Com uma expectativa alta, a Netflix ataca novamente, agora com um novo filme de superpoderes e muita ação. Seu novo lançamento é Power, que conta com bons atores, muita adrenalina e pancadaria, talvez o roteiro não seja tão surpreendente assim, mas não deixa de ser um filme divertido e empolgante, capaz de nos proporcionar alguns minutos de entretenimento e nos deixar curiosos para descobrir quais são os poderes que irão se manifestar.
Dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost, o filme segue a receitinha básica para o sucesso, claro que adicionando elementos como bons atores e efeitos especiais impactantes, o resultado é garantido. O roteiro de Mattson Tomlin, apresenta uma história baseada na tríade central dos filmes de ação – o vingador, o herói e o perdido no rolê rsrs– todos lutando contra um vilão em comum e, lógico, sempre terá aquele com o qual vamos nos identificar e passar o filme todo torcendo por ele.
Nesta história, o vingador é Art, (Jamie Foxx) um ex-militar que tem sua filha raptada e acaba assumindo uma verdadeira cruzada para recuperá-la, ao estilo Liam Neeson em Busca Implacável, Art, mais conhecido como Major, se transforma em um exército de um homem só, enfrentando todos os desafios para resgatar sua filhinha da mão dos vilões, afinal de contas, quem não gosta de um bom drama familiar né?
O herói é Frank, (Joseph Gordon-Levitt) um detetive descolado, que não é adepto das regras, com atitudes um tanto questionáveis e com uma pegada de galã, para derreter o coração das menininhas. Frank, não foge da briga, com uma disposição inabalável está sempre na linha de frente contra o inimigo e aparece sempre no momento oportuno, fazendo o estilo lobo solitário vai à caça daqueles que estão invadindo seu território.
Por último, temos Robin, (Dominique Fishback) que literalmente é aquela pessoa que não tem controle nem sobre a própria vida, uma adolescente frustrada que tem problemas estudantis e que sonha com o estrelato e a popularidade, porém nasceu em uma família de origem humilde. Com a mãe doente e precisando de cuidados especiais, como era de se esperar, Robin acaba fazendo besteira e se envolve com traficantes de drogas, o que a leva diretamente ao encontro de Frank e Major.
A principal face do vilão é Biggie, (Rodrigo Santoro) um traficante que resolve distribuir uma nova droga nas ruas de Nova Orleans, chamada Power, que manifesta no usuário um efeito de superpoder com uma duração máxima de cinco minutos. Porém, nunca se sabe qual poder o usuário irá manifestar, podendo ser desde poderes elementais como fogo ou gelo, até poderes sobrenaturais como ressuscitação, é sempre uma surpresa.
Neste ponto, a semelhança com a revelação do poder que acontece com os Inumanos da Marvel é bem grande, só que o usuário não fica preso em uma crisálida como acontece no Universo Marvel, os poderes tem curta duração e os usuários manifestam sempre o mesmo poder e ainda tem o risco de serem rejeitados pela droga e sofrerem uma overdose imediata.
Esta droga está causando o caos em Nova Orleans, porém as autoridades nada fazem para eliminar a ameaça, percebe-se então, que há um interesse de poderes por trás disso tudo. A distribuição gratuita, a imobilidade das autoridades e a influência de uma organização desconhecida em meio a tudo isso, levam o detetive Frank a começar investigar e encontrar os responsáveis da organização, para isso, ele conta com a ajuda de Robin, que trabalhava com a droga para pagar os remédios da mãe doente.
Ao mesmo tempo, o Major investiga todos os traficantes da droga e acaba encontrando Robin, na tentativa de chegar aos mesmos responsáveis que Frank está buscando. Major busca os cabeças da organização, pois foram eles os responsáveis pelo rapto de sua filha Tracy, (Kyanna Simone Simpson) uma jovem que possui superpoderes naturalmente e está sendo usada como fonte do experimento da organização. Esses criminosos buscam desenvolver uma nova droga, que oferece superpoderes vitalícios, para isso, utilizam a cidade como um local de teste, na esperança de encontrar um investidor e poder vender a droga para autoridades como uma arma.
O filme é bem construído e oferece possibilidades de novas produções, podemos facilmente extrair vertentes para séries ou continuações, devido as grandes aberturas que foram deixadas. O longa está longe de ser uma grande produção, porém a quantidade de produtos que podem ser criados a partir deste primeiro contato é bem grande. Um bom filme para o entretenimento.