudar em um jogo que é lançado TODO santo ano.
Mas sendo justo, até a data de lançamento desse texto, o jogo está sendo bom sim, dentro de campo. Fora dele, as coisas continuam quase que a mesma. Mas vamos por partes, e sim, tudo isso que você leu, era apenas a introdução desse texto. Seja bem-vindo (a) FIFA 21 – A mesma experiência?
FIFA 21 – Gameplay
Vamos começar pelo grande calcanhar de Aquiles de todo o FIFA, a Gameplay. Durante os últimos anos, nós víamos muita coisa de errada, diversos bugs, funções mais apelonas que outras, sendo que no futebol, muitas vezes só precisamos distribuir a numeração de quem vai jogar e botar a bola em campo. Até o momento, muito disso está sendo visto no FIFA 21, mas é sentido uma diferença mais fluída dos jogadores dentro de campo e cada vez menos, o script parece, veja bem, PARECE, estar perdendo influência nas jogadas feita por você.
Dá para sentir que aquele passe que você deu, de fato chegou no jogador por uma ação sua e não uma forçada da máquina. Pode ser difícil para quem não entende muito bem do jogo esse lance de script e tudo mais. Mas em linhas gerais, o jogo é programado para fazer certas ações, mas, em muitos momentos você queria fazer algo e a máquina fazia outra gerando a já famosa frase de todo player de futebol por aí. “MAS EU NÂO QUERIA FAZER ISSO”, ou “A BOLA ERA NAQUELE MALUCO, JOGO FDP”. Talvez isso tenha esclarecido um pouco sobre o script.
Sobre a inteligência artificial, antes burra toda vida nos títulos anteriores, parece, novamente, PARECE, que tomaram jeito, especialmente nas dificuldades mais altas. Os jogadores se movimentam mais, aparecem mais para o jogo, tabelas, ou o famoso 1-2 seja longa, seja curta saem com mais facilidade. Por outro lado, o jogo não parece se preocupar muito mais com ser um simulador como era anos atrás e uma variedade de gols durante uma mesma partida contra a máquina é possível ser vista. E me permita o editor desse texto em fazer um Merchant básico. Mas, eu te convido para me procurar na Twitch fazendo lives de FIFA 21, modo carreira para você entender um pouco sobre isso.
Por fim, a gameplay parece sim mais movimentada do que nos últimos anos e isso parece animador, mas precisamos ficar de olho nas atualizações do jogo.
FIFA 21 – Sons e Gráficos
Aqui eu prometo ser breve. Os sons do FIFA 21 não tem nenhuma grande relevância de um modo geral, a não ser claro, que estejamos falando sobre os cânticos das torcidas, que além de estarem presentes em muitos jogos do time que você escolher, fazem uma diferença enorme enquanto você disputa uma partida. Cânticos esses que você pode adicionar ao seu clube dentro do Ultimate Team para ouvir durante os jogos, inclusive a personalização rola também ao acontecer um gol e uma música de fundo tocar, como em muitos estádios da vida real.
O FIFA 21 também trouxe consigo uma nova narração, Gustavo Villani agora é parceiro de “cabine” de Caio Ribeiro, e é um show a parte. Guga, como é conhecido, leva um ar mais profissional que Thiago Leifert e com toda a certeza, terá vida longa com seus bordões (que ele mesmo diz que não foram criados por ele). Vida longa e próspera para Guga Villani na franquia FIFA.
Fora de campo, atém dentro do UT é possível personalizar seu estádio, que pode ser outro também só que com mudanças menores. Com tifos, no caso mosaicos que são levantados durante o início de jogo e durante a comemoração de um gol, inclusive temas exclusivos dos cantores que levam suas músicas para dento do FIFA, como Anitta e Dua Lipa.
Outras coisas podem ser adicionadas dentro do seu estádio, eu ainda não fiz nada nele pois não tenho dado muita a atenção ao Ultimate Team, e culpem a EA por isso.
Mas devo admitir, a playlist desse ano está muito melhor do que nos anos anteriores.
Modos de jogo
No FIFA 21, temos o Modo Carreira (técnico e jogador), Pro Clubs, Temporadas, Modo Volta, Kick-Off (amistoso) e uns modos de jogo alternativos que muita gente, dentre elas eu, não ligam. E algumas novidades para esses modos foram apresentadas para esse ano e vamos falar um pouquinho delas.
Modo Carreira (técnico): Um sistema aprofundado de evolução dos jogadores, fazendo com que jogadores desenvolvam qualquer função dentro do campo, mas que dependendo do que você mande ele ser desenvolvido, vai demorar algumas semanas no seu calendário.
Calendário esse que foi totalmente reformulado e adicionado à função de treino, descanso e recuperação, algo antes não utilizado dentro do calendário. Outra coisa que podemos ver também é uma categoria de base já criada dentro do seu clube durante a sua chegada, onde você já pode gerir futuros craques do seu time ou não.
E sim, a minha menina dos olhos de ouro, as simulações das partidas em 2D. Um recurso que a EA vende como novo, para quem não conhece a franquia, mas que eu chamaria de bem renovado. Anos que eu queria essa feature de volta e cá está ela. Com a narração rolando de fundo, comentários e até mesmo o repórter de campo falando sobre outros resultados.
Aqui é possível alterar seu plano de jogo, fazer mudanças em qualquer momento que você quiser apertando triangulo e até mesmo entrar no jogo, apertando quadrado e tendo a opção de voltar para o 2D quando bem quiser também. Em momentos chaves, como pênalti, falta o jogo te dá a opção para entrar e finalizar essas jogadas.
Também tivemos a adição do recurso que deixa as transferências mais rígidas, fazendo com que jogadores que estejam acima do nível do seu clube sejam muuuuuito mais difíceis de contratar.
Ultimate Team: Foi adicionado o já citado personalização do seu estádio, onde cada vez mais você vai desbloqueando coisas e ele vai sim aumentando de tamanho até chegar num estádio que se vacilar, cabem de 100k de pessoas para cima. Cartinhas de preparação física foram largadas, dando espaço para mais cartas de personalização, drop maiores de jogadores e itens cosméticos.
Modo Volta: Além de ter uma historinha agora, é possível juntar mais três amigos com você e jogar o modo online do Volta, no FIFA 20, o modo ficou morto praticamente por uma edição e parece estar tendo mais atenção até agora.
Pro Clubs e Temporadas: ……..
Para não dizer que não falei nada sobre o Pro Clubs, você pode carregar o design do seu boneco do FIFA anterior para esse e mexer na estética, perna favorita dos bots do seu clube.
Algumas considerações
Bom, primeiro de tudo é que na minha concepção, bem como lá no FIFA 19 com o Timed Shoot, o Creative Runs que foi incluído é uma coisa bem ok para baixo. É interessante você apresentar coisas novas para a comunidade e deixar o jogo menos manual? Sim.
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— Luiz Guilherme (@GuilhermeDon1) October 13, 2020
Por outro lado, e era o meu temor, de que a EA estaria tirando a responsabilidade de melhorar a inteligência artificial do jogo para que ela não admita que o melhor FIFA, para muitos até hoje em termo de jogabilidade foi o FIFA 17. Bem, como vimo acima, parece que o FIFA 21 tem tudo para que seja tão bom quanto o seu irmão distante.
Outra coisa, não me venham vender algo como novidade, quem é da comunidade há anos, sabe que isso é papo para boi dormir. Vocês, ESQUECERAM a simulação 2D e voltam com isso me dizendo que é novidade?? Diga isso para o seu FIFA 08, que tinha isso. E vou mais além, lá atrás, havia como gerenciar seu estádio no Modo Carreira, hoje, em plenas portas da nova geração, vocês me dizem que não foi possível a inclusão disso no Modo Carreira, mas sim no UT (modo no qual a EA ganha mais dinheiro até mesmo que com as vendas do FIFA em geral), me soa meio incoerente.
Ok, as mudanças foram feitas, agora dá para treinar mesmo de fato seus jogadores e dar um descanso, eu sei que a EA está mirando muito o Football Manager para trazer diversas novidades para dentro do seu jogo. MAS AINDA ASSIM É POUCO! Com o FIFA 21, a EA tem a obrigação, OBRIGAÇÃO de pedir desculpas para a sua comunidade que tem o mesmo jogo desde o 2017 e eu não falo que o 21 está totalmente diferente de seus antecessores, mas que sim, é uma luz no fim do túnel para muitos. Basta polir todos os pontos positivos agora e não estragar o jogo.
E eu não estou pedindo muitas novidades no UT não, já que eu sei que o objetivo é só vender packs e fazer eventos com cartas surrealistas que superam o próprio script do jogo. Eu estou falando de Pro Clubs, temporadas, coisas que as pessoas jogam sim, e jogam muito, mas a EA não olha, não sabemos a razão, talvez o motivo seja que esse modo não dá dinheiro como o UT? Não seja tão querido pela comunidade como o Modo Carreira? Talvez. Quem saberá o que passa nos escritórios daquela que foi considerada a pior empresa dos Estados Unidos?
Por fim, eu nem vou entrar no mérito de termos o licenciamento dos times brasileiros dentro do FIFA, já que envolve muito mais do que EA e CBF. Mas, queria apontar uma coisa, com tanto dinheiro que é ganho, não deveriam fazer um esforço, coisa que a KONAMI faz com PES já faz anos? Nenhuma liga nova dentro do FIFA 21? Estranho.
Mas talvez seja as vozes da minha cabeça, e que na nova geração a EA vai entregar tudo e mais um pouco que ela tem guardado há anos para que o FIFA deixe de ser uma piada aos olhos de quem é de fora da comunidade e até mesmo, da própria comunidade.
Torcemos juntos.